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31 agosto 2017

novo capítulo da novela de certa eleição de certo centro de certa universidade

Tem umas parada sinistra na Linguística que me assustava um bocado quando era tratada no processo de alfabetização ou até mesmo em análise do discurso.
Tipo: "Como é que o texto se forma dentro da sua cabeça?"
Ou: "Se houver uma repetição ou ausência de uma palavra em tal texto/fala, já dá pra sacar as nuances de um discurso?"

O que mais me assustava era a tal da expectativa do leitor, que é uma parada meio bizarra que acontece com a gente quando vamos ler/ouvir/ver alguém ou alguma coisa. Pra ter uma conversa informal se pressupõe que tem uma pancada de artifícios da nossa lingua falada pra colocar aquela conversa como informal, os famosos, "tipo assim", "né?", repetir o nome da pessoa que tá conversando contigo em sei lá, apelidos, diminutivos, o nome dela mesmo.

Enquanto em uma conversa formal ou até, vamos dizer assim, oficial em um debate político sobre direção de um centro em certa universidade -que não irei citar o nome, pois mecanismos de recuperação de informação tem em tudo quanto é canto - essas mesmas coisas sinistras podem aparecer.

"Como alguém pode formar uma fala como aquela?"
"Em que posição essa pessoa está falando o quê e para quem?" (Essa é extremamente importante até pra gente saber o que, pra quê, pra quem e porque estamos falando)
E a minha favorita:
"Será que a pessoa tem ideia do que tá falando?!"

Porque em certas falas, desconfio piamente de como o processo de construção da fala dentro da cabeça acaba sendo feito ou se é feito, ou se é assim mesmo que deve ser. E é uma bagunça, é pra ser uma bagunça, mas o buraco do acordo tácito social silencioso das pessoas para nos tornarmos toleráveis entre si e vivermos em sociedade, isso tudo aí pode desmoronar quando a fala não é produzida de acordo com a expectativa daquele que vai ouvir.
(E nada de locutor/interlocutor aqui, pega no meu Chomsky que é nele que vou)

A expectativa é um bicho asqueroso.
Porque na fala ele impacta de uma tal maneira que para uma mesma frase pode ocorrer "Ais" e "Hey!" ou "Eita" ou "Oh!". Ou silêncio. Quando o silêncio aparece é o que mais me surpreende, porque tio Fucô dava uns pitaco que o silêncio era o ato máximo de rebeldia (Rebel, rebel!) e eu concordo plenamente, enjoy the silence...

A expectativa do leitor entra aí com toda uma carga ferrada de "e se...", "poderia ser/ter sido..." e por aí vai. Quer cultivar muitos universos alternativos? Fique no plano das expectativas, é ali que todo o Caos Universal vira caldo pra ferver.

Então tendo essa premissa na cabeça e conhecimento da existência da expectativa do leitor, fui ontem pro debate com algumas palavras na cabeça que esperava e não esperava ouvir.

Esperava muito #Facepalm porque é essa a minha reação quando sinto vergonha alheia e quando a vergonha alheia acaba sendo dirigida para o curso onde eu habito e amo. É como se ofendessem o meu grande amor (Srta. Ornitorrinco Biblioteconomia, de manto roxinho, com anel de ametista no anular e segurando uma lâmpada antiga em uma mão e um livro bem pesado na outra pra tacar nas nossas cabeças?) por tabela.

E foi o que aconteceu. Mas expectativas do leitor, lembram? Nada mais assustador que intenção do discurso.

Debaixo do link, as expectativas de leitor que tive ao ir ao debate de certa eleição de certo centro de certa universidade.

27 agosto 2017

metodologia nada acertada

Esse blog funfa com tecnologia antiga de mecanismo
de relógio e muita, mas muita motivação diária.
Escrevo nas interwebs desde 2004 - foi quando Internet de banda larga chegou no vilarejo-brejeiro em que eu morava, coincidiu com o acesso fácil a universidade dos stormtroopers, já que me enfurnava nos laboratórios de informática do que ter vida social... Oh well, continuo NÃO TENDO vida social alguma... - e aprendi um bocado durante esses 13 anos de escrivinhações, desde como desenvolver um vocabulário próprio (Sim, entendo que às vezes escrevo pra mim mesme, mas é o objetivo de ter esse blog, uai), até estratégias de como falar de pessoas sem elas saberem disso...

Praticar tudo que aprendi na Letras de argumentação e construção de narrativas foi crucial pra eu continuar aqui no ambiente virtual, falando besteira, opinando controvérsias, tentando ser espertinhe em um mundo de muita opinião e poucos comentários.

Tá funfando até então.

Mas tem metodologia, sabe? Virginiane aqui, óbvio que vai ter planejamento, nem que seja no improviso de 3 nanosegundos.

