Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador #euNaBiblio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #euNaBiblio. Mostrar todas as postagens

22 abril 2019

tudo tem seu limite

Há uns 2 anos atrás sofri ameaça direta de violência física dentro do curso que amo. Motivo? por estar dentro do movimento estudantil e por querer abraçar o mundo como dava. Sem arrependimentos aqui, mas o damage sofrido não foi recuperado, e acho que fiquei meio caolha no processo.

E por não poder me deslocar sem ter um ataque de ansiedade dentro do busão ou andar depressa mais do que as pernas podiam ou ficar insistentemente olhando por trás do meu ombro na vã impressão que o doido ia brotar do chão e fazer mesmo o quanto andou gritando em caps lock, eu imaginava a minha reação se isso realmente acontecesse.

E isso me rendeu cenários nada bonitos de se imaginar, gente.
Não dê munição para uma imaginação já fadada a noiar sobre pequenos detalhes da vida.
Novos limites tiveram que ser estabelecidos, pro meu bem físico e pra minha sanidade mental já fragilizada não ir pelo ralo. Ir pra conchinha foi restaurador, mas sair dela tá sendo estranhinho, pois a impressão que tou tendo é que a força empregada em manter algum controle sobre meus impulsos (E os tenho, sim, e eles são destrutivos em diversos modos) valeu a pena até certa margem de erro.

Eu sei, é sobre placas tectônicas, mas tem a ver com bordas e tals

Tive a ajuda profissional de pessoas capacitadas, tive o apoio de pessoas que me amam, mas principalmente tive que relembrar mais outra vez, novamente, de novo, que o que me alimenta é o que me mata, então dar comidinha pros monstrinhos já encarcerados beeeem lá nos fundilhos foi proibido. E é difícil, porque eles rugem bem alto junto com o bode balindo preso na perna. Às vezes eles cantam e eu sigo a cantoria, mas nesse tempinho de recuperação e sumiço de qualquer coisa aproximada ao que fazia antes foi como entrar em uma câmara suspensa com gás apático e com permissão para sair algumas vezes.

(Debaixo do link os afastamentos e os limites necessários para convívio pacífico)

26 setembro 2018

disposição mariposística

Essa postagem era de ontem, vai hoje né?
Toda vez que tou feliz, sabe, muito feliz, o estômago ataca.
Tipo gastrite.

É como o prenúncio de algo muito legal a acontecer e plim, o trato digestório vai pro saco na hora.

Não é de piriri, ficar no troninho ou botando bofes pra fora, é a lancinante dorzinha persistente debaixo dos pulmões, em cima do diafragma, apenas esperando algumas pontadas para continuar existindo.

E aí coisas felizes acontecem.
Level de química corroborada com ideias criativas sobem imediatamente, transbordando emoções que supostamente deveriam ficar enterradas bem lá nos fundilhos, ocultas, obsoletas. Tipo CD de instalação da AOL para Internet discada 516kbps.


Coisas felizes ocorrendo e eu percorrendo elas com uma sutileza imbecil. A suspeita é que provavelmente irei chegar ao ápice ao entrar no ônibus e literalmente desabar no sono profundo, acordar meia hora depois sem um pingo de ansiedade feliz ou aquele feeling de mariposas na barriga.
(E é uns bicho estranho essas coisas aí)

Era pra escrever pelo menos umas páginas hoje de coisas referentes ao TCC, mas estou aqui brigando com os olhos pra não fecharem enquanto escrevo, a felicidade que anda escapando faz tempo completar um pouquinho disso que vos escreve.

25 outubro 2017

a@s fessores, aquele abraço!

Deix dias atrasado, mas hey! Quem disse que memória tem que ser periódica?!
Até onde sei, esse blog apenas me serve como terapia alternativa, vazão criativa e caso de emergência para algum caso futuro de amnésia.

BTW, era para postar no dia 15 de outubro, então...
===


Hoje é Dia dos Professores! Yey!
A profissão mais responsável e séria de todo universo.
Já escrevi sobre ela aqui [x] e volta e meia vou citando a bendita da docência (in)decente aqui no blog. Por que isso? É de família.

Não é legado não. Nem maldição. É tipo algum plano bem obscuro de manipulação mental que ainda não entendi direito como se faz.

Eu gosto muito de professores.
De incomodar bastante eles também.
Pois caso não tenham percebido, vocês são responsáveis por muita coisa que vai acontecer no futuro. Médico cortando cordão umbilical é pouco comparado com a (des)construção de vida que um professor é capaz de fazer com uma pessoa. E como eu acabo direcionando toda minha atenção para quem faz o trabalho com excelência (ou não), é possível perceber o quanto eu os adoro.

É porque eu quero mesmo ser professor algum dia desses, tipo num futuro distante.

Minha mãe já foi, minha irmã continua sendo, agora parece que só falta eu aprender os paranauê. Na universidade dos Stormtroopers aprendi que deveria ficar beeeeem longe do lugar/pedestal na frente de uma classe de carteirinhas enfileiradas, acabei tropeçando nas promessas e cair na Biblio. E aí a coisa mudou.

Mas a histórinha? Sim, tem que ter! Senão não tem reflexão do papel social em que estou inserida desde criança, né? Debaixo do link alguns professores que me fizeram acreditar num mundo melhor.

24 outubro 2017

Crises Literárias

Tem umas coisas que não dá pra escapar, a crise após terminar livro foi por alguns instantes, ao abrir  novamente o livro Carol (Ou The Price of Salt como era conhecido antes) em um capítulo particularmente doído. Carol deixa a Therese com a promessa de que na próxima semana iria encontrá-la e isso se transforma em 3 meses de pura angústia, decepção e vazio apático. Damn Therese!!

