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08 outubro 2020

minha novela angst da DC tá acabando

Supergirl anunciou que acabará ano que vem, na 6ª temporada.
O que era esperado pelo fandom por conta de alguns desajustes e encaixes dentro do Arrowverse (Teve reboot sabe?), mas também por sabermos que é bem difícil ter seriados protagonizados por mulheres durarem tanto tempo nas tvs estadunidenses. E se esses seriados mexem com estruturas patriarcais que essas emissoras yankees estão ancoradas, menor tempo vai ficar no ar.

Supergirl deu sorte por continuar após a 3ª temporada e muito por conta do elenco que se empenhou em manter o espírito do Arrowverse e da DC com expectativas bacanas para a gente aqui vendo. Eu, a pessoinha muito crítica em seriados que me engajo fandômicamente, achei que deveria ter finalizado ali com a saga de Reign e Worldkillers, maaaaaaaaaaaaaas que bom que continuou para a 4ª temporada e a chegada de Nia Nal, a Dreamer (interpretada incrivelmente pela atriz e ativista trans Nicole Maines), sendo a 1ª mulher trans a vestir a capa de uma super-heroína em rede televisiva.

Entendam algo: eu odeio superheróis de quadrinhos (Seja na Marvel ou na DC), eles são sem graça, são muitas vezes projeções bizarras e estereotipadas de como seus criadores vêem o mundo e aqueles que ficam mais conhecidos são justamente aqueles que o machismo e o modo de vida americano tá gritante. Nunca simpatizei com o morcego que precisa de terapia urgente ou com o alien com complexo de messias da DC, mas aquele alien verdinho com suspeitas de ser asperger por não sacar as conversas terráqueas e com nome de alvejante me cativou quando comecei a me interessar pela Liga da Justiça em quadrinhos lá nos anos 90.

Ajax, ou o Marciano Verde como ficou conhecido aqui, me chamou atenção por não ser como esses heróis bestas e metidos a salvadores de mundo. Era um personagem deslocado e visivelmente curioso com essa Humanidade estranha que só faz besteira. Ver que Jonn Jonnz faria parte de Supergirl me deu um impulso de ver também esse personagem que gostava tanto lá nos meus 9/10 anos.

Lex Luthor continua sendo meu vilão favorito por inúmeras razões. Seja no modo angst com complexo de Édipo em Smallville (Sim, eu cresci vendo as aventuras do Superboy em Pequenópolis pela SBT todo domingo hahahahaha), seja no modo maquiavélico em Lois e Clarke (Bons tempos de seriado leve/cômico/aventura), no xenófobo sociopata dos filmes velhacos lá dos anos 70, seja na atuação fodástica que colocaram em Supergirl como um sociopata megalomaníaco com uma leve tendência a querer ser o "herói" do universo, mas no jeito que ele acha que heroísmo é feito. Lex Luthor para mim é a personificação do capitalismo e como odeio esse sistema econômico, vê-lo encarnado parece como um momento de refletir o que raios esse vilão causa na vida das pessoas em nome do "Estado, propriedade privada e família."

E Supergirl acertou assim lá nos feels ao colocar Lena Luthor.
Dar poder e protagonismo para essa personagem quase esquecida e varrida dos quadrinhos foi primordial para que a base de fãs manter as esperanças que esse enredo continuaria bem e respirando. Katie McGrath salvou muito o roteiro ali e a atuação dela como Lena foi mais importante que muitos outros personagens consagrados no universo dos filhos de Krypton.
Mas eu lembro bem do porquê fui assistir Supergirl.

Foi porque eu precisava de um distraimento para o fundo de poço que eu estava me metendo por conta de um relacionamento abusivo e desgastante que estava enfiada. Eu precisava de forças para levantar todos os dias, acordar sem sentir medo e frustração e sensação de fracasso, eu precisava fazer meus afazeres para me manter lúcida o suficiente para alimentar os gatos, ir para o estágio, conseguir acompanhar as aulas, ter energia suficiente para comer algo, voltar para casa e pedir para meu cérebro calar a boca e não ficar pensando em coisas ruins.

Entrei pelo distraimento, fiquei pelo impacto emocional que tive na esplêndida 1ª temporada, com roteiro perfeitinho e toda a jornada de heroína clássica que Kara Danvers deveria seguir para sair da sombra do primo que usa cueca em cima da calça. Eu sou besta por jornadas de heróis quando bem construídas e ter esse seriado me mostrando uma jornada diferente e bem... de uma história de dar a volta por cima. Essa foi a 1ª temporada para mim.







Lembro-me de quando vi esta cena pela primeira vez, estava prendendo a respiração. Não por causa de toda a situação acontecendo (Kara mostrando seus poderes para o mundo pela 1ª vez enquanto adulta, salvando a irmã mais velha incrível), mas como meu coração se sentiu quando Kara saiu da água. Eu estava prendendo a respiração, de verdade.