Não é que eu gosto de escrever (Tá eu amo, única coisa que presto nessa vida de escriba), mas é que tenho tempo pra realizar isso. É, tempo, parece mentira em tempos como esse. Desde 2004 passo parte do meu dia dentro de ônibus, em trajetos que me obrigam a ficar sentade por cerca de 2h ou 4h por dia. Enquanto muitos se aventuram em ler dentro do busão, ou quando o sono vence, passo o tempo teclando sem parar até aparecer um rascunho de texto bem rude, precisando de mais detalhes depois. Esse processo de escrever em busão em 2004 era feito com aquele modelo de celular indestrutível, em forma de tópicos, para então fazer um rascunho mais elaborado em papel mesmo.

Na mochila sempre tinha caderno extra com anotações de coisas. Apesar de achar um absurdo escrever em livros, acabei cometendo uma heresia com meu Silmarillion durante o último ano de Letras. O pobre livro recebeu anotações nos cantos das páginas, porque bem... Não tinha lugar na hora pra escrever!! Eu escrevia também durante as aulas, quando dava, parte de um projeto que abandonei foi feito durante a monitoria de sociologia/filosofia que eu dava e esse cenário de Felicidade Adormecida começou em uma aula de Literatura Africana, dentro do auditório escuro, com Billie Holliday tocando de fundo. Era algo que eu conseguia fazer naquele tempo: prestar atenção nas aulas enquanto escrevia outra coisa.

Os tempos mudaram e a tecnologia ajudou um bocado, hoje smartphones me facilitam com a escrita em flow, autocorretores e plataforma de escrita offline/online que me ajudam a não perder o fio da meada. Google Drive me ajuda a armazenar coisas, mas não para escrever, então Evernote está sendo a minha pedida. O famoso bloco de notas do celular é que quebrava meu galho, mas não fazia compartilhamento com o Blogger, logo tive que dar uma pesquisada para isso. 

Mas como funfa o processo criativo aqui?

Bem simples: a ideia vem, tenho que escrever. Quando não dá, eu remoo o trem até conseguir escrever, mas sempre deixando pistas em tópicos ou links com outras coisas.
(Peço desculpas para quem acha que pego o celular do nada, é pra anotar ideias. Meu cérebro não é expansível)

Com o rascunho rude feito, quando tou dentro do busão dá para ir desenvolvendo parágrafos. E ali é um ambiente perfeito porque tem muito barulho e eu só me concentro bem com o caos ao meu redor. (Por isso odeio fazer provas, ou peço pra usar os fones de ouvido ou acabo me dando mal por perder a concentração.)

Para os Contos é mais fácil, matuto muitas possibilidades de estórias durante o dia inteiro, logo colocar anotado fica mais fácil - mas eles me dão trabalho em desenvolver o final, tenho essa tendência besta de começar a narrativa e não terminar ¬¬''. O tempo de escrever um conto completo é de poucas horas, mais do 4 horas pra mim é pedir arrego. Ter trilha sonora de fundo sempre ajuda também, pois como o cérebro aqui é movido a música, o andamento do enredo vai conforme o que tou ouvindo.

Para ouvir algumas playlists que já fiz para alguns cenários que escrevo, aqui nos links abaixo:

Procuro assistir diversas coisas que me ajudem a montar um enredo, logo se um filme/seriado é ruim de doer (Liga Extraordinário sic) é porque não consegui de jeito algum tirar qualquer coisa ali daquela narrativa para a minha. Deus já disse que todo artista é canibal e todo poeta é ladrão, logo...
(FFS fui obrigade a resgatar algo la´do fundo do baú, meu perfil no NYAH!Fanficion)

Para os pensamentos soltos que é a maioria desse blog são essas ideias que preciso anotar na hora senão perco. Já me deram a ideia de gravar em voz, mas aprendi desde 2007 que tenho aversão a ouvir minha voz, pois acho que é alienígena (Yep yep, issues, lots of issues...). Não demora muito tempo escrevendo não, só de editar no PC.

Já para o Bibliotequices é que tem sido o desafio mais delicioso de se cumprir quase semanalmente. Porque SEMPRE tem algo para discutir nessa profissão onde fui me enfiar, tem muito absurdo e muito acerto e muita nonsense e cês sabem que vivo por esses momentos de pura falta de noção do serumaninho. A preparação pro Bibliotequices me exige mais tempo e mais pesquisa também. O rascunho bruto é dentro do busão mesmo, às vezes acabei de sair da aula/estágio e já começo a rascunhar algo no Evernote. O assunto tem que estar bem fresco na cuca, senão esqueço, e cês sabem o que a nossa mente faz quando esquecemos nacos de experimentações da realidade né?
(Oh mesmo? Parte de qualquer coisa que escrevemos é ficção?! Como é que cê tem certeza que está respirando oxigênio nesse mesmo instante, bateria para as máquinas?!)

O que mais me incomoda no Bibliotequices é a parte em que preciso estar em casa, no PC, com diversas abas abertas e catando fontes que corroborem o que tou escrevendo, mesmo que seja a bobagem-mor e opinião própria sobre determinado assunto. Na minha área é conhecida a ação dum bando de advogado de regras que adora apontar os nossos deslizes como pecados mortais e como não me sinto inclinade a tr0llar com esse povo sendo, bem... tr0ll de internet, prefiro usar da tática de Pernalonga e a luvinha.


