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08 fevereiro 2018

[bibliotequices] desorganização organizada com LibraryThing

[nenhum jabá foi feito ao se produzir esse post, esse trem tem código aberto pra gente usar o API, gente!]

Alguém precisar de uma ajudinha ou quiser praticar um pouco do processamento técnico aprendido no curso de Biblioteconomia, uma dica que dou é organizar a própria biblioteca particular.

Um projeto que boto muita confiança e gosto de ver as atualizações é o LibraryThing por facilitar para quem não quer perder tempo preenchendo dados intermináveis, em alguns cliques dá para adicionar livros em alguns minutos.

O app para Android que me surpreendeu com a última atualização: literalmente em segundos consegui processar uma pilha de 10 livros só escaneando o ISBN (válido) e adicionando automaticamente ao catálogo.

Qual é a graça nisso tudo depois?
Pra quem é a da Biblio é se divertir fazendo a indexação de forma mais apropriada pras suas necessidades (Minha política de indexação tá lá pegando poeira, mas vou dar uma revisada quando entrar na disciplina de Prática de Tratamento de Informação), se quiser escrever review do livro também dá, marcar estrelinha, separar em coleções, categorias, fazer wishlist, verificar se os dados com a fonte estão certos (se bem que eles puxam todas as informações de várias fontes como LoC, British Library, Amazon e muitos outros lugares), dá pra esnobar o Dewey e usar a LCC (Classificação da LoC) ou por número de chamada e PASMEM! dá pra colocar um campo para administrar empréstimos e devoluções

Tem mais opções lá, mas como faço a organização da minha estante de forma desorganizada (Por tamanho do livro, se caber na prateleira vai por autor, se não couber vai por similaridade) pra mim tá bem belezinha.

Quem quiser saber mais, visite o site deles e/ou comenta aqui o que achou, se usou, se tá com alguma dúvida. Facilitar a vida de quem precisa de informação: essa é a meta biblioteconomística pro resto da minha vida!


05 fevereiro 2018

curativos instrumentais - claire delafontaine

2006 era o ano, final de semestre. 
Portman não suportava mais os ensaios semanais, as cordas constantemente trocadas, as variações de clima. Portman não cabia mais no meu corpo e meus dedos saíam acabados após estar horas ininterruptas nela. 

Whooooooa ppl, Portman era o meu primeiro violão, ganhei de aniversário em 2000 e que aos trancos e barrancos aguentou bem alguém totalmente descuidado e sem muitoooooo preparo para a rotina musical.

Portman na versão clean 2000 - 2004


Portman glitterinado e papel contact 2004 - 2006

Ele tinha um traste pequeno, por ser uma versão iniciante e talz, não tinha muito o que cobrar dela, coitada. Os agudos eram um problema, pois por ser violão para cordas de nylon, eu insistia colocar cordas de metal para a sonoridade ficar melhor. O corpo ajudava um bocado já que tinha um grave até de boas, o ruim mesmo foi descobrir que acústico não é o mesmo que colocar um "cristal" para suprir a falta de instalação para uma versão elétrica.

Aquele cristal era meu pesadelo secreto nos ensaios, sério. Ele fazia um barulho estridente nos agudos que eu me recusava a ouvir e por conta disso até hoje quando tou tocando faço o movimento involuntário de pressionar meus ouvidos para dentro para não ouvir o rangido. Era um rangido? Era, eu sentia às vezes ecoar no braço quando usava a braçadeira (Esse trem que prende as cordas em uma afinação diferente).

Aliás, essa effing braçadeira que salvou muitos dedos ferrados, já que Portman ficava em uma afinação de 1 tom abaixo (em D, G, C, F, A, D) pra braçadeira fazer o trabalho dela na 1ª casa e não a padrão (as cordas estão nessa afinação E A D G B e, é o que eles chamam de afinação em Sol Maior e é fofurice). Por quê?! Porque "amaciava" na hora de apertar as cordas, não era pra ser estiloso. Eu reclamando pra cacete aqui, mas passei umas boas com a chuchuzinha antes de aposentá-la. 

