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16 agosto 2017

Log de 616 8 009 836.12 no logoff do sistema

Tenho um arquivo em txt aqui no celular com os episódios de sono repentino que tenho desde 2014. O que me acompanha desde a adolescência, virou quase rotina de cuidados pra me manter longe de encrenca e de me machucar inconscientemente. Legal comparar os logs - e o trocadilho é lindo por isso, faço logs do meu logoff pro mundo - é que ocorrem em sua maioria de tarde ou começo da noite. Sempre quando a pilha está meeeeeesmo indo pro limbo cósmico. Situações de estresse ou emoções muito fortes provocam a mesma reação, e aí pra refinar melhor o log, comparo a listinha:

( ) deu cataplexia? (Caiu no sono do nada) 
( ) teve perda de tonus muscular (controle dos movimentos em membros ou do equilíbrio físico) 
( ) por acaso movimento involuntário motor pós-sono (continuar realizando uma tarefa motora mesmo dormindo, escrever, movendo a mão, balançando a cabeça) 
( ) os trem do movimento REM (isso alguém teria que acompanhar com a mexida dos olhos depois de alguns minutos de sono abrupto) 
( ) aconteceu sonolência diurna excessiva (aconteceu durante o dia, hora de vigília) 

O legal é que só não sei sobre o REM (O movimento ocular, a banda estadunidense sei bem!), porque o movimento involuntário acontece às vezes, o resto está presente em 90% das vezes em situações de extremo estresse ou emocional abalado. 

O que pode ser confundido com hipotireoidismo ou falta de vitaminas, até mesmo o diagnóstico brilhante de queridos professores desde a quarta série - preguiça e falta de uma louça pra lavar - talvez seja um problema de ordem neurológica que nem sei como começar a investigar direito sem ter rios de dinheiro. Só um exame de polissonografia custa em média uns 2 mil e os remédios que são necessários pra botar o cérebro a funfar são de tarjinha preta com propriedades bem interessantes. Sem contar a miríade de problemas sociais que acompanham o diagnóstico (trabalhar em certos locais e situações? Nopes. Não entendimento da sociedade sobre o assunto? Yep, vou ouvir muito que sou dorminhoque, preguiçose, mandrione, lalalalalalala). Atrapalha um bocado nas aulas, pode me fazer cometer erros em tarefas intelectuais como redigir textos. Maravilha.

Por enquanto, maneiras alternativas de me prevenir, mas é cansativo manter essa rotina de auto-disciplina extra-curricular. Ou pode ser o inferno astral chegando com tudo nesse menos de 15 dias pro meu aniversário. Tá uma maravilha com o começo de semana do pesadelo. Parece que vai haver reunião dos dois até setembro.

28 abril 2015

perda de tônus muscular, eu tenho

Eu vejo e rio, aí lembro de mim mesma. Oh crabs!
Cataplexia, estado estranho em que seu  corpo para de obedecer sua mente e simplesmente se deixa amolecer após emoção muito forte.

Cerca de 70% das pessoas qu sofrem de narcolepsia (Ou tem desconfianças sobre isso) tem esse sintoma logo de cara. Uma pena, porque o suco de morango que eu tava tomando era gostoso, já o chão deve ter gostado do que caiu.

Derrubar a caneca foi o estopim para algumas formulações sobre o que possivelmente me acomete às vezes. Se é narcolepsia, então é melhor consolidar isso como volta de uma prioridade chata a se cuidar.

Venho observando essa semana que os episódios de perda de tônus andam se repetindo de forma inesperada, sendo carregando coisas, sendo após tirar o peso da mochila das costas, ou saindo do banho. Das vezes em que aconteceu foram brandas, algo como o falhar do braço, cabecear de sono, os joelhos dobrarem (Ooooooooh tá explicado eu não conseguir ficar de pé quando estou excitada!) e poucas vezes a perda total e cair ao chão.

Isso de cair totalmente era quando eu era adolescente e tava uma pilha ferrada de nervos e tinha que fingir que estava tudo bem pra não preocupar ninguém.

O ruim disso - além da vergonha chata de deixar cair a caneca com suco bão - é a leseira que acomete um tempo depois. Como se já não estivesse cansada o dia inteiro (WTF is that? Nem estressada eu tou!), ainda passo por esse aperto nos momentos mais aleatórios.

Foi-se o tempo em que acreditei que era falta de fluxo energético (Não,não é, a minha mente tá tão ativa nessas horas que quando há a falha de músculos, fico mais overdrive ainda) e ando me cuidando pra não adormecer o tempo todo em lugares públicos. Acabei dormindo na aula, né? E recebi um olhar nada lindo da professora. Olha a espiral virando pro meu lado, geeeeeente!

