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18 abril 2022

[Contos vampirescos de 2003] Como tirar uma vampira da fossa por Derek Silva Souza.

Sobrado Histórico de Anna Daniela Ruão, 01 de março de 2003, 04h15 da manhã.

Anna Daniela após conversar com Rudy, sabendo que Astrid está de olho nela, fechar a porta da mansão e escorregar dramaticamente na porta em prantos. Tocando Total eclipse of the Heart de fundo.




Derek vendo a cena enquanto está tirando um picolé vermelho de uma forminha em forma de ursinho.

 - Que qui foi aí Chefia?

Anna levando um susto enorme e se recuperando do breakdown, levantando rapidamente:

 - Derek o que você está fazendo?!
 - Pegando um picolé, uai.

Mostrando a forminha de ursinho, Anna indo para estapear a mão dele para tirar o picolé.

- Ai Chefia, quê isso????
 - Isso não é para você, seu tonto!
 - Qualé? Picolé de morango! 

Derek dá uma lambida e se arrepende amargamente do feito. O picolé não é de frutas e não tem gosto doce algum. Ferroso, viscoso. Nada bom. Ele arregala os olhos e olha para Anna, ela dá de ombros.

 - Uma garota precisa variar a dieta, oras!
 - Porra Chefia, que treco horrível!!

Derek dá outra lambida sem perceber. Anna vai até ele imediatamente e rouba o picolé de sangue das mãos dele.

 - Derek, me dá isso aqui!!
 - Cê colocou do Reino ou Dedo de moça?

Anna toda envergonhada, indo abraçar o Espaguete.

 - Aquela que estava no armário... Era a única que tinha!
- Pô Chefia, aquela é rombuda é malagueta! Coragem sua, hein?
 - Para de ficar fuçando na geladeira por comida que não é sua!
 - Tá, Chefia... Relaxa! Peraê que vou ver se tem pimenta preta e experimentar com ela, ok? Não, pera, você experimentar. Eu não.
 - Bom mesmo.

Derek indo pra cozinha e se vira para a Chefe antes de entrar:

 - Quer que eu deixe tocando a música de sofrência, aí?

Algumas horinhas depois, Derek está no telefone da cozinha, passando manteiga no pão e segurando o gancho no ombro e cabeça.

 - Ah Môzi, sei lá, sabe? Ela tá jururu desde ontem à noite, não sei o que fazer... Sim, já tentei conversar com ela. Esses papo de mulher, né? Não Môzi, não tô dizendo que... Não, não! Ela não gosta de falar dessas coisa... Essas coisa do coração, do coração, sabe? É... Mó ruim isso aí... Ficou lá, chorando as pitanga, tadinha... Sei lá... Môzi o Joberto já tá acordado? Já? Deixa eu falar com meu sabichão? Sim? OH JOBERTO QUERIDÃO, BÃO DIA FILHÃO!! Quê esso rapá, tem dessa de corpo mole não, estudar pra ficar sabido, meu velho, cê sabe? Isso aí, come direitinho, obedece mamãe que logo papai tá chegando em casa e ajeito o DVD do Chiréqui. Urrum... Isso aí, nada de sono, papai tá aqui no trabalho, acordadão pra chegar em casa e cuidar das coisas. Quê? Ahn? Peraê, oh Joberto meu filho, beijo nocê e boa aula, tá ouvindo? Escuta a fessora direito! Nada de malandrear! Escuta ela e brinca com seus amigo na hora do recreio... É, isso isso... Da hora, da hora, filhão! Se cuida. Oi Maricotinha Môzi do meu coração... Digue... Também te amo... Já vou voltar pra casa, só esperando ela terminar de arrumar as coisas pra dormir... Não Môzi, já te falei... A dotôra aqui, ela... * suspiro cansado * Ela tá ruim tá? Assim, ruim da cabeça e do coração também... Alguém tem que cuidar dela, ver a casa... Ela paga bem, dá as coisas pra nóis... Eu sei, eu sei... Também sinto sordade suas... Ficar de conchinha e talz... Mas ela... Ela chegou chorando ontem. Ela nunca chora. A bicha é fortuda e seca, não chora, aí chega chorando, o que vou fazer? Conversar com ela? Sim, Minha Vida, já fiz isso... Dona Anna trata bem a gente, dá as coisas, sabe? A kombi, a escola do Joberto, os médico da Maria Tonha... Sim, sim, vou pegar os remédios quando sair daqui, lá no postinho... Pego sim, sim... Cê quer patinho ou chuleta? Beleeeeeezzz, dá-lhe ensopadinho de Môzi! Hehehehehehehe, te amo também Môzi... Mas cê entende né? Dona Anna precisa de nóis... Manda um mimo pra ela depois, ela gostou dos seus bordado... Sim! Sim! Tá tudo aqui na cozinha e lá no escritório dela... O bordadinho de marcar página de livro? Uuuuuuh ela só sabe falar dele pros colega da biblioteca lá... É Maricotinha a gente ajuda quem precisa, porque as pessoa precisa de ajuda né? E a gente ajuda. Tá bom... Batatas também... Cenoura... Peraê, xô anotar aqui, mulhé!

Cessando os barulhos de passos no andar de cima, Derek olha pro teto da cozinha, enquanto pega caneta e papel.