Foi quando percebi que esse programa poderia ser diferente de outros sobre os super-heróis que assisti. Eu estava prendendo a respiração porque por um segundo me senti tão conectado com a narrativa que não pude acreditar que estava sinceramente começando a gostar de alguém que usava capa e "lutava pela Justiça" e bla-bla-bla.

Eu lembro de suspirar de alívio porque aquela conexão que eu senti vendo um seriado/filme/game era mais do que apenas essa garota salvando o mundo com uniforme azul e capa vermelha. Percebi que o show seria sobre essa garota em particular, que saiu da água e por um momento admirou toda sua experiência de vida e o conhecimento de seus poderes ao se levantar na asa do avião que evitou de cair. Ela sabia que faria algumas coisas boas para este planeta. Ela simplesmente sabia.

E isso foi um alívio físico pra mim.
Há muito tempo eu não conseguia respirar também. Não conseguia sair da água, de levar um avião nas costas dentro da minha consciência. Se Kara Danvers conseguia, acho que por um momentinho eu conseguiria também.

Estou feliz que a primeira temporada trouxe esse tipo de preocupação sobre como Kara se sentia sobre tudo o que aconteceu em sua vida em Krypton - não podemos esquecer que ela viu a destruição de seu planeta com 12 anos de idade, foi responsabilizada para cuidar do seu primo recém-nascido, tudo deu errado e ela caiu aqui na Terra 20 anos depois sem entender absolutamente nada (E não teve amparo do superbabaca, sabe? Ele não quis ficar com ela!) - e sua vida como "humana disfarçada". Vendo o desenvolvimento da personagem e como ela luta com essa dupla-vida, sua vida profissional, sua vida amorosa, sua família, tudo me traz a sensação de que de alguma forma eu poderia ser como Kara Zor-El, a forasteira.

Esta cena do avião me faz perceber que de alguma forma eu poderia ser um pouco como a Kara, uma sobrevivente, me escondendo nas sombras dos outros, tentando me misturar, me encaixar, me disciplinar e agradar a todos que conhecia e esquecendo completamente quem eu era, porque... Bem... eu era eu.

A primeira temporada de Supergirl me fez refletir sobre a ficção, mas também sobre a minha realidade: somos todos estranhos em algum ponto de nossas vidas, estamos sozinhos às vezes, como se nosso próprio mundo tivesse literalmente desaparecido do universo. Não se trata de uma garota salvando o dia, é uma refugiada sobrevivendo a cada dia em um lugar que ela sabe que sempre vai olhar para ela como diferente. Super ou não. Desajeitada ou não. Supergirl ou Kara Danvers. A garota que sobreviveu à destruição de Krypton, a última da Casa de El, ela mesma, seja lá quem ela seja.

É por isso que amo esse show, os pequenos vislumbres de esperança, compaixão e apoio para todos que assistem e se sentem um pouco estranhos nesse mundão afora às vezes. Nós pertencemos a algum lugar, podemos em algum dia chamar de casa, podemos ser livres para fazer o que quisermos, sem medo de nada nem de ninguém. 

Eu posso ser eu, eu mesmo e eu.
Mesmo que tenha que segurar um avião nas costas e sair de novo da água e encarar o mundo.

Só me recuso a usar saia ou cueca em cima da calça. E capa de jeito nenhum!!
Realmente temos que reformular como esses uniformes de super-heróis são construídos.

21 junho 2019

o que aconteceu meodeozis?!

Há cerca de 2 meses não escrevo nada aqui.
Caraca, o que aconteceu?

Bem...
Várias e várias coisas.
O que não me deu vontade alguma de sentar e escrever sobre.

Esse gif foi patrocinado pelo filme mais legal da Marvel
Debaixo do link aquele rambling necessário...

26 janeiro 2017

supercorp trash

Apenas deixando esse registro.
(Porque eu sei que vou voltar daqui alguns anos e desconfiar de onde veio o padrão...)

SuperCorp trash, presente aqui!





28 fevereiro 2015

o fandom do tampão - quotes

[post patrocinado por muito fangirling por useless lesbian vampires]

Ontem em discussão intensa no fandom Creampuffs - Carmilla the series - concluiu-se que o codinome secreto para reconhecermos uns aos outros sem os outros acharem que estamos pedindo um docinho de padaria é por "tampon fandom" hahahahahahahahahaha.

O mais estranho é que percorrendo o Tumblr, tem outros fandons nos chamando assim xDDD

Carmilla the series foi produzido pela Smokebomb Entertainment, mas é patrocinado oficialmente pela marca de absorventes e tampões U by Kotex - empresa canadense da Kimberly-Clark (Fazendo uma pesquisa básica pra saber se chegou no Brasil e só o Kleenex e a Huggies que tão por aqui). Logo as piadinhas infames sobre isso proliferam, mas graças ao poder do Lolz no fandom, ninguém leva muito a sério quando implicam.