Em breve, mais capitulos sobre episódios chatonildos de desconfiança hipocondríaca que sou narcoléptica.

02 abril 2015

sonolência vortou é?

Morpheus and Iris
Morpheus and Iris (Photo credit: Wikipedia)
Então eu tenho esse pequeno probleminha com o sono...

O deus do Sono grego, Morfeu, parece ser meu patrão vitalício na dupla jornada que enfrento todos os dias. Porque estagiar de dia e ter que fazer isso à noite também me deixa num estado meio perturbado de consciência vigilante.

E quando digo estagiar, quer dizer: eu caio no sono sem querer cair no sono.

Quando são situações que puxam outras situações que já me aconteceram, costumo ficar ansiosa. Ficar ansiosa me leva a agitação, a agitação a euforia contida por alguns minutos para então culminar nessa exaustão temporal de querer amolecer todos os músculos funcionais de sustentação de meu corpo e dormirtar onde estiver.

Graças a Eru Ilúvatar não tenho catalepsia, seria algo extremamente embaraçoso, não sei como reagiria sobre isso e sinceramente, minha autoestima já fragilizada tende a piorar quando tenho episódios de dormência como o de hoje.

Essa semana já passei por uma alarmante com a Entesposa após uma tarde conversando sobre a vida, o Universo e tudo mais, uma situação chata e estressante no final, para então eu sem perceber pender para frente na mesa do restaurante e quase bater minha cabeça na superfície por ser pega pelo sono. De surpresa. Imediatamente.

Vim remoendo esse fato, até esses dias decidir enfrentar os fantasmas que fossem do jeito que eu podia fazer de melhor: encarar uma situação parecida.

Fui a um estúdio de tatuagem.

28 dezembro 2014

hoje vai ter maniçoba

Diário da Mochileira Narcoléptica, status para quebrar a realização deliciosa de não estar caindo no sono por motivo algum desde 08/12: Acordar com a cara na escrivaninha do computador sem saber quando foi que adormeci.

Porque não há nada nesse mundo que me deixe mais desapontada comigo mesmo por não resistir ao sono ¬¬''
Aí arrastei minha carcaça élfica pra cama, desabei num sono perpétuo e acordei no pulo ao ouvir alguém me chamando em sonho. Não vi quem era, mas hey, obrigada!

Para alegrar a noite que virá - e vai ser longa pra baraleo devido as traduções - o jeito é levantar o peito, sacudir o kalikalón, pedir pro DJ "Music please?" e se jogar na pista... Claro, tudo em seu limite imaginário de rave acontecendo dentro da minha cabeça.

Nota para posteridade: puta que pariu. Conversar melhor essas horas extras do nada com patrão.



26 novembro 2014

Ou tem os três ou só um

Escolhe entre os três :
1 - vida amorosa/emocional saudável
2 - estágio/estudos estáveis
3 - estabilidade psicológica

Só pode escolher UMA opção, vamos lá!

Parece aquele triângulo de bom,  barato e rápido, só que elevado a uma nova forma de pagamento.

Tou adorando.
E caindo de sono desde de manhã com cochilos esparsos a cada 10 minutos. Plena quarta-feira ainda e parece que já tenho que cumprir hora extra no Sonhar pra compensar alguma coisa.

Aff.

22 outubro 2014

[Video] What Narcolepsy Really Looks Like- Studying por Sarah Elizabeth



Sarah Elizabeth é uma jovem que estuda japonês em algum canto dos EUA e sofre de Narcolepsia. É o máximo que consegui pesquisar sobre ela, pois a garota não deixa muito claro em seu profile de onde vem, quantos anos e tudo mais, mas ela explica detalhadamente como é sua vida de estudante mesmo com a vida no estágio vitalício com Morfeu.
(Não, não é mais brincadeira.)


Esbarrei com esse primeiro vídeo na timeline do Twitter do the Daily Dot e fiquei chocada, surpreendida - OMFTaters yep, é isso mesmo que acontece! - ao ver Sarah tendo um um ataque narcoléptico no meio da gravação de um video tutorial sobre dança japonesa. O caso dela é mais grave, com aparecimento de catalepsia no menu principal, enquanto outros sintomas mais brandos - microssono, confusão, sensação de não estar mais no corpo, perda de foco e concentração por várias vezes - me são familiares sim.

A maioria das coisas que acontecem ali, menos a catalepsia que não me atinge totalmente, estão na minha lista de sintomas. Nesse segundo vídeo ali em cima foi o retrato fiel de eu estudando cerca de 10 anos atrás. Quando eu ainda usava papel e caneta para escrever dissertações de mais de 4 páginas, fazia rascunhos de fanfiction em blocos de papel, o episódio sempre ocorria.

O bom, ninguém via.
O ruim, ninguém soube, só eu.