A quote acima foi feita para o filme de 2015, mas é bem
parecida com o conteúdo da carta no livro. De cortar o s2
A Literatura é meu ponto fraco, com certeza. Palavras escritas são como um tormento pra minha mente obsessiva em detalhes e minúcias, se tiver escrito pior ainda. Eu vou lembrar, eu vou sentir, vou imergir e aceitar. Estava a respirar com mais calma entre as horas de perder a compostura e o entender que não posso me deixar cair (de novo), a mesma Literatura que me derruba me salvou várias vezes na minha vida de escriba. Até mesmo criança quando nada fazia muito sentido por meu cérebro não estar lotado de doutrinas, discursos e visões de mundo, até hoje.

Me sinto um bocado vulnerável quando estou empolgade com a narrativa de um livro, algo que resgatei lá de 2008, o que os Stormtroopers roubaram de mim (hello dissecadores de livros?!), consegui usar a Força: ler histórias é vida.

O que me leva a esse post.
Pois grande parte do crédito de estar cursando Biblioteconomia e preferindo atuar em bibliotecas escolares/públicas é esse desejo da leitura, do ouvir e contar histórias, é ver esse brilhinhu no olhar das pessoas que respondem com orgulho o quanto gostaram de tal livro e como a narrativa de outro mudou o curso de sua vida. O de dizer na cara dura que odiou o livro, que achou cansativo, isso tudo faz com que o sentido de estar ali atrás do balcão ou entre as estantes faça mais sentido. Me identifico com essas pessoas, me sinto mais confortável comigo mesme, não há espaço para destruição quando se há aceitação e entendimento.

E ler trouxe isso pra mim.

31 agosto 2017

novo capítulo da novela de certa eleição de certo centro de certa universidade

Tem umas parada sinistra na Linguística que me assustava um bocado quando era tratada no processo de alfabetização ou até mesmo em análise do discurso.
Tipo: "Como é que o texto se forma dentro da sua cabeça?"
Ou: "Se houver uma repetição ou ausência de uma palavra em tal texto/fala, já dá pra sacar as nuances de um discurso?"

O que mais me assustava era a tal da expectativa do leitor, que é uma parada meio bizarra que acontece com a gente quando vamos ler/ouvir/ver alguém ou alguma coisa. Pra ter uma conversa informal se pressupõe que tem uma pancada de artifícios da nossa lingua falada pra colocar aquela conversa como informal, os famosos, "tipo assim", "né?", repetir o nome da pessoa que tá conversando contigo em sei lá, apelidos, diminutivos, o nome dela mesmo.

Enquanto em uma conversa formal ou até, vamos dizer assim, oficial em um debate político sobre direção de um centro em certa universidade -que não irei citar o nome, pois mecanismos de recuperação de informação tem em tudo quanto é canto - essas mesmas coisas sinistras podem aparecer.

"Como alguém pode formar uma fala como aquela?"
"Em que posição essa pessoa está falando o quê e para quem?" (Essa é extremamente importante até pra gente saber o que, pra quê, pra quem e porque estamos falando)
E a minha favorita:
"Será que a pessoa tem ideia do que tá falando?!"

Porque em certas falas, desconfio piamente de como o processo de construção da fala dentro da cabeça acaba sendo feito ou se é feito, ou se é assim mesmo que deve ser. E é uma bagunça, é pra ser uma bagunça, mas o buraco do acordo tácito social silencioso das pessoas para nos tornarmos toleráveis entre si e vivermos em sociedade, isso tudo aí pode desmoronar quando a fala não é produzida de acordo com a expectativa daquele que vai ouvir.
(E nada de locutor/interlocutor aqui, pega no meu Chomsky que é nele que vou)

A expectativa é um bicho asqueroso.
Porque na fala ele impacta de uma tal maneira que para uma mesma frase pode ocorrer "Ais" e "Hey!" ou "Eita" ou "Oh!". Ou silêncio. Quando o silêncio aparece é o que mais me surpreende, porque tio Fucô dava uns pitaco que o silêncio era o ato máximo de rebeldia (Rebel, rebel!) e eu concordo plenamente, enjoy the silence...

A expectativa do leitor entra aí com toda uma carga ferrada de "e se...", "poderia ser/ter sido..." e por aí vai. Quer cultivar muitos universos alternativos? Fique no plano das expectativas, é ali que todo o Caos Universal vira caldo pra ferver.

Então tendo essa premissa na cabeça e conhecimento da existência da expectativa do leitor, fui ontem pro debate com algumas palavras na cabeça que esperava e não esperava ouvir.

Esperava muito #Facepalm porque é essa a minha reação quando sinto vergonha alheia e quando a vergonha alheia acaba sendo dirigida para o curso onde eu habito e amo. É como se ofendessem o meu grande amor (Srta. Ornitorrinco Biblioteconomia, de manto roxinho, com anel de ametista no anular e segurando uma lâmpada antiga em uma mão e um livro bem pesado na outra pra tacar nas nossas cabeças?) por tabela.

E foi o que aconteceu. Mas expectativas do leitor, lembram? Nada mais assustador que intenção do discurso.

Debaixo do link, as expectativas de leitor que tive ao ir ao debate de certa eleição de certo centro de certa universidade.

10 agosto 2017

Miopia latente


Miopia latente 

Ter miopia é um vaca de dois legumes. 