Aí veio a Claire.

Claire é meu violão folk.
Ela é canadense, Quebec, tem cerca de 20 anos e foi feita como edição especial para uma linha de violões folk para iniciantes e intermediários. O ano seguinte saiu de linha.

Consegui essas informações diretamente com a fabricante e com um bocado de recuperação de informação exercitada na outra amada magoada (a arte que casei desde 2013). O atendente deu uma lista bacana de materiais que a versão da Claire tinha sido fabricada e perguntou como eu havia conseguido ela aqui no Brasil. Fui rememorar né?

Debaixo do link algumas coisas que gosto de lembrar sobre os instrumentos musicais que já sofreram na minha mão.

25 janeiro 2018

vigilância constante

Fui perceber o quanto tava difícil de manter a seguridade da cachola quando percebi que não queria escrever mais.

Sério. Não escrever mais.

Deixar as histórias que estavam na minha cabeça esvaírem, não descerem pela corrente sanguínea, encontrarem os dedos.

Essa é a minha bandeira vermelha de que algo muito muito ruim tá acontecendo e não tou conseguindo controlar como o devido no modo "mecanismo de enfrentamento" 24/7.

É exaustivo.

21 janeiro 2018

o funkodélico anos 90 ouvindo Fernanda Abreu

Vi um doc bacana no Canal Arte 1 - "Nas Nuvens" - sobre a produção dos primeiros álbuns da cantora carioca Fernanda Abreu e fiquei hipnotizade com a narração do processo criativo do Liminha e da Fernanda nos anos 90. Um mundo antes da Internet e sem leis de copyright sobre samples em música autoral.

Não tem o doc inteiro nas interwebs (Estreou em dezembro do ano passado, logo...), mas abaixo tem um trechinho da conversa dos dois.



Ver o doc me remeteu a muitas lembranças bacanas do começo da adolescência trash, reconhecer o quanto o álbum "Da Lata" fez diferença no gosto musical que fui curiosamente buscar depois. E esse álbum de 1996 foi o 1º CD (compact disc) físico que comprei. Tocava ele em um system da Toshiba com altas caixa de som de madeira que depois consegui juntar mais outras 2 de uma antiga vitrola. Não era dolby surround, mas pô, era a gambiarra de uma criança de 12 anos que amava o baixo das melodias.

Esse conjunto estava no quarto que dividia com minha irmã mais velha (6 anos a mais) e ficou ali até ser movido para a cozinha, já que era nosso maior espaço para fazer coisas.
(Aliás, me fez perceber o quanto as cozinhas mineiras são enooooormes comparadas as daqui de Floripa. A minha antiga costumava ocupar 2/4 da casa e a sala era mínima)

O trabalho que ela desenvolveu foi incrível e valorizo pra caramba a mistureba criativa dela com as ideias mirabolantes de gravações do Liminha. Em uma das passagens, disseram que gravaram as buzinas de "Garota Sangue-Bom" rodando as principais vias com um aqueles gravadores com fitinha, e pedindo pro pessoal ao lado buzinar. Depois iam pro estúdio e emendavam com máquina de sample que nem existia no Brasil, botavam base do baixo no meio, jogavam cavaquinho, batucada de escola de samba (O famoso grupo da época Funk'n'Lata) e batidão funk e plim! Era assim Fernanda Abreu!

Não lembro de alguém fazendo a mesma coisa que ela naquela época (Ed Motta não era a mesma coisa, gente, era música de rico.), com as poucas informações que chegavam na roça onde morava, menos ainda. A MTV era nossa única fonte boa de música estranha, mas que nem a Fernanda? Nope, ninguém ganha de Kátia Flávia.

E era uma mulher cantando, sabe? Isso fez uma diferença total em como fui enxergar a música produzida no Brasil daquela época. Anos 90 tinha muita gente bacana, mas poucas levavam versos para retratar a mulher como poderosa, dona de si e o modo carioquês sem ser sexista. Tá, tem o Fausto Fawcett, mas tira ele da composição e tudo fica feliz.
(E obrigade Wikipedia por informar a data de aniversário dela, virginiana phodaaaaaaaaaaaaaa!!!)