Para cada postagem no Bibliotequices demora cerca de 1 dia e meio ou mais conforme a pesquisa a ser feita. Como sei que nunca vão me pagar para escrever esse tipo de conteúdo em sites consagrados, perco meu tempo mesmo com gosto e certo prazer sádico em fritar meus neurônios com isso. Para escrivinhar com mais segurança, aprendi a usar eufemismo, além do mais, usar figuras de linguagem sempre é divertido para sentidos ambíguos, faz as pessoas pensarem, questionarem, não apenas lendo passivamente (O que é impossível, tio Saussure!).

Mas produzo assim fora daqui?
Não.

Porque não gosto de escrita técnica, mesmo sendo obrigade a produzir nesse estilo.
Fiquei meio desleixade com esse tipo de produção por estar sempre em contato, há poucos blogs que vejo (Maioria Tumblrs) que tem uma escrita menos preocupada com cliques, likes, comentários. E como não vejo gente da área produzindo coisas do tipo que escapem da mesmice acadêmica, resolvo escrever esses textões.

E é isso.
Pra esse post aqui demorei cerca de 1h e 43 minutos com as pausas para apaziguar briga de gatos, prestar atenção na máquina de lavar e uma crise nostalgia de 2009 ao achar meu perfil do Nyah!Fanfiction ainda intacto xD

Ah! E uso o artifício de programar os posts para 03:00 da manhã por 2 razões principais: o IFTTT (app de compartilhamento que uso para redes sociais) dá uns piripacos e tem um delay de 2h a 3h, logo no Facebook é possível aparecer postagem entre às 5h e 6h da manhã, mas vai ser a primeira coisa a aparecer. E também por ter sido escandalizade por uma professora de Literatura que afirmava que a maioria das pessoas em hospital morria após às 3h da manhã. Talvez seja ali, simbolicamente, a morte do meu eu-lírico. Tem a opção que talvez eu queira que ninguém leia o que tou escrevendo aqui, logo essa hora absurda. Mas aí é algo que deixo baixo...

18 agosto 2017

[conto] conversações no meio da noite


Título: conversações no meio da noite (por BRMorgan)
Cenário: Original/Cotidiano.
Classificação: PG-13.
Tamanho: 1.118 palavras.
Status: Incompleta.
Personagens:
Resumo:

O mesmo horário na madrugada, mesmo toque. Mesmo gesto mecânico de quem atende no involuntário. Mesmo silêncio do outro lado da linha. Mesmo arfar.
Desliga.
Nos dias em que esquecia de colocar o celular no silencioso, acontecia a rotina da está ligação, número privado, sem ID, o silêncio, a mínima troca de palavras.

- Alô? Quem é?

O clique de desliga, o sono interrompido. Não sabia porque acordava mesmo assim. Força de hábito.
Em uma noite realmente estressante, mente ocupada com milhares de ideias e nenhuma das mãos hábeis para realizar o difícil esmero de escrever. O celular vibrou insistentemente em intervalos pausados. Esperou.

Talvez o outro lado desistisse dessa besteira.

Mais algumas tentativas, o raso lago onde sua paciência nadava, a quentura subindo pelas orelhas, as mãos trêmulas ao pegar o celular e atender de supetão:

- Hey, quer parar de ligar que tou no meio de uma coisa aqui? - O mesmo arfar, a impressão pegajosa que poderia estar travando diálogo com desconhecido pervertido. Logo a ideia subiu, assim como sua raiva pela tecnologia maldita: - Já que cê tá aí: Onde é que escondo o cadáver? Não cabe no meu porta-malas, sabe?

O silêncio que reinou beirou ao desesperador. Talvez alguém tenha se assustado no decorrer dos 3 segundos. Uma voz conhecida em tom baixo e apavorado deu o mistério por completo.

- E-eu só queria saber se você estava dormindo direito...?

Toda a vergonha do mundo trancou sua garganta, não não não não podia ser!! Todo mundo menos essa pessoa!! Não era justo, universo!! Tanta gente pra ligar e justamente...