Você pode aceitar essa deturpação ocular como status quo na sua vida - e sofrer as consequências de esbarrar em coisas, trocar letras, ter visão turva, dobrada, não ver cores direito, aturar dores de cabeça constante, MAS você não necessariamente precisa enxergar o mundo como ele supostamente é. Bônus pra vivência. 

Ou você pode optar em fazer um óculos, com lentes que "corrijam" esse pequeno detalhe imperfeito da maquinaria que se constitui o corpo humano e sofrer miseravelmente de que por anos preciosos foram tirados de você. 

A questão é: eu vou continuar a ser míope, as lentes vão ajeitar meus olhos, mas a consciência é madura o suficiente para compreender que nem tudo que a lente focaliza é exatamente o que a realidade é. 

Lembram dos esqueminha do Platão e a caverna? E as sombras e as pessoas que viam os vultos e quando encontravam a "Razão" iam pra luz lá do lado de fora? Spoiler alert modafóca, o mito de Prometeu começa na mesma premissa só que o cara roubou o fogo dos deuses, fez a galera toda sair da caverna na marra AND passou a eternidade preso em um penhasco com uma águia comendo o fígado dele... 
(Hmmmmmm patê titânico nomnomz) 

Às vezes ganhar a iluminação, a tocha, as lentes, não é a melhor coisa dessa vida. Talvez minha rabugice diminua, meu cansaço mental, a sonolência, a irritabilidade com luz e superfícies claras se vão e não voltem, mas a miopia, meus quiridus, ela continua. 

É o defeito da fábrica.

08 agosto 2017

Não parece, mas alguém aparece

Aquelas reminiscências de época de licenciatura sempre aparece.
Em uma conversa awesoooooome com a pessoa querida da Fran, resgatei algumas lembranças da época da graduação de Letras, os apertos que todo metido a docente vai passar algum dia e lembrei desse guri que foi uma experiência de alfabetização que deu errado - conforme o que a escola queria e a universidade dos Stormtroopers esperava em seus relatórios e estatísticas. 

O que eu devia fazer na época era ajudar alunos como ele - não regularmente alfabetizados em séries mais altas - a conseguirem no mínimo escrever o nome direito e saber o alfabeto. O carinha tinha 12 anos, tava parado na 2ª série (equivalente ao 3º ano agora, crianças entre a faixa de 8 a 9 anos), depois da bagunça estadual da reforma do ensino feita por certo governador almofadinha, agora senador com péssima reputação por conta de lava-jatos.

Crianças como ele ficavam retidas por um bom tempo até desistirem, haver um milagre docente, ou eram aprovados sem saber fazer uma conta direito pra desencargo de consciência do Estado. 

Era um bairro da periferia do vilarejo brejeiro, eu ia pra lá a pé na ida porque precisava chegar animada, motivada, ativada pra dar aula de reforço pra aquela gurizada ligada no 220v. Foram 8 meses nessa, eu, uma estagiária da biologia super zen, uma da matemática que passava um dobrado por não saber o que fazer e outro da psicologia pra fazer pesquisa de campo. Em geral a gente dava apoio aos professores das séries iniciais, dentro da sala de aula, eu preferia ficar com a galerinha que estava fora de sala de aula (aulas de educação física, horário alternativo pelo ensino integral) aprendendo com eles. E eles me ensinaram muito. 

02 julho 2017

eu escrevendo textões

https://brdramallama.tumblr.com/post/161873162996/mewhen-im-all-about-library-information-science


Tradução:
"Eu não sei como ficar  emocionalmente neutra quanto estou escrevendo sobre algo que sou apaixonada. Eu tenho paixão, Winn. Um tanto disso."

Assim como a herdeira de Krypton, me acomete de tempos em tempos essa imparcialidade nos julgamentos quando vou escrever algo que está aparelhado ao conjunto coração/alma. Biblioteconomia vai bem nessa estradinha sem retorno.

Aliás, as postagens estão meio raras esses dias, culpem a volta da dor nas costas e o meu cérebro sendo ocupado por trabalhos acadêmicos (que não vou aproveitar tão cedo em qualquer coisa na vida de estagiárie).

29 março 2017

espírito cibernético do Natal passado

Tem um episódio de Aquateen com esse título, decidi catar pra ilustrar o post. Sou horrível com títulos desde 1986.

Duas desculpas esfarrapadas para esse post!
1) deixar esse link pros episódios de Aquateen Hunger Force;
2) relatar algo bem interessante que ocorreu dias atrás.

Sacam aquele conto do Charles Dickens sobre o velho sovina que recebe a visita de fantasmas que falam alguma lição de moral pra ele ser bom, gentil, generoso e socialmente aceitável?

Bem, esses dias eu me vi com 61 anos, empolgada com livros de anatomia, deixando estagiarie aqui boquiaberte com a quantidade de termos técnicos e a avidez de querer entender o sistema esquelético. Havia a parte de discutir ética sobre algumas partes da ciência (embriões e sua anatomia nos livros mais acessíveis), mas eu me vi nessa senhora de nome bacana, manézinha que só ela e dando um show de quanto estava interessada em aprender mais sobre o nosso corpo.

Ao vasculharmos um livro com fotos de células que fazem parte dos sistemas, comparamos juntas em como pareciam com sorvete, salsicha, repolho e variados. Tivemos essa viagem intelectual juntas, eu me vi daqui há 30 anos como ela.

O tempo passou absurdamente rápido, o atendimento que faço no máximo 5 minutos, foi se meia hora, nem vi. E achei incrivelmente legal de saber que ela estava empenhada em fazer o trabalho mais interessante. E iria falar lá na frente também na apresentação.

