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brb que não peguei no tranco
31 dezembro 2016
Antes do ano terminar...
Tem umas coisinhas que é bom manter um nível de respeitabilidade e tolerância, mesmo que não concorde. Desapegar de termos foi um dos desafios que mais me deram nó na cabeça nessa vida de escriba.
Então chuchuzinhos, mesmo que não concordem com os termos usados por um grupo específico ou ideologias ou até a questão do ponto de vista de realidades e vivências de outras pessoas, tudo bem, vocês têm todo direito de se expressarem sobre isso.
Mas apenas informando que isso não vai mudar as coisas assim no ato. Ler postagens sobre discussão de termos e conceitos e tudo ali envolvido e chegar a conclusão que nem as minorias são inclusivas (E esquece o papo de solidariedade aqui, Internet é um lugar essencialmente anarquico), as pessoas não são tolerantes e muito menos pode haver algum tipo de diálogo com quem não quer/sabe ouvir.
Humanos amam categorizar, fazemos isso o tempo todo, é uma forma estranha de se classificar quem, o que e porque as coisas são coisas, as pessoas são pessoas e todo status quo.
E a porra do status quo sabe como oprimir mais que criar entendimento.
Quando entendi logicamente que me enquadrava em um perfil de pessoa que chamam de não-binarie (Ou seja, alguém que não se compreende categorizada como feminino ou masculino, mas apenas sendo um pessoa) não foi idealismo universitário que me definiu assim. O termo sim, o enquadramento não.
E isso me deixa um bocado alerta com postagens da galera que entende bem o que é estar nesse enquadramento ou que entende que o status quo é que determina toda essa casca assimilada que tentamos mostrar pro mundo todos os dias. Se fala de corpo, de psicológico, de conceitos de gênero e anatomia, sexualidade, padrões hetero-homonormativos, de desconstrução, de reconstrução de corpos, de teorias genderqueer, de espectros e categorias dentro do ser transgênero (E aí fica mais e mais complicado de NÃO aplicar os conceitos já prontos do status quo heteronormativo, do dominador, da maioria, do socialmente aceito), nas vivências e socializações desde a infância até o ponto em que estamos. Me deixa alerta, porque leio muita babaquice, mas de babaquice estou bem acostumada desde que me entendo por gente, pessoa, pedaço de carne, nervos, ossos e fluidos que perambula por esse mundo estranho que gosta de categorizar/classificar coisas e pessoas.
Eu tou manjando das babaquices lidas, porque querendo ou não fiz/faço/farei parte desse discurso babaca em algum ponto da minha vida, querendo ou não. O importante nessa reflexão aqui é que tenho ciência de como a denominação de coisas, terminologias, conceitos, ideias e oras, postagens babacas mesmo com roupagem educativa pode causar em uma pessoa, uma realidade, uma experimentação de vivência.
Sei também que tudo é passível de múltiplas interpretações e entendimentos. Sei que se VIVER tal coisa é diferente de TEORIZAR tal coisa. Ser é diferente do estar. O separar disso também entra na forma que o status quo manda compulsóriamente pra gente fazer pra não dar tilt na cabeça. Creio que a maioria das pessoas tenha um carinho enorme por sua própria Sanidade, desafiar o status quo traz mais prejuízos que acertos.
E ler as postagens babacas (E digo aqui, nessa posição onde me encontro agora como pessoa não-binarie, ou seja lá qual termo decidam inventar para o que eu sou, não o que estou) me faz refletir até que ponto posso continuar lendo esses discursos que trazem a repressão e a contenção social que me sufoca todos os dias.
Como ninguém pode viver numa bolha blindada para não ouvir/ler/falar os discursos que podem ou não ferrar com a cabeça e as convicções que uma outra pessoa tem, o jeito é respeitar e tolerar. Não me custa nada, sinceramente.
Se o status quo ordena que haja contra ataque quando leio algo que me ofende no padrão da minha vivência (não-binarie, branca, classe média, universitária), a melhor forma de se rebelar contra esse sistema é quebrar o ciclo vicioso. Pra que entrar em discussão, se há uma marca textual discursiva clara de que a pessoa do outro lado não quer ouvir?
(Só me incomoda quando vem em forma de xingamento, não precisa xingar a mãe ou mandar bebericar em algum orifício presente na anatomia humana pra validar argumento)
É aí que pode-se inferir: não importa a militância que sigamos, as ideias, conceitos, termos, toda essa parafernalia que o status quo aprontou em milênios de convívio humano = todos somos excludentes, todos praticaremos algum ato de pura babaquice para mostrar ao mundo exterior que somos passíveis de validação.
Porque é na validação de quem sou é que estou, certo? Nossa sociedade vive inteirinha no modo cartesiano "Penso, logo existo" daquele zezinho da matemática.
(opinião pessoal: Descartes também era bem babaca, assim como todos nós. Ele só foi mais reconhecido por TEORIZAR sua babaquice em público e ser aceito pelo status quo como normativa)
Essa chatice de textão é pra me lembrar e também para quem precisa, de que você ou eu não somos obrigados a nos definirmos conforme a normativa. Mas se quiser, tudo bem, não é algo catastrófico concordar com os acordos tácitos de convívio aqui nesse plano material que estamos perambulando. Não há problema algum.
