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17 fevereiro 2014

[contos] pequenos salva-vidas

Tudo começa quando não há vontade de se levantar da cama.

Acordado você já está, encarando a parede com estrelinhas luminosas que nunca irão te deixar no completo escuro, o escuro te assusta não pelo que não pode ver, mas sim o que pode habitar entre sua imaginação antes de adormecer e o acordar do pesadelo contante.
A vontade de se levantar é nula, como uma força gravitacional maior que você possa calcular em perfeito estado de sanidade.

O problema é que a essa hora da madrugada você nunca está em seu estado perfeito.

As horas vão passando entre cochiladas e rolamentos entre lençóis, travesseiros demais na cama que supostamente deveria te dar descanso, não ser a testemunha de sua briga interior. É ridículo pensar que você está finalmente passando por isso. Finalmente! Porque sempre esteve aí, entre as frestas que você tampava com supercola para poder manter o sorriso no rosto, deveria ter funcionado, mas não dá mais. Não funciona mais como 10 anos atrás, acho que nem funcionava naquela época, mas tudo bem, levantar. Mesmo sem vontade, mesmo sem o porquê de se levantar. Para quem ama sonhar acordada, ficar na cama parece um alívio, mas não é.

O dia vem, há coisas a se fazer, coisas a se fazer, muitas coisas a se fazer. Coisas que você não vê muito sentido em fazer, porque elas não estão diretamente ligadas com o que você quer agora. E tudo que você queria era um café passado na hora e bom de tomar sem agredir as entranhas.

O levantar sem vontade dá lugar ao arrastar de pés, o corpo dolorido pela noite agitada, o paladar não tolera muito o leite que substitui o desejo do café. O corpo não cobra esse pequeno prazer, é a mente que precisa de algo para ficar alerta (Há coisas a fazer, lembra?!), há possibilidade de conseguir isso com essa força gravitacional te emperrando no levantar da cama é mais difícil, o de confiar isso a outrem é pior ainda. Já caminhou tanta nessa cidade linda atrás de um pão de queijo decente, um pingado de café gostoso e genuíno e feijão mineiro.

We're all the same on Mondays, right?



A comunicação é esparsa, o chacoalhar do ônibus faz o ritmo do dia, parece que as pessoas ao redor resolveram notar alguma placa de conselhos grátis que você nem sabia que existia (E providenciou tardiamente em esconder bem atrás da fachada de "oi posso ser útil?"), mas que seja, elas irão perguntar, irão questionar, irão choramingar e de qualquer forma que for - rude ou não - haverá respostas. Sempre deve haver respostas.

06 fevereiro 2014

[direto do Tumblr] E se o ursinho é o pesadelo e a criatura o protetor?

Postei isso no Facebook um tempo atrás, mas vi a fonte no Tumblr por aí. Adorei a explicação do porquê de ursinhos Teddy e o porquê de monstros debaixo da cama, dentro do armário:

Tá em inglês, foi mal. Não vou traduzir, vai perder a graça.

On the importance of a teddy bear…

(artwork by Begemott)