Eu observo bastante as pessoas que entram e saem, vejo algumas nuances e rotinas, adoro quando encontro esses cúmplices de rotina, flanando sobre o balcão, rolando no tapete do setor infanto-juvenil. Sendo eles mesmos nessa inversão de valores biblioteconomísticos.

Eu me vi em relance daqui há 30 anos e tou feliz, acho que todo mundo deveria ter esse momento na vida pra começar a questionar algumas prioridades da vida.
Espero que tenham.

06 janeiro 2017

voltando a programação biblioteconomística

Tenho ideias para app pra Android de controle de acervo para Bibliotecas Comunitárias, tudo otimizado pra usuário de boinhas, sem firulas, integração com Facebook, conta Google, código API pra Organização da Informação vinda da LoC, Google Books (são os únicos abertos que conheço), Amazon. Adicionar livro num clique só (código de barras do ISBN), pesquisar/adicionar por autor ou título título. Empréstimo com recibo via WhatsApp pro leitor, aviso de data limite de devolução também, serviço de disseminação de informação no mesmo esquema, super facim, sem complicação, tudo free e só pedindo uns likes no Facebook e avaliação no Google Store.

Aí lembro que não sei lhufas de programação...

Em Hackers (1994) parecia ser tão fácil #SqN

Fiz um teste com o LibraryThing e TinyCat para um trabalho de Indexação junto com a beeeeesha leeeeenda magnânima da Beadrade Antrice (WTF?!) e até que foi, só que não é tão funcional e simples como eu tava planejando.
(aí chatonildo vai perguntar: "e a organização da Informação?! E as métricas?! E a manutenção do acervo?!" - respondo com um sonoro escrito em letras garrafais no boldinho: não leu direito que é pra biblioteca comunitária não?!)

Eru Ilúvatar não dá asas às cobras D:

12 agosto 2016

o peso da beca, do canudo, do capelo

Ontem foi a formatura da primeira turma em que me enfiei de vez na Biblio. Era a 3ª fase com um bando de gente bacana e de diversas vertentes de unidades de informação. Ter aulas com eles foi extremamente importante para eu sentir que o curso era firmeza, a carreira era promissora, as pessoas eram simpáticas.

Vendo eles recebendo os engessados ritos de colação de grau - Então é preciso alguém com título maior, cargo político, um objeto estranho encostado na caixa cranial pra ser finalmente bibliotecárix? Na Letras eu já me sentia professora desde o momento em que fui obrigadx a fazer um plano de aula na correria - meio que apertou um parafuso que tava aqui virando pra lá e pra cá: o parafuso da Ética.

Aí a fessora cutch-cutch que discursa muito nessa linha da Biblioteconomia fez o discurso como patrona da turma. E a coisinha linda citou Aristóteles, Kant e a diferença do Ethos com épsilon e Ethos com eta. O meu coração que já tá ferrado meio que deu um compasso trincado, desses de muitos goles de bebida forte, mas que não está completamente bêbado. Tocar nessa parte da terminologia de palavras que são terrivelmente empregadas em nosso curso, mas que ninguém tá nem aí par asaber pra que servem, é como um refresco nesse mar bisonho em que ando navegando.

Ela resgatou o Código de Ética do Bibliotecário (esse aí embaixo e que tenho diversas considerações a fazer que são contraditórias com o fazer bibliotecário de agora) e disse da importância do quanto é importante verificar a terminologia de nossos conceitos. Não obedecemos um código de ética para estamos na linha, fazer conforme a cartilha, não questionar nossa posição no mundo e a do Outro - seguimos um padrão alinhado de conjunto de regras para nossa profissão por termos a noção de que o bem maior, o bem estar social, a dignidade e a cidadania tá nas nossas mãos também.

06 agosto 2016

pequena reflexão acerca de Tim Burton

Ontem tive o prazer de visitar a Confraria Literária do Colégio de Aplicação na UFSC pela primeira vez. Apesar de compartilhar a divulgação dos eventos, me atrevi a faltar quando a oportunidade vinha, tanto por conta das aulas da sexta-feira, quanto por não conseguir deslocar esse corpo até lá.

O tema de hoje foi as obras de Tim Burton e como é sua marca registrada no cinema estadunidense. Óbvio que quando citaram Eva Green como Miss Peregrine, meu coração de fangirl falou mais alto e devo ter soltado um gritinho com pompons acompanhando.

É bom demais para ser verdade.

O questionamento sobre o tabu do Corpo e o paradigma do Outro também vieram a minha cabeça ao fazer as filosofações sobre o renomado diretor. A maioria dos filmes dele tratam de algo mórbido ou tremendamente fora da tradição Hollywoodiana de se acrescentar comédia na tragédia (BTW: isso os gregos faziam com maestria, ok?), de tratar a morte como parte da vida e também saber levar essa ótica para as crianças entenderem o recado.

O tio Burton consegue tratar disso muito bem nas suas obras, tirando pela animação "A Noiva Cadáver" que literalmente é mostrar de um jeito lúdico e caricato que a Morte que tanto idealizamos no mundo dos Vivos pode ser mais divertida que o cinzento e trivial círculo de aparências.

Esse documentário do National Geographic Channel mostra 3 situações em que a Morte está na rotina de certos profissionais, mas que não deixa de ser algo que faz parte da nossa. Uma perita criminal, um maquiador funerário e um coveiro dão suas impressões sobre como é conviver com a Ceifeira à espreita todos os dias, sinceramente acho que isso magnífico - tanto pela abordagem de Vida que essas pessoas no documentário tem e como elas enxergam esse tabu.