Quando isso começou na faculdade - e muitos colegas de turma viram com era, mas deixavam eu dormir até babar - percebi que a característica de escrever coisas sem sentido no caderno, ou garranchos sem sentido algum nas matérias estava presente quase todo dia. Com o advento da tecnologia e minha cisma em largar o lápis/caneta para adotar literalmente o teclado como suporte para escrita ortográfica, amenizou, mas volta e meia há testemunhas de chats confusos em que estou no início do dormir profundamente para continuar digitando palavras sem muito nexo.

Nem vou falar o quanto isso me aborrece.
O que as pessoas poderiam (e algumas até se expressaram abertamente) falar que era "preguiça minha" agora pode ser um tipo de pesadelo pessoal acontecendo em tempo real.

Tá foda aceitar isso, muito mesmo.
Meu último fio de cabelo tá acreditando piamente que é só anemia ou algo parecido, que vai ser curadinho com receita mágica, mas depois desses vídeos e umas leituras aprofundadas na Narcolepsy Network a brincadeira com o estágio vitalício com Morfeu tá se tornando sem graça, MUITO sem graça.

A condição não tem cura, é tarja preta controlada rigorosamente na dieta e fazer revoluçao pessoal em todos os hábitos. Pra quem já tá penando pra subir do poço (Com a Samara agarrada nas pernas), fim de namoro e previsões nada bonitas para financeiro, é chutar o cachorro velho já caído.

Queri poder estar um pouco mais forte e com convicções mais acertadas agora, mas não...
*suspirovisky*

18 outubro 2014

Era uma vez Simpósio

Dormi bem, dormi sem interrupções felinas, sem buzanfa na minha cara,arranhões no meio da noite, sem pesadelos, sem sonhos, sem nada.

Apenas dormi bem a noite.

Acordo preparada pro bendito Simpósio, dois momentos com pessoas que admiro muito na Biblioteconomia. Café tomado, bem alimentada, lanchinho na mochila tudo daria certo.

Só que não.

Já percebi que ia dar m**** dentro do ônibus, desabei nos degraus do 233 onde estava sentada num sono ferrado, cerca de 25 minutos com a famosa briga das pestanas sobre ceder ao estágio com Morfeu ou não. Perdi maior parte das duas palestras que queria ver, fui obrigada ficar no fundo do auditório pra não ser vista cochilando.

Ótimo simplesmente ótimo.

Já me deram diversas opiniões sobre o que está havendo, já ouvi muita besteira também. Não tou cansada fisicamente, estava atenta às falas, mesmo assim: durmo. Volta pra casa frustrada, com raiva, querendo bater minha cabeça em algum lugar pontiagudo pra variar.

Não acredito que perdi a tia Garcez falando sobre biblioteca escolar

>_______<

26 abril 2013

Talvez seja, talvez não: mas há sono

Foi essa a impressão que tive na segunda semana visitando os inimigos da Cientologiain Xenu, we praise.  Como a barra tava pesada pra baraleo para se aguentar no estilo loner cowboy, o acordo feito entre as partes foi de investigar WTF happens que eu durmo tanto.

É um passo e tanto na minha vidinha, já que duas coisas que eu abominava em querer me centrar estão fazendo parte da minha rotina como as únicas coisas que posso recorrer quando há coisa demais buzinando dentro da minha cachola. E essas semanas está demais o barulho aqui dentro.

A primeira coisa que sempre mantive bem longe após os 18 anos foi a Instituição Religiosa, qualquer uma delas, até a mais simples e libertária possível (Budismo), a mais rígida e autoritária (Mórmon) que já frequentei. Apesar das minhas experiências com a religião terem sido estritamente observadoras (desconfiança, desconfiança, desconfiaaaaaança), creio que finalmente achei um nicho que posso praticar a minha observação e os cultivar valores ancestrais. Tudo bem que wicca seria algo interessante de se explorar, mas buscar refúgio na cultura afrodescendente me pareceu o mais sensato.

A segunda coisa são os domadores sociais - a.k.a. Psicólogos, sim, faço parte dessa categoria por ter me formado em Letras e professores são domadores sociais com mais sucesso nas massas que a galera da Psicologia - que me recusei a pensar que seriam ou surtiriam algum efeito na maluquice alojada aqui dentro faz um bom tempo. I mean, conversar é bom, olhar nos olhos das pessoas também é ótimo, mas na maior parte do tempo é perda de tempo (Ou no meu caso demora séculos para encontrar finalmente alguém que eu me sinta à vontade de falar qualquer coisa sem parecer idiota.). E quando você não tem muitas condições sociais de se manter uma amizade intacta, a equação vai complicando conforme fazemos as contas.