O álbum todo tá aqui, só clicar e ser feliz, ou ouvir pela 1ª vez o que raios era o cenário musical inusitado no Brasil dos anos 90.




E "Jorge de Capadócia" de 1992 né? Oh letra foda! Jorge Ben Jor era um artista que meus pais tocavam até furar o disco na vitrola, ouvir novamente com essa roupagem groove/funk foi aqueles momentos de mindblow. Mãe desenterrou os vinis dentro do armário, tava lá a música original.

Aliás mãe me lembrou que tem umas raridades naquele armário. Tem um ao vivo da Rita Lee que minha irmã insistia em ouvir, e outro do Lulu Santos. Quando o system chegou lá em casa ficou revezando os vinis de antes, o "Da Lata" e "Bridges to Babylon" do Rolling Stones, mas aí esse é assunto para outra postagem :D

Lembrar das letras do álbum sem saber como também me é um mistério. Fui ouvir "Tudo vale a pena" e meu coração bateu bem forte aqui na caixa torácica, a carioquice que tá no sangue, mas pouco praticada, sobe devagar quando ouço os versos "Seus santos são fortes, adoro seu sorriso, Zona Sul ou Zona Norte, seu ritmo é preciso. Tudo vale a pena, sua alma 'não-é' pequena.", parece besteira, mas esse verso cantado é de levantar a alma de gente morta-viva, sabe?
É algo que eu imaginaria a Angie de Feéricos cantarolando dentro do busão para animar geral após um dia inteiro de trabalho ou caçada.

Ps: "É hoje!" vai ser meu tema de formatura, quiriduns! Oh se vai!

(to be continued...)

12 janeiro 2018

interlúdio - controle de danos

Eis uma rotina que vem atormentando periodicamente. Não é de hoje, nem de meses atrás, é de anos e anos tentando ser âncora pra navio que já afundou há Eras. 

"Mas vamoquevamo.", disseram. 

Primeiro lembrete do dia: paradoxos. 

Onde havia energia e motivação, apenas decepção e cansaço. Não precisa olhar no espelho, só checar o livro de cabeceira, algo aí da graduação que tanto empolgava. 

Não empolga mais. 
Nem faz muita diferença agora. 
Virou o que chamam de "mais outro ponto da lista de afazeres". 
Pede entredentes que não vire obrigação. Porque quando vira obrigação tudo fica bem mais insuportável do que costumava ser. Obrigação parece coisa de quem vai fazer algo sem sentido algum, servindo de bucha de canhão, fazendo papel de cão do sistema, sentado em algum lugar, atrás do balcão sem fazer coisa alguma. Aquele estereótipo de sempre que enojava. 

Agora tá ali, pensando se não seria melhor ser como muitos e apenas sentar atrás do balcão e ser um cão do sistema. Parece sedutor agora que não há motivação para absolutamente nada. Parece plausível com o sistema de tira e bota, do rentável ao imprestável. Prestativo não rendeu muita coisa, só dor de cabeça. 
E costas. 
E pulmões. 
E pernas. 
E coração. 

Pra quê então? 

Minutos se estendem pra sair da cama. Muito mais que o necessário. Hoje era para resolver coisas importantes, pois as coisas importantes serão o futuro daqui uns poucos meses, mas não há vontade de sair de cama ou às vezes da casa.

Hoje, pelo jeito, é dia de não querer sair de casa. 

Mas aí é preciso alimentar os gatos! 
Um deles arranhando a porta do quarto, o outro discreto, miando baixo perto da porta. 
Além dos gatos, se alimentar, manter o mínimo de vontade para fazer algumas coisas. Aquelas coisas importantes que precisam ser resolvidas. Aí vê o sofá e os gatos no sofá, e senta, os companheiros felinos entendem alguma coisa, pulam no colo, pedem carinho, arranham perna. Machuca, dói. Aparar as unhas dos dois quando der tempo. 