A Nayra, a projeto de biblioteconomista mais descolada do curso, escreveu sobre a experiência, achei super awesome pela reação dela hehehehehehehe

16 julho 2016

o trem da união dentro da classe

Amiguinhxs,

Quando forem se posicionar sobre a desunião da categoria bibliotecária em algum futuro distante pensem e lembrem de 3 coisas :
1) quem foram seus professores e como eles incentivaram o diálogo e união entre os estudantes e entre eles, docentes
2) quem foram seus exemplos de profissional da Informação atuante na área e qual contribuição a pessoa deu sobre o caso
3) se você repetiu o erro de 1, questionou o exemplo de 2, lutou pelo que você acreditava na época

Aí sim num futuro próximo você entenderá porque esse povo da Biblioteconomia fabrica uma guerra civil sem necessitar de muita coisa, só precisa fazer nada, cruzar os braços e quando acontece uma mobilização de importância na área, diz que já tá cansadx de lutar, que Conselho só serve pra cobrar, associações e coletivos só servem pra dar curso, que os mais novos que devem agora reivindicar nossos direitos (hello, não quero sustentar vosmicê não, queridx!) e o melhor que resume esse ranting aqui: "Ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me chama de fecho-ecler"

Por favor né profissa?
Toma vergonha na cara, vai passar óleo de perobinha e se posiciona como BIBLIOTECÁRIX pelamoooooor?

Sim, reclamo e resmungo pra baraleo quando é comodismo besta se manifestando no curso e não terem um pingo de respeito para arcar com responsabilidade de quem será diretamente atingido pela omissão.


09 março 2016

Biblioródias: Na oitocentos com Dewey Potter

Não curto bossa-nova, pouco MPB, mas às vezes a criatividade vai além do gênero musical preferido e enquanto estou a caminho de pegar um lanchinho para o almoço de universitário falido, me vem à cachola uma paródia muito boa para se brincar com o Dewey Potter (Porque agora ele é meu personagem recorrente nos esquemas).

Como é sagrado e devo oferecer a tr0llice primeiro para o deus em que me apoio, aí vai: Prometo sempre causar bonito, fazer traquinagem e induzir as pessoas a questionarem a Realidade ou não:

Ouvi um Amém?!

Não é que eu não tenha nada pra fazer - eu tenho e muito! - mas a inspiração faz download de pacotes de atualização da tr0llagem e acaba saindo isso aqui:


Na oitocentos...

(Essa vai para todxs bibliotecárixs boêmixs de plantão...)
Usuário mandão, hora de pico, semestre acabando, oh ilusão
Vou me aquietar, tentar acessar, 
banco de dados
Sistema cai, coração no chão
Deu tudo errado

E o que o bom bibliotecário faz na oitocentos...?
É lá que eu choro, eu não me aguento (Na oitocentos)
É onde me perco no desalento (Na oitocentos)
É na oitocentos...
Na oitocentos...

Minha vida num clique do botão
São 8 horas por dia de conexão
Quando decido fazer pesquisa à exaustão
Tudo cai, tudo cai na minha mão

Eu digo que dá, que consigo mais um pouquinho
São mais de 200 email na caixa de entrada
Telefone, fax, oh aí do balcão espera um pouquinho
(E no que que dá?)

E o que o bom bibliotecário faz na oitocentos...?
É lá que eu choro, eu não me aguento (Na oitocentos)
É onde me perco no desalento (Na oitocentos)
É na oitocentos...
Na oitocentos...

Eu sei que não devia pagar de bom moço não
Tratar usuário em banho maria, levar pela mão
Mas agora não tem jeito, não é mole não
Onde é que me escondo? (Na oitocentos)
Não consigo dizer não

E o que o bom bibliotecário faz na oitocentos...?
É lá que eu choro, eu não me aguento (Na oitocentos)
É onde me perco no desalento (Na oitocentos)
É na oitocentos...
Na oitocentos...

21 dezembro 2015

GUERRA CIVIL DOS LIVROS DIDÁTICOS!!

[EDITANDO: Não deu pra manter a ideia, mas deixando aqui para posteridade, ainda vou voltar nessa guerra civil!!]
Vídeo auto-explicativo, porque a ideia é muito boa!
(Sem modéstia alguma, pois nóis é humilde, mas sabemo dos esquema, morô?)


O post abaixo foi feito e encarecidamente ofertado pelo Lucas Mendes, graduado em Biblioteconomia na UDESC sobre Livros Didáticos.

Let the War begins!!
[Texto produzido por Lucas Mendes, graduando de Biblioteconomia – Gestão da Informação na UDESC]

GUERRA CIVIL: PRÓ-LD’s VS. ANTI-LD’s
(titulo provisório zoeristico)

Depois de 6 meses nessa indústria vital da iniciação científica em Biblioteconomia, com uma pesquisa mais especificamente em livro didáticos (Titulo da pesquisa: Bibliotecas Escolares e Acervos: Possibilidades de Fontes, História e Memórias), eis que me deparo, mais especificamente no Painel de Biblioteconomia de 2015 já comentado aqui no blog pela Morgado, com uma discussão bem calorosa com a mesma. 

No segundo dia do evento eu e a Bruna discutimos por quase uma hora sobre prós e contras dos livros didáticos. Depois de refletir um pouco sobre isso tudo, tive a ideia de escrever esse singelo texto com minha opinião sobre o assunto, então coloquem os cintos que irei expor outro lado dos livros didáticos além do espaço que ele ocupa nas prateleiras das bibliotecas escolares.

