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02 novembro 2016

[eu não sei fazer poesia] sem título

Tem três eu dentro dimim
Ume é que escreve
Outre que escarnece
Últime é uma extensão sem fim

Como três sofre junto
Que nem boi ladrão
Num mato sem cachorro
Que acabou de levar esporro
Em briga de foice no escuro

Nenhume toma jeito
Acham que no mundo tudo tem conserto
É remendo de lá, costura de cá
Um hematoma ali pra acostumar
Três vezes a dor em um
Ouve só o que vai vir

Primeiramente fora temerários
Povo inerte de posição e cabeçalho
Enfurnado em seus títulos recíprocos
Sentadinhos enfileiradinhos sequinhos
Tão certinhos de seu desempenho oh dó

Mas gritar não resolve, virar olho ou bufar
Nos corredores dos sims e nãos é preciso cortejar
A velha tradição de juntar bolinhos
Daqueles certinhos engomadinhos
De pés juntinhos torcem pra minoria enganar

São três de mim pra escolher um lado só
A ladainha deles, já sabemos de cor
Três de mim quer protestar
Vociferar, chamar em plenos pulmão
Provar por a + b esses cidadão
Tão afeiçoado ao latim do Lattes
Que a lógica esmagadora de Descartes
Não serve para o populacho não

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