Algo tá errado, algo se manifestou, algo precisa ser feito. O mundo é bem preto e branco para mim. Sem partes em cinzento, nothnxplz?

O sono é um dos sintomas - não comecei a escrever o guia da mochileira narcoléptica por acaso - e assim como se manifestou no ano passado, ele voltou com uma forcinha extra de pensamentos vazios, coisinhas nada saudáveis e completo torpor durante a manhã. Foda. Mas a gente aguenta.

Na recapitulação dos períodos de sono que me envolve, vejo o quanto Morfeu é sádico e rancoroso. Parece que ele tem um gosto especial em me fazer dormir na frente de gente que supostamente nem deveria saber que existo - a.k.a. pessoas que assinam o meu contra-cheque - e fazer com que todo meu ideal de pessoa responsável, quieta e sem titubear nas tarefas vá para o ralo. E se você já está no poço, brincando de caminha de gato com a Samara, chegar a esse ponto é pedir pra abraçar (A Samy sempre foi carinhosa, menos com os cavalos, ela odeia cavalos que não a deixam dormir.).

Se o deus do Sono tá de campanha contra essa ex-estagiária, então que seja. Meu poder maior vem de ser cética na maior parte do tempo, então se o efeito morfético vir, nada que uma decisão paliativa não o faço reconsiderar o contrato que já foi anulado desde então. Psicólogos e religião fazem parte disso.

Então antes que eu diga a frase em voz alta - nunca irei pra terapia ou para culto religioso - volto ao meu mote principal de vida élfica:


Post patrocinado pela minha força de vontade absurda em querer me manter acordada, lúcida e sã.

21 março 2013

Experiências próprias com o Sono


[Disclaimer: assim como a Wikipédia, aqui não é uma Farmácia ou Consultório Médico. Estou relatando minhas experiências com o que ainda não tenho conclusão científica e estou procurando ajuda médica para tratar disso. Nada que digo aqui deve ser repetido como tratamento por quem se identifica com os sintomas e situações. Meu melhor conselho é: Procura um bendito de um médico e veja o que raios tá acontecendo com teu corpo.]

Nas minhas andanças pelo Sonhar, cheguei a conclusão que o sono tem sido meu companheiro mais íntimo desde a adolescência. A maior parte da minha vida foi dormindo, ou tentando escapar do sono, o que eu achava que era tédio por conta de falta de humildade de minha pessoa quando tinha 16 anos, se transformou em um tipo de monstro oculto que eu guardava debaixo da cama (esconderijo perfeito) para não mostrar o problema. Não participar de muitos eventos sociais com os amigos de colégio também, evitar sair à noite ou dormir na casa de outras pessoas também era um mecanismo de proteção. Esse é o meu estágio permanente com o Sr. Morfeu.

Post TL;DR. Se quiser ler, aguente discurso direto de impressões sobre o que pode estar ocorrendo aqui.

14 março 2013

Esse trem da Narcolepsia: O que é afinal?


[Disclaimer: assim como a Wikipédia, aqui não é uma Farmácia ou Consultório Médico. Estou relatando minhas experiências com o que ainda não tenho conclusão científica e estou procurando ajuda médica para tratar disso. Nada que digo aqui deve ser repetido como tratamento por quem se identifica com os sintomas e situações. Meu melhor conselho é: Procura um bendito de um médico e veja o que raios tá acontecendo com teu corpo.]

Vou postar algumas considerações por aqui de estudos já feitos sobre a Narcolepsia - li pelas interwebs e em algumas revistas especializadas, perguntei para alguns médicos também, apesar deles não saberem nem o que se tratava - e relacionar com o que tenho vivido por esse tempo. Uma introduçãozinha básica do que pode ser o estágio hardcore de distúrbios de sono.

Guia da Mochileira Narcoléptica - introdução

Essa será uma nova sessão aqui para o Blog, com alguns relatos sobre minha experiência sobre essa talvez incômoda jornada onírica que ex-patrão Morfeu anda me mantendo (E olha que terminei o estágio uns meses atrás e ele continua me perseguindo...).

O Guia da Mochileira Narcoléptica (Sim, referência nérdica, viu?) foi inspirado em anos de sobrevivência nesse mundo Real. Yep, no kidding, é difícil viver aqui quando às vezes teu corpo te manda desligar tudo e cair no sono sem previsão alguma. Não é de sacanagem, isso acontece comigo desde há muito tempo - ao que me lembro depois dos 12 anos, assim que entrei na puberdade - e tem aparecido de tempos em tempos para me atazanar.

Espero que com essa sessão eu consiga montar algo favorável para a jornada de exames e idas ao Instituto de Sono que pretendo fazer para descobrir duma vez por todas por que raios eu tenho mais sono que a maioria dos mortais que conheço.