Particularmente vejo o LD (livro didático) como um instrumento social do que realmente só um peso de papel no acervo. Acredito que os LDs igualam os estudantes de escola pública com os de escola privada (como reforçado pela minha chefinha com a qual me guiou por esse mundão do mercado editorial e social do LD), logo eles representam um ponto de igualdade, que claro não acredito ser o suficiente, pois muita gente tem o LD, mas não tem biblioteca ou professores suficientes em suas escolas. E em muitos casos o livro didático tem quase o papel de uma biblioteca móvel, já que o formato atual de LD trás poemas, contos, imagens, textos de referência, indicações de leituras. 

Com o crescimento do Ebook didático (não sei se esse termo realmente existe, mas uso ele para falar do LD digital) essas ferramentas se desenvolveram e até irão desenvolver outros formatos, possibilitando até a Social Reading (na qual acredito amplificar o ensino de toda nossa criançada).

Vale destacar que o Brasil compra através do PNLD (Plano Nacional dos Livros Didáticos) muito livro didático para as escolas públicas, e isso representa 35% de unidades vendidas no mercado editorial brasileiro (Fonte: Snel jul. 2012), e no caso dos Ebooks didáticos, ainda é um mercado em crescimento, já existem algumas escolas particulares usando (Essa matéria aqui fala um pouco disso) e a FNDE (Funda nacional de desenvolvimento da educação) por exemplo, já “obriga” as editoras a publicarem os LD em formato digital. O governo já iniciou a distribuição dos ebooks em algumas escolas nesse ano (ver aqui)

Os Ebooks digitais resolveriam o famigerado problema de espaço das bibliotecas escolares, mas acredito eu que eles são importantes obras de referências e que merecem um lugarzinho na estante, não em quantidade exagerada como acontece na realidade.

A biblioteca escolar, querendo ou não ganhou mais uma atribuição, que é a de guardar e distribuir os LD, e acho que não seja realmente um problema, desde que seja uma atividade apoiada pela secretaria da escola, já que pode ser uma dor de cabeça. Tem uma galerinha do barulho lá de Minas gerais que desenvolveu um software de gestão de livros didáticos, o i10 (chequem o projeto dessa empresa, e os outros também que são um amorzim), e que já fizeram vários testes e parece estar funcionando muito bem, eles conseguem fazer a distribuição dos em livros em um curto espaço do tempo, e recuperar grande parte dos livros ao final do ano (porque eles tem vida útil de 3 a 4 anos, são renovados por causa de atualização e afins).

Não quero me alongar, porque talvez um dia eu e a Morgado possamos discutir estilo filósofos gregos, só que sem precisar de cartas quando temos Twitter e Facebook. Fecho com o meu pensamento muito mais sentimental do que prático. Vale cuidar desses pestinhas espaçosos, porque eles têm mais importância social e econômica do que realmente prática (no sentido do espaço, já que a educação fica muito mais prática com a ajuda dos LD, mas isso abriria uma outra discussão no cunho da educação). 

Posso morder minha língua, pois ainda não estagiei em biblioteca escolar, mas defendo sim o LD e sua grande importância de fonte de pesquisa escolar e acadêmica.



18 dezembro 2015

dando tchau, tchau, tchau pro estágio

Assim como a musiquinha grudenta da Vovó Mafalda, estou dando tchau para essa biblioteca linda onde me firmei como pessoa biblioteconômica (???). Não, não irei viajar porque isso é coisa de bibliotecárix ryyyyyyycxxxxh e famozxxxxx, então resolvi gravar um vídeo sobre a despedida.

Para aqueles que estão tentando entender o que quero dizer, é porque faz cerca de 2 dias que não durmo direito, logo o discurso tá meio fuén-fuén balão furado: 


Ano que vem estarei em outra escola da Rede Municipal, por mais 6 meses e a notícia não me deixou muito bem durante esses dias. Sim, eu sei, a oportunidade é ótima, novos ares, coisas novas, mas mesmo assim eu e mudanças? Não nos adaptamos bem de cara.

Agradecendo à escola que me acolheu tão lindamente desde o começo, por entenderem que dar voz aos alunos é bem mais importante que seguir o status quo, que tudo se resolve no diálogo, que as peculiaridades são preciosidades e que colocar um violão com cordas na hora do recreio faz milagres com alunos bagunceiros. 

No resumão? Sei lá o que tou sentindo, mas aqui vai ser o meu marco inicial de toda a bagagem que vou levar pro resto da minha vida nessa carreira.

Há o problema do workaholismo também. Fiquei parada por muito tempo no começo do ano por conta da perna, meu ritmo de trabalhar foi quebrado justamente quando tava começando a produzir bem e aí houve o trem da dedetização que parou por quase 2 semanas e bem... Eis o motivo de não conseguir dormir direito!

Final do ano sei que estarei uma pilha básica de produção e vou ter que direcionar pra algum lugar - e não vai ser para o acadêmico pelo jeito.

30 novembro 2015

como fazer uma estagiária noobie entrar em pânico


Então ocorreu esse peleja de dimensões astronômicas no lugar onde estagio e se tenho uma vaga idéia do que seja um pandemônio armado, este seria o perfeito exemplo. 

Às vezes esqueço que sou estagiária. Muitas vezes esqueço que minha função se limita a poucas responsabilidades já  pré-estabelecidas, o problema é que não há alguém para fazer as decisões da biblioteca novamente e sinto aquele aperto ao deixar como está porque assim foi ordenado. 

Tenho uma preocupação imensa pelo que a garotada vai precisar durante esse tempo de recesso/talvez mudança de prédio. Eles estão na reta final do bimestre e não é legal ser jogado em qualquer lugar sem o mínimo de amparo pedagógico. Pelo jeito parece tudo bem, mas como é que faço como pseudo-bibliotecária? 