- Eeeeeeentão, eu tava brincando, hehehehehehehe é que recebo ligação chata todas as noites a essa hora... Aí... 
- D-desculpa, era eu... Você disse que estava com problemas pra dormir e... 
- Falei isso no começo do semestre... 
- Eu sei! E... E não tá dormindo! 
- Porque você tá me ligando! É você mesmo me ligando? 
- Por que você esconderia um cadáver em um porta-malas? 
- Eu nem tenho carro! 
- Mas é horroroso falar assim, ainda mais no telefone! E se eu fosse policial? 
- Bem, com certeza estaria metendo pé na minha porta agora, mas não vem ao caso! Por que tá me ligando a essa hora? 
- Porque... Porque... Porque... - silêncio novamente, estava se acostumando com essa dinâmica de conversa. - Você tá conseguindo fazer suas coisas? Não caiu no sono em... 
- Não, não, tá tranquilo agora... Aliás, obrigada pela dica do exercício. Dá um up quando vejo que... 
- E-eu vou desligar, você deveria estar dormindo e vou parar de ligar, então... 
- Então era você ligando?! 
- Por que falar sobre um cadáver no porta-malas?! 
- Você não me deu outra opção! Queria que eu falasse o quê?! Que terminei o serviço, só falta limpar a cena do crime? 
- Não fala essas coisas... 
- Que tenho que esperar o cimento secar? 
- Oi?! Cimento? 
- Cê nunca viu filme de mafioso não? Sapatos de cimento? 
- Isso é tão anos 30...
- Ooooooh mas era legal os esquemas, viu? Nem gastava muito e... 
- Vamos combinar uma coisa? 
- Depende, você vai parar de ligar no meio da noite pra saber se eu tou dormindo? 
- Tá, não foi a melhor ideia que tive esses dias... 
- 17 dias pra ser exato. 
- Aaaaaaaaaaw você contou os dias...? 
- Tá me zoando?! Você me acordou por 17 dias seguidos! Me acordou de um ótimo sono! 
- Então não ligo mais... Bom saber que você tá dormindo e permanecendo na cama. 
- Tou altamente confusa agora... 
- Com o quê?! 
- Primeiro você me liga pra me acordar pra saber se eu tou dormindo, me zoa por conta de eu ter contado os dias e agora... 
- Eu só sinto falta de ouvir sua voz, é isso. 
- Oh! 
- É... - O silêncio esmagador vai mastigando todas as arestas entre um arfar e outro. 
- Cê tava chorando quando me ligava? 
-... talvez? 
- Porque parecia outra coisa. 
- Como você é perver... 
- Olá?! Não sou eu ligando com número privado de madrugada pra... 
- Como tá suas notas? 
- Razoavelmente desesperadoras. Nada que eu não consiga dar um jeito... 
- Então, queria falar isso contigo... 
- Cê vai mesmo entrar nessa conversa a essa hora da manhã? 
- A gente tá acordada mesmo... 


Deixou seu corpo cair no colchão mole da cama improvisada e enterrar o rosto no travesseiro, grunhiu por conta da situação maluca em que se encontrava. 

- São quantas horas aí? 
- É cedo... 
- Tipo, cedo, cedo o quê? 
- Acabou de dar o sinal pro primeiro intervalo aqui... 
- Oh trem bão. Tá gostando daí? 
- É... Mais ou menos... 
- Mais pra mais ou menas pro menas hahahahahahaha 
- Muito engraçado, muito mesmo... 
- Vandalizar a gramática, é nóis... 
- Você acabou de me lembrar o porquê eu não estar mais contigo... 
- É por conta do meu fascinante modo de assassinar a língua materna? Adoro o perigo, mooooona... 

A troca de risadas deixou o clima menos árido, as gargalhadas faziam parte da rotina entre as duas, não mais.
- Então cê tá com saudades de mim. 
- Não, não estou. 
- Essa não é uma pergunta retórica, é constatação. 
- Terei que discordar de... 
- Sabe quantas horas são aqui? 3:27. Quem liga pra alguém a essa hora se não for pra dizer que tá com saudades? 
- Ou que matou alguém e não sabe onde esconder o cadáver...? 
- Na próxima invento algo assim bem mais macabro... 
- Vai ter próxima? 
- Se você quiser... Tem. - mordiscou o lábio inferior já machucado pela aflição das últimas provas. - Você quer? 
- Apenas não atenda mais o telefone dizendo que matou alguém, é horrível... 
- Eu lá tenho naipe de matar alguém? 
- Você quase me matou... 
- Tá, naquela vez foi acidental e eu não sabia que você tinha alergia a Dipirona! A culpa não foi minha... 
- Promete que vai estudar mais? 
- Tou fazendo o máximo que posso. Cê sabe como funciono...
- Tenta dormir mais cedo, coloca sachê de erva doce debaixo do travesseiro, ajuda... 
- Você segue os conselhos que dá? 
-... Não... 
- Viu? 
- Senão nem teria aceito essa bolsa pra cá e estaria aí contigo... 
- Okaaaaay, conversa indo para um lugar onde eu não sei ir... Podemos trocar de... 
- Só quero que você seja feliz, mais do que tudo... 
- Vou conseguir se você não me acordar toda madrugada ligando... 
- Você não ligava pra isso antes, quando estávamos... 
- É, é, situação diferente, tá? Cê gosta de mudar de... 

















essa é a minha vida de cdf since 1986

Apenas para dizer que eu AMO voltar a ter aulas, porque o ambiente universitário é coisa que me relaaaaaaaxa (irmã Selma feelings).

E agitar pompons para professoras que não só admiro como quero tudo de bom nessa vida é muito, muito bom. É a perspectiva de que posso ter diálogo com elas sem firulas que dá esperanças na vida bibliotequera. São esses os exemplos que a gente pode levar pro resto da carreira e criar lacinhos fofuxos de dominação mundial via bibliotecas.