Que tempo? Tem tempo de sobra! 
Tá tudo bem hoje, hoje pode não ser dia de sair de casa, mas talvez de fazer a faxina, embalar suas coisas, lavar as roupas, dar comida aos gatos, verificar as caixinhas, não entrar em pânico, tem ainda muita ração e areia novinha. 

Que dia que conseguiu sair da cama pra comprar isso? 
Não lembra bem. 

Do sofá olha em volta e vê que não há ponto de fazer absolutamente nada. Porque pela lógica seguida é dessas tarefas, não há o que fazer, já que não há motivo grande para fazer algo mais. Posso deixar para amanhã pelo jeito. Ou não. Não sei mais.

Oh comer! Sim! 
E abrir a geladeira e ver a pia entulhada de trecos, e cozinhar. 
Cozinhar. 

Aí vem a parte perigosa do dia. 
Porque na cozinha há coisas e na cabeça há outras. Distração é uma delas, entre o ponto de deixar algo queimar ou de esquecer de esquentar algo. E as coisas da cabeça às vezes alertam sobre outras coisas que podem acontecer se não tiver mais cuidado com o que pensa, porque na cozinha há coisas. 
(afiadas, pontiagudas, quentes demais, um acidente pode parecer convidativo quando o dia...) 

Aí vem as mensagens. 
Alguém que importa. Alguém importante. 
Bons dias, bons dias, tudos bens, tudos bens, tá tudo legal? Tá tudo legal. Agora tá. Parece estar bem, agora, nesse momento. Aí o dia parece legal pra poder fazer algo. Comer um pouco, fazer a lista de que tem que fazer, pegar a oportunidade pra ir e ir! Senão da porta não passa. 

E é estranho.
Porque sair por aquela porta era fácil antes. Era só ter a rotina, o vale-transporte, o banho tomado, os gatos alimentados e tudo limpinho e abrir a porta. 

Abrir a porta demora mais que se levantar de manhã. Às vezes, mais que dias para abrir a porta. 

Ficar em casa também não é algo incrível, é suportável, como daquela vez em que sair da conchinha consumiu tanto que fui obrigado a pedir arrego e procurar ajuda de especialista. Só que nem tudo dura pra sempre. Por exemplo, antes havia listas de prioridades, o que fazer, com o que gastar, quem pagar, onde não comprar, como fazer quando tudo for pro ralo. Agora parece suportável, daqui a pouco não mais. Deve ter algo na geladeira para comer, sem cozinhar, esquentar talvez, nada de se aproximar de coisas da cozinha e não deixar as coisas da cabeça virem a superfície. 

É um acordo legal. 
Não de bacana, mas de legalidade. 
Afinal de contas, é a sanidade aqui que está em jogo.

No jogo também se distrai. A distração é permitida. Ou algum tempo de distração, tem que fazer as coisas importantes, não é? Mas hoje é dia de ficar em casa! Não abrir a porta! Não precisa cozinhar! Manter o mínimo, controle de danos, controle de danos. 

Danos. 
Não teve nenhum até agora. 
Agora tá tudo bem. 
Até agora. 
Até hoje. 
Hoje tá indo.
Amanhã não sei.
Controle de danos.
Não dá pra pensar em amanhã e ser que nem hoje.

Outra mensagem, alguém liga. Alguém importante. 
Tá tudo bem aí? 
Tá, agora.

Paradoxos.
Daqui a pouco não estará.
Fica no sofá ou vai pra cama?
E se for pra cama e não acordar mais?
Quem vai alimentar os gatos?

Então amanhã vai ser diferente.
Não como hoje.
Sem paradoxos.
Com controle de danos.
Amanhã vai estar tudo bem, melhor que hoje.
Tudo bem.

10 janeiro 2018

patrono abençoai o ano com muito lolz, kthnxpls?

