[post patrocinado por episódio estranho de sonho lúcido, gripélfica até as tampas e eventual silêncio reinando no mundinho azulado que tento manter intacto]
Lembro de um dia formalizar a metodologia de conhecimento para provar empiricamente que estou apaixonada a tal grau que seria impossível tomar algum tipo de atitude imatura.
Verificando os níveis de Amor e Ódio em um mesmo ponto.
Se a linha tênue delimitadora marca um começo de Amor, paixão, luxúria, prazer, ternura, carinho, altruísmo, empolgação - há também ali, entre 3mm da mesma linha uma demarcação para o ódio, ou a ira, a hybris, a cegueira da Razão, a universal torturadora de nossos desejos mais íntimos. Se você ama uma pessoa ao ponto de odiar isso ou odiar uma pessoa ao ponto de amá-la é que vai chegar a conclusão que tento sabiamente me acalmar durante esses dias de falta de bom senso.
Estão tão juntos que é bem fácil pular de uma para outra, quase como uma faceta da mesma moeda a girar.
Então, hoje, digitando meus medos pra fora em um gesto mecânico de meus pulmões, a conclusão vem, gaguejante, inocente, sentando-se em meu colo, saboreando cada palavra defensiva, borbulhando o caldo de suas frases, chorando e rindo ao mesmo tempo, como se nada importasse além desse sentimento de pássaro enjaulado, mas a gaiola sempre esteve aberta.
Amor e Ódio são praticamente gêmeos, nascidos de quase mesma intenção, mas desviados um do outro por situações. Encontrar o equilíbrio entre eles é um bocado dificil, mas experimentá-los de forma abrupta pode ser um passaporte para a perdição.
Às vezes é preciso colocar essas coisas em ordem antes de se adiantar em qualquer movimento.
E damn! Nunca a letra e clima de uma música fez tanto sentido!
Não, esse post não vai falar de coisas pervas e nem NC-17 ou R+18, okay. O trem é sério, o trem é real, o trem está em qualquer camada social até mesmo da sua casa. Pelo menos na minha está e é foda admitir que esse tipo de hierarquia social/emocional/semântica/parental possa estar afetando tanto as nossas vidas novamente.
Debaixo do link TL;DR;, mimimi de coisa séria: Dominação & Submissão. Enquanto faço uma autoavaliação da situação em que a vida chegou dentro da minha família, pode servir de ajuda para alguém que esteja passando o mesmo perrengue.
Momento confissão de graduando em Letras modo on:
(Especialmente para a Cleonice Machado ler e verificar se ocorreu mesmo na mesma esfera de Realidade dela)
Quando eu fazia Disciplina Isolada na UFMG - há uns 3 anos atrás, quando era empolgada, quando achava que estudar de tarde seria ideal, quando as obrigações sociais de se ganhar dinheiro e se sustentar não pendiam sobre meu cocoruto - e morava lá na Roça Vilarejo Brejeiro de Betim, eu precisava sair algumas horinhas antes para enfrentar trânsito e alcançar o Antro Vil e Maléfico de Cthulhu (Um dos) uma vez por semana para fazer essa Disciplina intitulada: "Seminários de Teorias Narrativas – Narrativas e espacialidades."