Inclusive vou ter respeito e tolerância com as postagens babacas, com os comentários beirando ao catastrófico quadro de fobia e também a agressividade já tão presente em discursos de diversas manifestações linguísticas por parte das pessoas. Esse próprio texto aqui já tá desdenhando de quem não tem ideia do que seja os conceitos e palavras que mencionei. Eu possa estar sendo babaca pra quem não concorda comigo. Infelizmente a linguagem é a arma mais eficaz e poderosa que o ser humano teve a capacidade de aperfeiçoar para controle social, dominação e retenção de vivências.
Acostume-se com isso, é inevitável.
Não quer dizer que eu vá parar de tentar hacker a linguagem e me apropriar daquilo que é meu, minha identidade, minha particularidade, minha vivência, minha realidade, minha alteridade (E usar muito pronome possessivo é algo que não me sinto confortável, assim como ler que travesti não pode/deve ser não-binarie por trocentos motivos que se peneirar cai justamente na caixinha de categorização, dominação, repressão, eliminação). E de quebra ajudar quem precisa de uma orientação mais de boas sem cair na babaquice.
2017 tá aí, bora ser um pouquinho mais compreensivos?
Eu já tou sendo demais ao ler postagem babaca atacando o direito de se expressar e se representar das pessoas lindas que interajo aqui nessas interwebs. Tá foda ver isso transpor pra fora do ambiente virtual quando os tempos pedem por mais tolerância e empatia.
Conversem uns com os outros, ouçam, dialoguem, tenham ciência na cabeça e no coração que o pedaço de carne, nervos e ossos perto de você tem o mesmo sistema de funcionamento que o seu (emoções, sentimentos, ideias, modos de ver a realidade, tudo isso), só não seja babaca.
Tá aí uma boa resolução de ano novo: ser menos babaca com as pessoas que não concordam com nossas opiniões. Parece algo louvável que o status quo aprovaria né?
Afinal, estamos todos amarrados na mesma coleira.
(e se você ainda não se atentou disso, sortudo você é!)
05 setembro 2016
os updates do crush foram atualizados
E as estatísticas, essas sim que acabam mesmo comigo.
30 agosto 2016
cobrança dá a volta e meia e volver
Cobrança é gatilho pra eu pedir arrego e sair correndo na direção oposta. Por que sou irresponsável?
24 junho 2016
11 novembro 2015
sucinto srsly assunto
...
...
...
...
É realmente estranho chegar no chegado a você e jogar a real de que você está na bédi da depressão.
23 abril 2015
vida social e laboratórios de informática
Ou movidas pelo teor etílico na corrente sanguínea.
15 abril 2015
O décimo terceiro passo
Thirteenth Step (Photo credit: Wikipedia) |
(pelamoooooor Mandos, seja o nono, ok? O nono é o mais brando.)
09 abril 2015
dancing with myself oh oh oh oh!
Tudo começa com Billy Idol nos ouvidos ao acordar com o despertador do celular, o fato de dançar comigo mesma ultimamente e o porquê é tão mais saudável estar em paz consigo mesma.
E aí a Gala Darling já manda um post sobre valorizar a individualidade para se poder criar e lalalalalalalala uma photoshoot linda do Ziggy Stardust lalalalalalala
16 março 2015
Síndrome de cottard disfarçada
Não me sinto mais a vontade com meu próprio corpo.
Tem esse feeling de meio de madrugada que tá me perseguindo faz tempo. As horas de vigília que se arrastam após.
Creio que certas palavras jamais vão sair do meu subconsciente e pelo jeito todo esforço de me sentir menos esquisita (e babaca) pode ter sido em vão. A incerteza da situação também vai remoendo as beiradas já danificadas e quando vou analisar se está tudo bem e em ordem, parece um pouco de síndrome de Cottard - aquela que as pessoas afetadas sentem que estão mortas, parecendo zumbi com as funções vitais anuladas.
Não sei se agradeço ou se amaldiçoo, de qualquer forma, a vida segue. Espero que isso vá embora algum dia, ou pelo menos adormeça, uma bela cãibra de consciência.
15 março 2015
prometeu alguma coisa hoje?
Prometeu por Gustave Moreau, (1868). |
26 dezembro 2014
27 novembro 2014
[conto] ode ao desmemoriado sonhar
22 novembro 2014
Bolinha de ansiedade e a princesa
Ela pulava alegre e saltitante por todos os lados, deixando marcas em um amarelo canário tão chamativo que não dava pra tirar com detergente e sabão.
A bolinha tão ansiosa não cessava seu movimento de pular e pular até que um dia encontrou uma bela princesa que também sofria de mesma ansiedade. A bolinha decidiu ajudar a princesa servindo de bolinha anti stress, sendo apertada e esmagada várias e várias vezes com toda a energia acumulada de anos e anos procurando respostas.
A princesa virou a bolinha.