O blues costuma vir sempre no começo do ano por quê?
Porque a minha terceira avó (E a de milhares de pessoas órfãs desde 2016) voltou para o planeta onde essa pessoa linda deve ter nascido ou brotado, acho que foi espontaneamente surgido em uma nuvem de glitter.

Enquanto a minha cabeça deu um pane de não prestar atenção no que ele produziu nos últimos anos depois de Heathen para frente, não por falta de interesse, mas por descobrir que a minha terceira avó é também o Patrono mais awesome do povo da Letras. Foi meio uma viagem reversa ao tempo, da fase EBM fui pra Trilogia de Berlim (Minha favorita, aliás), para então estacionar em Ziggy Stardust Era.

Ai caracoles, passear nessa linha temporal desalinhada do Patrono é como um episódio de Doctor Who. Um episódio bem bom, com final feliz, só que ao contrário, em um desconexo fluxo temporal sem muita... ahn... deixa pra lá...
(Aliás, créditos para BFF effing awesome Bea por passar esse link totalmente nonsense, mas incrivelmente "yeah faz sentido!")

Já que janeiro me faz sentir que a perda é maior que o jazz (Blues ali em cima, sacou?), resolvi tirar o recesso do Blog e voltar a escrever. Não antes sem expressar minha gratidão a única criatura intergaláctica que me moldou o que sou hoje. Esse... trem... chuchu... cara... tipo meio pessoa, mas alien e... oras! vocês sabem quem é!













Com isso tudo acertadinho, e a vida prossegue sem muitas surpresas, mas vários desconhecidos, David Bowie vive. Em cada um de nós, netinhos, netinhas e netinhes que ele deixou aqui na Terra para causar alguma diferença nesse mundo tão banal.

Bora fazer a diferença?
Gimme some Lolz, Patrono!

01 janeiro 2018

ano novo, faxina (virtual) nova

Arrumando a casa dá nisso, ajeitar o Archive of Our Own todo para abrigar tudo que escrevo de contos e fanfictions.


Então se você se interessa em ler coisas que escrevo, tá lá no site indicado nos links, a interface é mais limpinha, fácil de navegar e não pesa tanto em ler no celular. A preferência para o AO3 é por conta puramente biblioteconomística - obrigade sistema de tags pra fazer folksonomia direitinho! - mas também valorizando a melhor forma de quem lê.

Vou deixar aqui os principais trabalhos em progresso que estou organizando, adicionando mais conforme for postando por lá.


Rating: Mature
Resumo: As crianças do massacre em Quel'Thalas querem saber o motivo da Eterna Guerra. Sorena Atwood vivia em dúvida sobre seu passado até um corvo agourento fazer o chamado de sua vida.
Site gêmeo de puro lolz: Tem um Warlock no Meu Sofá.

Forgiven Jojo Ulhoa 
Fandom: Original Work
Rating: Mature
Resumo: Conheçam Joanne Ulhoa, a assistente de médico-legista mais hipocondríaca que você respeita.

Felicidade Adormecida
Fandom: Original Work
Rating: Mature
Resumo: Felicidade Adormecida é como chamava em seu coração, heroína nas ruas.

Feéricos - contos para sonhar
Fandom: Original Work
Rating: Mature
Resumo: Uma metrópole comum em algum lugar do mundo.O grupo de caçadores liderado por Raine é especializado em capturar criaturas criadas pelo imaginário dos Filhos-Mais-Novos (os humanos) e pelo seu próprio povo (os feéricos), manter tudo na devida ordem e paz nunca foi tão difícil até encontrarem um desafio a altura.
Esse projeto acompanha: Conto com Angie - Os Escorregadios.


31 dezembro 2017

reminiscências de 2016 para 2017

[EDITANDO: postei esse textão no facebook no dia 30/12/2016 por uma razão em particular, mas achei pertinente postar aqui no meu repositório antiesquecimento por razões óbvias. Vivi muitas situações esse ano em que infelizmente respeitar a babaquice dos outros foi a prova de fogo desse 2017.]