No evento em que fui hoje sobre algo que me fez refletir sobre o que raios faço todos os dias desde 2013 e quero fazer o resto da vida, foi overload de pompons internos, tipo cheerleader mesmo gente, não vou negar.



Quando é pra dar apoio pra quem me inspira todo dia, pode apostar que farei de um jeito esquisito. Ou sei lá, sair no meio da palestra pra abraçar muito a pessoa que me ensinou sobre a importância de uma gestão focada no serumaninho do que em dinheiro. E que foi muito muito muito gentil comigo em tempos difíceis de superação de crises existenciais sobre o curso (já tive duas esses 4 anos, firme e forte nas estantes!).

Aí a minha mestre Jedi senta no fundão e já me enche de orgulho por ela estar ali compartilhando as ideias e que sim, vou poder sentar e conversar sobre trocentos planos para o futuro.

E a pessoinha mais sorridente e awesome que senta ao meu lado e que me dá aula desde começo do ano que não faz ideia do quanto me ajuda a fazer o que mais amo nesse mundo (Biblioteconomia) de um modo em que posso ter certeza que não tou fazendo bobagem, não tou errada por pensar fora da caixa, que querer fazer um mundo mais legalzinho não é ideia de jerico, por me dar uma força (mesmo não sabendo lalalalala) quando me vejo fora dessa universidade, atuando na profissão que escolhi pra mim.
(A única decisão própria acertada na vida, lembram?)

A cerejinha do bolo é receber um abraço de esmagar as juntas e um presentão incrível e do coração da molieeeeer virginiana mais interessante e idealista que conheci - obrigada ACB por isso - me vejo muito nela e também presto bem atenção no que ela faz pra ter uma base de como continuar nessa vida de escriba.

É muito pompom pra quem não consegue conter o fangaling quando precisa. É mazomeno assim:


Apesar de saber que não posso transparecer o quanto fico em um estado de euforia frenético quando vejo tanta gente awesome que me inspira tanto, escrevo essa postagem mesmo assim, porque sério? Desde a Letras aprendi a valorizar meus docentes decentes como eles merecem, só faço em silêncio pra não me chamarem de cdf.
(Tá, pode chamar de teacher's pet também... Nem ligo mais, há coisas na vida que a gente esquece de agradecer por essas pessoas pertencerem a um continuum espaço-tempo mesmo que o nosso e expressar gratidão da forma mais sincera possível vem sendo minha resolução desde que saí da primeira graduação.)

Obrigadão pessoas lindas, vocês sabem quem são. E prometo não causar muito distúrbio ao agitar os pompons!
(Onde será que vende um par desses hein?)

16 agosto 2017

Log de 616 8 009 836.12 no logoff do sistema

Tenho um arquivo em txt aqui no celular com os episódios de sono repentino que tenho desde 2014. O que me acompanha desde a adolescência, virou quase rotina de cuidados pra me manter longe de encrenca e de me machucar inconscientemente. Legal comparar os logs - e o trocadilho é lindo por isso, faço logs do meu logoff pro mundo - é que ocorrem em sua maioria de tarde ou começo da noite. Sempre quando a pilha está meeeeeesmo indo pro limbo cósmico. Situações de estresse ou emoções muito fortes provocam a mesma reação, e aí pra refinar melhor o log, comparo a listinha:

( ) deu cataplexia? (Caiu no sono do nada) 
( ) teve perda de tonus muscular (controle dos movimentos em membros ou do equilíbrio físico) 
( ) por acaso movimento involuntário motor pós-sono (continuar realizando uma tarefa motora mesmo dormindo, escrever, movendo a mão, balançando a cabeça) 
( ) os trem do movimento REM (isso alguém teria que acompanhar com a mexida dos olhos depois de alguns minutos de sono abrupto) 
( ) aconteceu sonolência diurna excessiva (aconteceu durante o dia, hora de vigília) 

O legal é que só não sei sobre o REM (O movimento ocular, a banda estadunidense sei bem!), porque o movimento involuntário acontece às vezes, o resto está presente em 90% das vezes em situações de extremo estresse ou emocional abalado. 

O que pode ser confundido com hipotireoidismo ou falta de vitaminas, até mesmo o diagnóstico brilhante de queridos professores desde a quarta série - preguiça e falta de uma louça pra lavar - talvez seja um problema de ordem neurológica que nem sei como começar a investigar direito sem ter rios de dinheiro. Só um exame de polissonografia custa em média uns 2 mil e os remédios que são necessários pra botar o cérebro a funfar são de tarjinha preta com propriedades bem interessantes. Sem contar a miríade de problemas sociais que acompanham o diagnóstico (trabalhar em certos locais e situações? Nopes. Não entendimento da sociedade sobre o assunto? Yep, vou ouvir muito que sou dorminhoque, preguiçose, mandrione, lalalalalalala). Atrapalha um bocado nas aulas, pode me fazer cometer erros em tarefas intelectuais como redigir textos. Maravilha.