Até porque a série é awesome, a gente consegue ser gente boa e quase não rola wank - nunca mencione o quadrinhos da Maryne. Jamais mencione isso.

Aí fui rever alguns highlights da série no canal oficial: VerveGirlTV - Carmilla the series - e matei a saudades para março (ou maio, ninguém informa a data direito!) e a segunda temporada.
*dedos cruzados*


http://luiza2theletter.tumblr.com/post/112139867125/carmilla-quotes-x

20 janeiro 2015

[dica de site] Fanfiction: 50 flavors of creampuff por DaniSnape

As férias estão lentas demais para quem se assumiu workaholic ao encontrar a carreira ideal na vida, logo passo parte de meu tempo pesquisando, pesquisando e fuçando as interwebs para prover algo nesse hiatus entre as séries que gosto - na verdade só 1 porque o resto acabou, foi cancelada ou tá indefinida pra voltar.

Então eu leio fanfics.

A descoberta linda do fandom de Creampuffs - fãs da webserie Carmilla da VerveGirlTV - foi a incrível gama de artistas que está por lá, desde de desenhistas, videomakers, músicos, gente sem o que fazer na vida, mas com teorias interessantes e principalmente os escritores... E oh vocês fanfic writers, como são awesome!!

Como alguns clamam veemente no fandom: QUE AS ROTEIRISTAS DE CARMILLA NÃO LEIAM O QUE VOCÊS ESCREVEM!! - porque o Angst & Pain que rola solta seria demais para a fanbase aguentar (Chega, meldelzo, chega de sofrer nesse barco!).

Para apaziguar os fics de puro chororô, veio essa brilhante escritora DaniSnape (Hein?) com uma "paródia" de 50 tons de cinza para um AU (Alternative Universe, ou Universo Alternativo) de Carmilla the series. O nome da fic é 50 flavors of Creampuff (Ou 50 sabores de um bolinho com creme gostoso no meio) e explica exatamente TUDO que o livro mundialmente famoso infelizmente ferrou com tudo.

Legal é ver as notas de começo e final da escritora, pois ela diz o que mudou, no que mudou e porque mudou. Sem contar que o Lolz corre solto durante o texto, mas também cenas um bocado desconfortáveis, mas anyway... Estudo é estudo e nada ganha do site da Dominatrix de Nova Orleans (Aliás, cadê os updates dela?).

Para quem sabe ler em inglês e quer se divertir com uma paródia bem feita sobre o universo de Carmilla, aí vai:
Resume: I dared myself to transplant Hollstein into the book that shall not be named.
Rated: Fiction M - English - Humor - [Carmilla, Laura] Danny, Betty.
Chapters: 12 - Words: 47,726.
Published: Jan 9.

08 julho 2013

Final de temporada: Defiance + Warehouse 13

É sempre a mesma coisa. Fandom chorando antes da hora, gente se mobilizando para confortar as outras, muitas postagens no Tumblr com MAIS angst e pain do que era possível, ameaças leves contra o produtor principal (Everybody hating Kenny ritenao!), twitter chat com o elenco de Defiance (Todo, I mean, TODO!), fangirls indo ao delírio com mensagens subliminares (Nunca junte as palavras squeee, simultaneous e multiples na mesma frase), mais angst, mais pain e Florence + the Machine.

E eu pensando que suportar esse ship seria fácil.


Já sofri por antecipação - vi a season finale de Warehouse 13 no domingo graças a um escorregão feio da Syfy Channel em vender o DVD da 4ª temporada ANTES de terminar na Tv (EPIC FAIL DUDES!), aí um filho de Eru foi lá e colocou nas webs - e deixar spoiler escapar pode ser perigoso (Esse Bering & Wells é unido até o último instante que o ship afunda! E spoilers não são bem-vindos).

Mas creio que fiquei satisfeita com o que vi. Teve dramalhama, teve decisões a serem feitas, teve emoção e teve resoluções. Não teve H.G. Wells (yummy omnomnom), mas teve esperança, porque o que mais corta o coração é saber que uma série que você se identificou tanto vai ficar quase 6 meses de hiatus e voltar APENAS com 6 episódios para terminar de vez.

Defiance vai entrar em hiatus também, isso quer dizer que terei que inventar alguma coisa para ocupar o fangirling ao invés de choramingar pelo subtexto não ter virado texto. Agora em uma perspectiva criptografada só para mim mesma: Jaime Murray, sua arruinadora de mentes inocentes de meninas românticas!

É, fã sofre.