O prédio da escola foi dedetizado dezenas de vezes desde a quinta passada impossibilitando as aulas e qualquer outra atividade escolar/administrativa. Para a coleção de enfartos pedagógicos, veio o pessoal da dedetização com borrifadores, eu no encalço pedindo pelamoooooor não aponta pras estantes. NÃO APONTA PRAS MÓDAFÓCA ESTANTES!!

A mistura de veneno + poeira + livros não é legal, ainda mais quando você tem um público que costuma ser muito tátil (e senão às vezes palatal) com o acervo. Uma questão urgente de saúde pública, mas que realmente não deu tempo de fazer absolutamente nada devido o tempo que me foi dado para tomar alguma decisão. Não deu tempo de guardar os livros em sacolas, não deu para cobrir as estantes, apenas observei em terror como uma simples decisão sem o discernimento preciso da gravidade do ato poderia causar tempos depois.

A.k.a. eu tava apavorada. 
Pode entrar em pânico, produção?

Créditos para: Shokly Digital Art
Não tou sendo drástica, cês não me viram sendo drástica.

Mas como sou babaca - e quando digo isso é pelo senso comum, já que ser "babaca" é fazer aquilo que não precisa se fazer porque a responsabilidade não é minha, logo, eu deveria ficar calada, quieta, sentada de braços cruzados e jogando angry birds no meu celular enquanto vejo o circo pegar fogo - tentei pensar no que faria caso a escola fosse para outro lugar, o que levaria de emergência para tapear um pouco a falta que o lugar físico do acervo faria diferença na vida dos alunos.

FYI: secretamente gosto de ver o circo pegando fogo, mas é porque meu cérebro já tá maquinando para apagar o fogo, seja lá onde ele tenha surgido.

Aí barramos com a problemática desse post: a responsabilidade NÃO É minha.

O que mais escutei esses dias é que eu não posso fazer nada. Não devo fazer nada. Não tem como fazer nada. E não dá pra virar pro camarada e dizer: I DO WHAT I WANT CAUSE I AM A PIRATE!!! Ou Bibliotecária, ou algo aproximado a isso. Sim, eu posso fazer. Eu preciso fazer, não é justo não fazer e deixar outros que não fazem a MÍNIMA IDÉIA fazerem e não entenderem o quanto isso é importante para a comunidade escolar.

E também porque entrei em estado de choque na sexta passada.

Fui ver a situação e meu estômago deve ter feito contorcionismo de tanto nervoso. A coisa tá feia. Nem vou dizer que a minha cabeça explodiu, minhas pernas falharam e deu vontade de sentar ali mesmo, no meio da biblioteca e chorar.
(Mas não, preferi ser mais idiota ainda e bater boca com a administração da escola sobre o que levar ou não para o novo espaço)

Acho que os bibliotecários de Alexandria devem estar patting minha cabeça e falando: "Oh dó, oh coitada...". Se essa foi a minha reação ao ver uma dedetização sem cuidados prévios, não quero nem ver alguma biblioteca pegando fogo.

Talvez esse tenha sido o Wake Up Call de me desapegar do local. De saber que daqui alguns dias não estarei mais com eles e que o processo de chamar por mais 6 meses vá demorar. Talvez seja uma daquelas pegadinhas do Universo em sua sábia ironia me dizendo: "Hey, cê fez o que tinha pra fazer, bora ganhar mais XP pra próxima fase..." - ou talvez seja o resultado de um acidental giro na ignição do Gerador Improbabilidade Infinita.
(Que nenhuma pulga tenha dito "Ai de novo não..." e me volte como um jarro de tupilas)

Enquanto a situação não se resolve, vou perdendo meu sono com ideias malucas de como resolver a situação, ou de já me prontificar a entrar no ambiente inóspito e limpar o acervo, um a um, livro por livro, até ter a consciência limpa de que a responsabilidade não é minha, mas pelo menos fiz alguma coisa. Ou posso ficar aqui em casa, desejando ávidamente a minha rotina de volta e ser distraída por dois gatos do barulho que aprontam muitas confusões.

Venimim Enfarto-pedagógico!!


Se você entendeu as referências para Guia do Mochileiro das Galáxias, vai saber o quão desesperador a situação está sendo para minha pessoa.

26 novembro 2015

combo duplo do 5º semestre

Estou na 5ª fase, mas não estou.
Retorno de graduado é meio que nem consórcio de carro.
Pego o número, espero minha vez depois de um tanto de gente, levanto a mão quando quero dar o lance, para aquele carro bacaninha que estava planejando ter, vai pra outrém, levanto de novo para pegar sei lá, um carrinho menos possante, mas hey! Também tem suas vantagens... Nope, não dessa vez. Aí exausta de levantar a mão pra conseguir um lance, vem aqueles modelos de carros que quase ninguém quis ou geral quis e desistiu no último minuto.
(Apenas um aviso, quiançada: tem uma parte do Tártaro exclusivo para vocês que pegam as disciplinas obrigatórias e desistem na 1ª semana)

E por aí eu vou.

Empurrando as gestões gestionadoras para beeeeeem lá na frente, aproveito as má-deixas de disciplinas que aparecem no curso. Todo semestre eu tenho que calcular a quantidade de enrascada que vou me meter por pular fases e praticamente ler o plano de ensino de cada professor para poder me nortear. Já me arrependi algumas vezes de não ler e ver que a matéria era pesada demais para mim (Vide semestre passado!), então ser razoável com a quantidade de informação filtrada na minha cachola é saudável para minha linda e desesperada sanidade.
(Abençoa Cthulhu...)