Por enquanto, maneiras alternativas de me prevenir, mas é cansativo manter essa rotina de auto-disciplina extra-curricular. Ou pode ser o inferno astral chegando com tudo nesse menos de 15 dias pro meu aniversário. Tá uma maravilha com o começo de semana do pesadelo. Parece que vai haver reunião dos dois até setembro.

[conto com angie] tesouros

Título: tesouros (por BRMorgan)
Cenário: Projeto Feéricos.
Classificação: PG-13.
Tamanho: 3.070 palavras.
Status: Completa.
Disclaimer: Esse conto faz parte de algum rascunho perdido meu do Projeto Feéricos que vocês podem ver os pedaços sendo costurados aqui nesse post [x
Personagens: Angie, a Fúria, Quentin, Raine, Smithens, Nakitsumoto, a prodígio mais-nova.
Resumo:

Sentou no sofá, desconfortável por estar ali tão exposta. Bege e colcha de retalhos no chão, palco de brinquedos de madeira pintados a mão espalhados, um brinquedo de pelúcia branco encardido de muitos pelos (parecido com uma peruca esquisita que já vira em uma corte do Oeste) estava ali também. Fungou para disfarçar a timidez, a apreensão, a expectativa, tinha muita coisa ali para se registrar. Um breve toque em seu ombro, café quente. Forte, extra.

Olhou para a mão que segurava a caneca e viu uma pista. Lembrava de algo pintado na mão da mesma pessoa.

- Desculpa a demora, fogão está quebrado e fazer café esses dias tem sido um martírio... - disse a anfitriã com um sorriso largo e voz que reconheceria de longe desde sua infância conturbada no Posto 2.
- Obrigada assim mesmo... - já levando a xícara morna aos lábios. Realmente estava muito frio aqueles dias.
 - Abençoado seja o pó venenoso causador de gastrites... - respondeu a mais velha, tão antiga quanto qualquer um que já havia passado pelo seu caminho.
 - Pensei que vocês não tinham essas coisas. - o tom em sua voz deixou de ser sério para o curioso costumeiro. Ao deixar escapar a pergunta/afirmação, se arrependeu de ter dito. O olhar que ultrapassava carne, mente e ego foi para ela, mais um gole do café. Forte, muito. Por suas orelhas, muito!
 - É difícil dizer, vai ver que exagero na dose desde sempre e assim acho que está bom... - a mais velha deu de ombros, levantando bruscamente ao ouvir um apito do microondas. Particularmente não tinha receio dessa invenção dos Mais-Novos, microondas eram legais, sempre saía comida gostosa de dentro deles (Apesar de terem um gosto artificial e de pura máquina). Lembrou-se de bebericar o café forte (Muito!), ser educada, lembrar que seu estômago não vai girar só de estar ali. 

O brinquedo felpudo se mexeu, cutucou um bloco de madeira, voltou a ficar imóvel. 
Tudo isso em meros segundos. Olhando para a xícara de café morna em suas mãos geladas, perguntou-se "Okay, o que esse café tem a mais?!".

Passinhos atrás de si, um corpinho miúdo que se colocou em pé apoiado no braço da poltrona. A menininha nem estava com os olhos abertos direito, bocejando largamente (Um pouco da fisionomia da mãe, creio), um pedaço do curativo abaixo do queixo solto. A timidez inicial infantil ao ver que foi descoberta em seu esconderijo, ou talvez por ter sido pega bocejando (Uma fraqueza! Que fraqueza?).

Leite frio pra pequena.
 - Querida, onde você estava? - perguntou a mãe zelosa, a pequenina tomou cuidado com o copinho de leite em suas mãos quentes.
 - Passeando Momz... - A menininha bebericou o conteúdo também, trocou de olhares com a visitante, olhou para a xícara de café dela e assim que a mãe virou para pegar mais biscoitos para a mesa cheia de comida típica de um café da manhã de reis, colocou um pouco do leite de seu copinho no dela. Sorriu cansada para a visitante esquisita, sorriu como sorria anos antes.

Antes de tudo, antes de decidir como seria o futuro dali por diante. Um sorriso quebrado é devolvido, não conseguiria enganar uma criança nem aqui nem lá em Hibérnia. Não quando a criança era um espelho de si mesma em um outro nó do Destino.