"AVISO:
obrigado
por notar esse
novo aviso.
Seu notar
tem sido notado
(e será reportado
para as autoridades)"
Tem umas coisinhas que é bom manter um nível de respeitabilidade e tolerância, mesmo que não concorde. Desapegar de termos foi um dos desafios que mais me deram nó na cabeça nessa vida de escriba.

Então chuchuzinhos, mesmo que não concordem com os termos usados por um grupo específico ou ideologias ou até a questão do ponto de vista de realidades e vivências de outras pessoas, tudo bem, vocês têm todo direito de se expressarem sobre isso.

Mas apenas informando que isso não vai mudar as coisas assim no ato. Ler postagens sobre discussão de termos e conceitos e tudo ali envolvido e chegar a conclusão que nem as minorias são inclusivas (E esquece o papo de solidariedade aqui, Internet é um lugar essencialmente anarquico), as pessoas não são tolerantes e muito menos pode haver algum tipo de diálogo com quem não quer/sabe ouvir.

Humanos amam categorizar, fazemos isso o tempo todo, é uma forma estranha de se classificar quem, o que e porque as coisas são coisas, as pessoas são pessoas e todo status quo.

E a porra do status quo sabe como oprimir mais que criar entendimento.

14 dezembro 2017

[conto] jogando pôquer


Título: Jogando pôquer (por BRMorgan)
Cenário: Original/Cotidiano - Sobrenatural
Classificação: PG-13.
Tamanho: 5.974 palavras.
Status: Completa.
Resumo: Um partida de pôquer que poucos conhecem, mas muitos vivenciam em algum momento de suas vidas. 
N/A: Há elementos de cristianismo (cunho mais católico), mitologia greco-romana (óbvio!) e sincronicidade entre diálogos. 
Trilha Sonora: I'll see your heart and raise it mine - da banda irlandesa Bell X1

Mesa redonda, fichas coloridas espalhadas, uma nuvem de fumaça de um lado, charuto, do outro champanhe, no meio um velho senhor distribuindo as cartas já amassadas pelo tempo. Uma música antiga tocando de fundo, em ambiente tão boêmio, óbvio que o jazz moderno não tomaria conta. A melodia passou por gerações, o arranjo espetacular no improviso, não há letra alguma.

Do lado do charuto algumas quinquilharias na mesa, perto da mão solta não ocupada em segurar as cartas, anéis, botões de rosa, pingentes de brilhantes, algumas cartas perfumadas empilhadas.

O típico.

Baforada número 1 antes da primeira aposta.



Do lado mais limpo e organizado, a garrafa do champanhe mais caro, formulários guardados em uma pequena caixa organizadora, um sistema de senhas resumido em um aparelho do tamanho de um punho. O primeiro gole do borbulhante para a primeira aposta.

 - Falaram que hoje foram tomar café... - disse um.
 - Grandes coisas... Todo mundo toma café. - disse outro.
 - Não assim, juntos.
 - Ué, tem diferença?
 - Claro que sim...! - o um exclamou olhando suas cartas.
 - Foi o quê?
 - Café com leite, duplo.
 - Não faz diferença nenhuma
 - Quem pediu foi a outra.
 - Gentileza? Pessoas podem ser gentis também, não?
 - Vindo de você, não duvido.

13 dezembro 2017

disclaimer de final de ano

Como é que chama aquele feeling que começa fermentar bem assim do ladinho do estômago com uma pitadinha de pimenta malagueta que vai sendo adicionada aos poucos na infusão de bile amarga e suco gástrico?

Oh gastrite nervosa?
Úlcera?
Epopeia estomacal?

A garotada chama de ranço.
Então é isso mesmo que vou acabar nomeando esse estado de completa aversão a qualquer coisa vinda de certa universidade que não irei nomear, because...

Vai demorar pra expelir essa toxicidade do meu organismo pelo jeito.
(Acreditar 100% no potencial desse curso como relevante pra sociedade? Oremos para algum milagre.)