Aí às vezes eu acerto no levantar da mão e ganho um combo duplo de Fontes de Informação e Serviços de Informação com duas professoras super dedicadas ao que ensinam.

E é um milagre, porque as duas disciplinas se entrelaçam bem par a parte prática de qualquer estagiárix/projeto de bibliotecárix que não faz a MÍNIMA idéia de como manter o barco navegando mesmo quando o capitão está seilá... servindo ao Davy Jones.
(Referências, nenê. Referências.)

O barco que eu tou navegando tá indo bem - apesar da infestação de insetóide maledeto que ocorreu durante a semana passada - e me sinto à vontade para dizer o quanto tenho orgulho de participar dessa comunidade escolar. A escola me toruxe grandes experiências, me fez ter perspectivas melhores para minha profissão e minha carreira e também me deixou uma lição boa de humildade com aqueles que fazem a Roda girar. Estar entre a galerinha de estudantes, ali na linha de frente no balcão, auxiliando como dá, ajudando como é possível chega a ser a melhor forma de fazer algum papel de cidadã que já tive oportunidade. 

Estar na biblioteca escolar me ensinou que a teoria do curso tem que estar mais do que em sintonia com a prática lá fora, tem que acompanhar os setores com mais carência de bibliotecários e profissionais da informação. A gente (acadêmico, corintiano, sofredor...) PRECISA saber como é lá fora enquanto estamos DENTRO da Universidade, nem que seja por 1 mês. Não precisa ir muito longe, não necessita estar no meio dos engravatados ou os cheios de firulinhas, dá uma olhadinha ali na vizinhança e verifica como é a biblioteca escolar da unidade mais próxima.

O combo do 5º semestre me ajudou a rever meus conceitos mais práticos, como perder o medo de improvisar quando é necessário fazê-lo. O de encarar a demanda como parte essencial do meu trabalho, as mudanças repentinas como rotina e a maluquice geral como o usual. E olha, o que a gente escuta em balcão de biblioteca não tá no gibi...

16 novembro 2015

paródia let's dewey it




O que fazer dentro do busão quando há engarrafamento na 403 saída Ingleses? Acabo escrevendo paródia...

LET'S DEWEY IT
Ou a paródia pro pessoal do processamento técnico. (Pois nós sabemos o valor precioso que vocês têm em nossas vidas!)
Música incidental? Claro que tinha que ser Professor Elemental.

--------------------------------
Eu passo parte da minha vida sempre atrás das estantes
O que pode ser bom, mas pra você parece irrelevante
Vamos começar desde o início
Antes que você ache que eu deva me jogar de um precipício

Let's Dewey it
Sou eu, aquele não aparece!
Não dá as caras no balcão, mas minha decisão prevalece
Eu catalogo e classifico,
Não é nenhum robô, sou eu mesmo que indexico
Se os livros estão em ordem nas prateleiras
Você devia agradecer minhas detalhadas maneiras
Eu uso os melhores gerenciadores de acervo
Mas é a minha cachola que recorro no aperto

Let's Dewey it
Nada tema, não precisa memorizar
Temos um manual enorme pra só bibliotecário decorar
Nossa ordem é diferente, nosso código parece incoerente
Mas pra você achar um livro é mais rápido e eficiente

Let's Dewey it
Antes que eu perca um parafuso
Meus manuais estão sempre aqui, são eles que eu uso
Let's Dewey it
Ostentando é pouco, tenho a CDU sim
Gastei todo o orçamento de 12 anos e mesmo assim
Let's Dewey it
E quando não tem ficha catalografica no bendito livro
Me encolho no lugar, pra eles eu suplico:
"Por favor Ranganathan-Dewey-Otlet me ajude,
Será que esse vai na Economia ou pra area de Saúde?"

Let's Dewey it
Na graduação você já pode me reconhecer
Sou justamente aquele que tira nota máxima em LD
Vou até fazer um rap com termos de um tesauro
(Com o que posso rimar? Posso usar um dinossauro?)

Let's Dewey it
O que posso dizer? Sou bibliotecário catalogador
Meu paraíso é a Library of Congress, mas também uso buscador
Porque quando não tem jeito, sem registro no acervo
A gente reza pra Santo Ranganathá e espera um acerto

Let's Dewey it
Pensa que é tão fácil assim?
É só olhar no manual e o número faz plimplin?
Vamos lá, pessoal, me dêem um pouco de crédito
Minha vida sem o processamento técnico seria um puro tédio

Let's Dewey it
Apenas peço aos meus caros miguxos da Biblioteconomia
Catalogar não é luxo, é necessidade de todo dia
Ajudem uma pobre alma, aquele usuário perdido
Não precisa decorar os números, esse é meu serviço
Fiquem à vontade, o acervo é pra usar
Eu catalogo, classifico, indexico pra facilitar

23 setembro 2015

let the cray-cray do semestre begins


Primeira prova do semestre e única coisa na cabeça é: "como irei recuperar aquela habilidade linda e ninja de sumir da face da terra por alguns dias por estar extremamente ansiosa, cansada e cheia de coisas pra fazer?" 

Tá tão tenso que ontem meu estômago se rebelou no modo "Yo modafóca, vou fazer você se arrepender por ficar tão chill out por muito tempo!" 

Quero a minha cama! 
(Ah! Boas vindas ao equinócio. A roda vai voltar a girar nessa época, pqp, tava muito a fim não...) 


Postado via Blogaway