15 agosto 2017

[eu não sei fazer poesia] soltas cobra-ideias

Menos mais um dia
Menos inspiração
Deuses não deram as musas o privilégio
De serem donas de seus próprios desejos
A mão inútil que não escreve
Não cria
Não-vida
Acorda nervosa, punho de ódio de noite
Sonâmbula, distraída de dia
Rabisca um verso ali e aqui, pragmatismo
Arrasta a caligrafia, determinismo
Garrancha alguma hipocrisia, mimetismo

Os deuses não deram asas as cobras por ser uma péssima ideia.
Já ideias soltas foram uma ótima solução.
Às vezes tocando em nossos rostos como veludo, para depois
Ah depois no rasgar pele-carne-osso com suas escamas porosas.
Asas felpudas não são garantia de bondade
Ideias soltas são como anjos disfarçados dos piores demônios que guardamos num dedo
De prosa ou outra
(Um dedo não)
Outra mão

A mão que não escreve
Que não produz
Que cheia de dedos cerra um punho
Serrar meu punho seria um alívio em horas como essa
De ideias soltas
De anjos felpudos
De demônios guardados

Cobras essas que cobram por mais vítimas
Em suportes de papel, barro ou telas lúcidas em plasma
Entupidas de veneno, a respingar, no alto de nossas cabeças,
Esperando as próximas vítimas
Infligindos pequenas mordidas
Lacerações de intensa agonia
Menos mais um dia
Um pulo, um bote, uma constrição

Deuses não deram aos homens a graça
Desprovidos de entender as musas
Roubaram o fogo e trouxeram a desgraça
A caixa com os males do mundo não é aberta por ninguém
Não há caixas, não há faixas, apenas cobras
De asas felpudas, ideias soltas de demônios guardados

A mordida parece leve no começo
Como anestesia aplicada direto na dor
Não se cria nada sem destruir o Outro
Não se consegue prosseguir no caminho sem tropeços
Tropeçamos
Tropegamos
Trepassamos

Os deuses não deram asas as cobras por ser uma péssima ideia.
Já ideias soltas, ah essas cobras-ideias, foram uma ótima solução.

14 agosto 2017

[Projeto Reverso] a última mensagem

Título: A última mensagem - parte 1/12. (por BRMorgado)
Cenário: Original - Projeto Reverso.
Classificação: 18 anos (violência, linguagem imprópria).
Tamanho: 841 palavras.
Status: Incompleta.
Resumo: A viajante acidental no tempo pensou que havia parado no presente, mas uma surpresa a aguarda na porta da geladeira.
N/A: Projeto novo na área, Reverso será uma compilação de 12 contos pequenos sobre uma mesma situação, ambientada em um mundo atemporal ao nosso com um grupo de pessoas tentando escapar de alguma catástrofe eminente, o básico de sempre, sabe? E viva os universos paralelos que os sonhos nos proporcionam! Sim, a ordem dos contos está toda embaralhada \o/

A ÚLTIMA MENSAGEM [1]MÁ REPUTAÇÃO [2] - SEM TÍTULO [3] - A GELADEIRA [4]
SEM TÍTULO [5] - SEM TÍTULO [6] - COMO ANDAR DE BICICLETA [7]
A CONTRABANDISTA [8] - SEM TÍTULO [9] - SEM TÍTULO [10]
SEM TÍTULO [11] - SEM TÍTULO [12]

Trilha sonora:



"Querida criaturinha que criei como se fosse da minha espécie, 

Quando você ler esse email será tarde demais. O armistício era uma grande mentira, o que nos prometeram jamais irá acontecer, não há lugar seguro para ninguém, nem mesmo para sua espécie tão cuidadosamente criada para sobreviver a qualquer situação de risco. 

Os cornudos estão mais do que certo em encher as nossas boas de drogas sintéticas, abrir nossos corpos, pesquisarem o quanto quiserem até desvendar todos nossos segredos. Acho que ainda não entenderam que somos os seres mais medíocres na cadeia alimentar, vermes e parasitas ganham da gente no requisito "servir para algo que preste". 

É por isso que estou aqui, nos meus últimos momentos lúcidos, antes da doença dos cornudos atingir meu cérebro de vez. Quero ter certeza que minha cria ficará longe de toda essa insanidade que se tornou as províncias. 

Entenda, cria, quando você nasceu, tão frágil dentro daquela jaula fedorenta, eu tive que perder um braço pra te tirar da selvageria dos seus. Sei o quanto te faltou alguém do teu tipo, do teu sangue para fazer companhia, tudo o que você teve a infância toda foi esse velho carrancudo aqui, com cheiro de repolho e roupa enxovalhada. Queria poder ter te dado mais, feito você conhecer mais dos seus, não feito você se misturar com os genuínos por medo deles te repudiarem. Alguém sempre irá, não duvide disso. 

Tudo que é meu deixo para ti, meus planos, minha parafernalia, meu trailer. Jogue os experimentos que fizemos fora, não quero que caiam em mãos má intencionadas. Esvazie as gaiolas de cobaias, incinerei parte dos meus papéis e livros. Há apenas esse cel-smart contendo essa mensagem e um espaço suficiente para você preencher com o que quiser. Há uma pasta que fiz para você, são nossas fotos, aquelas que tiramos nas feiras itinerantes nas fronteiras, recordações bobas você irá resmungar, mas uma coisa é certa: aquela foto no stand dos Patriotas foi e sempre a minha favorita. 

Você é especial, melhor que eles, a criaturinha mais perfeita que tive a audácia de manejar e criar conforme a lei da fraternidade. E não se preocupe, eles jamais saberão de você se assim quiser, és o meu trabalho magnífico de anos, te ensinei tudo que precisava para não confiar nesses putos. 

Já estou velho demais para ser piegas e pedir desculpas pelo que estou fazendo, mas não quero deixar a incumbência de sacrificar o bode infectado para mais uma memória ruim para sua cabeça. E sua mente é o seu maior trunfo nesse mundinho de merda que os antigos construíram. Você é mais do que eles, nunca duvide disso.

Lembre-se que para cada desejo do coração, nasce um ideal a se fermentar aos poucos, a cada ideal crescido, há a responsabilidade de ecoar sua vontade, e que sua vontade seja feita sem atrapalhar o Fluxo, os Nós e a Teia. Outros como você saberão de seu nome, seu poder, sua luta, és cria de minhas entranhas ciberespaciais, em teu corpo perfeito corre o óleo que bombeava meu coração, os seus olhos veem a luz e a escuridão, não há nada que o Sol e a Lua esconda de tua presença, os verdadeiros milagres acontecem quando o Equilíbrio é atingido. 

Não confie essa vida a ninguém, a não ser quem viu a face do Ceifador nas areias infinitas. Você nasceu no cativeiro, mas não teve dono algum. Você é livre como uma folha ao vento. Que a sua vontade seja feita e transforme esse mundo. 

Mantenha o senso de direção sempre aguçado, que prevaleça o orgulho de seus ancestrais, fique bem longe daqueles com a marca da rosa negra no ombro, quando for sua hora (e certamente ela chegará um dia) estarei aqui, no calço junto ao Barqueiro a te esperar de braços abertos para um novo início. 

Sinceramente, 

Adrian. 

Ps: lembra quando eu disse que a minha maior invenção estava escondida em um lugar onde eu nem conseguia mais saber? Pois então: a curiosidade matou o gato. Não seja esse maldito gato.

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O trailer estava deplorável com os restos de fluidos cerebrais, sangue e tufos de cabelo grisalhos. A parafernalia já havia sido saqueada horas atrás, os experimentos quebrados e espalhados junto com os dejetos do cadáver de seu dono. Antigo dono, quase pai, chato pra caralho, mas fazer o quê? 

Ali estava sua herança: uma bagunça dos infernos para limpar e tocar a vida pra frente. Não era assim? 

Passou pela porta do trailer e fazendo o reconhecimento do que poderia levar ou não, pegou tudo que era seu, enrolou firmemente na rede que usava de cama quando estava muito frio lá fora, deu pulos no assoalho de madeira e metal para não macular o túmulo do velho que a criara desde sempre, antes de sair daquele veículo maldito viu de relance uma alavanca que nunca estivera ali, perto da pia da cozinha. 

Sem pensar duas vezes, puxou a alavanca com toda força até ela ficar rente a parede. 
Viajar no tempo era como andar de bicicleta.

12 agosto 2017

Sonhos estranhos com detalhes: tenho uma alma faltando

O mito mais awesoooooome na minha opinião é o de Psique e Eros. Não, não é pela história "romântica" (o level de fofurice se dá entre inveja divina, tortura psicológica familiar, ameaça matrimonial e o que mais? Oh sim! O moleque estrábico enganou ela o tempo todo?!), mas por toda a noção simbólica ali desenvolvida. Algo estupendo que os gregos faziam ao interpretar seus mitos como possíveis racionalizações de seus atos - e tudo que poderia ser construído a partir de uma narrativa literária simples de uma mocinha que atraiu a atenção da deusa que não irei nomear aqui por sua beleza, mandou o filho moleque estrábico e sem noção pra dar uma lição nela e acabou se ferrando, porque o babaquinha se feriu na própria flecha que ia atingir a mocinha. 

Psiquê revivida por beijo de Cupido por Canova (ano de 1.793)
Escultura em mármore, Museu do Louvre, França.

É fucking complicado! 
Deuses gregos são mais estúpidos que nós no requisito de causar fu**** federal. Sério. 
Galera do panteão celta, viking e sumerio se reuniriam pra dar #EpicFacepalm com os absurdos. 

Para os gregos Psiquê, em sua etimologia quer dizer "Sopro de vida", o equivalente de alma, na qual toda a criação racional do ser humano surge e afeta o exterior. Eles não tinham ainda o conceito de espírito como temos (obrigadão seus pulhas, por separarem entre espírito e alma e confundir a cabeça do povo!), mas concordavam que a alma é imortal. É ela que fica quando o corpo morre e é ela que se encaminha pro Hades pra além vida. 

Mas voltando a personagem e ao mito, Psiquê se tornou minha chuchuzinha, pois é de longe uma das poucas pessoas a causarem tanto estrago no Olimpo sem fazer absolutamente nada. Tipo Helena de Troia, que poucas vezes é citada na Ilíada, pessoas, então não achem que a briga de 10 anos foi pra reaver a filha de Zeus (era pra concretizar 2 destinos inevitáveis: vai ler Oresteia que tem lá, mmmmkay?).

Debaixo do link, o tal sonho estranho e com detalhe...

O bleep da semana













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