 - Batata, cenoura, beterraba... Qual nome daquele trem verdinho... CHUCHU!! Isso, chuchu... Vou pegar uns abacate na casa do Seu Manél pra vitamina... Patinho... Que mais? Ovo! Isso, ovo! Açúcar... Os remédio de Tonhinha... Belezzzzz... Môzi, vou desligar cá, Chefia tá descendo pra querer alguma coisa. Tá, te amo também, bejo, tchau. OH DONA ANNA DANIELA?
 - O QUE FOI DEREK?! Caramba me deu um susto!!
 - Cê tá muito assustada hoje, que couve, hein?

Anna desvia da pergunta com um gesto amplo e aponta pro telefone.

 - Era Teodora?
 - Sim, sim. Perguntou se você tava bem. Tá fazendo uns crochê novo, vai querer Chefia?

Anna apenas concorda e senta na mesinha de canto da cozinha. Solta um suspiro (Mesmo não precisando, afinal está morta) e bota a cabeça entre as mãos.

 - Derek, era hoje a consulta de Maria Antônia?
 - Não, não, é amanhã. Hoje é os remédio. Vou buscar lá no postinho daqui a pouco.

Anna vai até sua bolsa de trabalho no quartinho ao lado da cozinha e coloca um envelope na mesinha para Derek.

 - Compra os remédios a mais. Pega no postinho também, não deixa faltar. Dentro tem uma carta de recomendação pro Instituto Neurológico de Alto dos Juncos, lá tem especialista pra ela.
 - Oh Chefia, não precisava fazer isso não. Ela tá sendo cuidada no SUS, mó firmeza!
 - Eu sei, Derek, e o SUS é a melhor coisa que surgiu nesse mundo, acredite. Mas Maria Antônia precisa de acompanhamento, de diagnóstico, de mais cuidados. Vai lá hoje, ou amanhã, o dia da semana que você quiser, só me falar antes que eu me ajeito por aqui.
 - Quero deixar você sozinha não, Chefia. Mó vibe ruim aí que cê veio...

Anna olhando para ele com cara de "OH REALLY?!". Derek levanta as mãos, desistindo do argumento.

 - Okay, okay, sem um pio... Levo ela amanhã, vou deixar um lanchinho extra hoje de noite procê. E pra menina Chacal também... Criança precisa de sustança.
 - Derek...
 - Que couve.
 - Como é que você aguenta?
 - Aguento o quê?
 - Isso tudo... Comigo...
 - Sei lá, Chefia, você me paga bem.
 - Era um picolé de sangue de porco, Derek.
 - Com pimenta malagueta. Trágico.
 - Será que você pode... levar isso à sério...? Por um minutinho só?
 - E eu levo! Você é você e você é isso aí agora. Desde que te conheci lá no Hospital! Cumé que posso não ver que você tá ruim aí?
 - É complicado...
 - E eu imagino que seja. Mó nóia pesada, patroa! Cê não dorme direito, come esses tréco aqui.
 - Eu só quero um minuto de paz.
 - Beleza. Eu garanto.
 - Garante o quê, Derek?
 - Seu 1 minuto de paz. Tá precisando, cê parece uma morta-viva com essa cara aí.

Anna ri com tristeza e se encaminha para as escadas.

 - Fecha as janelas e as cortinas, tá?
 - Beleeeeezzzzzz.
 - Deixa comida pro Espaguete.
 - Beleeeeezzzzzz.
 - Me diz de noite como tá a Maria Antônia e Joberto.
 - Sim, chefia, tudo na ordem.
 - Pede pra Teodora fazer mais daqueles marcadores de página? Pessoal da biblioteca amou.
 - Bom dia Chefia.
 - Bom dia Derek e... obrigada por tudo.

08 julho 2021

[estudo de personagens] Jordana Margaret Raelsin - a bibliotecária

Eu tenho ideias de perosnagens, eu escrevo.
Usá-los em alguma campanha?
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA.

Pobres mortais, até parece.

Cenário de Múmia, a Ressurreição, com vocês Marga, a bibliotecária.

Status:  Viva.
(Update 19/12/2020)

Personificação de Deus Quenúbis - o Modelador

ATRIBUTOS:
Nome Completo:
Jordana Margaret Raelsin  - nome registrado.
Marga - apelido de todos que trabalham com ela.
Idade:
2020: 11 anos (aparenta)
Nasceu em 1952 - 68 anos
Escolaridade e Profissão:
Professora primária (magistério antigo)
Bibliotecária de referência da Biblioteca Pública de algum bairro de periferia de Nova Orleans
Atualmente Bibliotecária-chefe do Lugar-Entidade chamado "A Biblioteca"
Situação:
Como este personagem entra na sua história?
Marga morreu ao ser atingida por um tamanco enfeitado em um Mardi Gras em Nova Orleans. Ela conheceu o seu novo propósito ao conhecer os Bibliotecários d'A Biblioteca e receber sua missão terrena: supervisionar os Amenti que apareciam. O único problema é que ela voltou como uma criança de 9 anos. Atualmente tem 11 anos e não cresceu, nem envelheceu.
Motivação:
O que este personagem quer?
Marga quer voltar a ser adulta novamente, em seus 68 anos de vida física. Ela também quer organizar A Biblioteca e ajudar seus "estagiários", como ela chama carinhosamente os Amenti que aparecem na Entidade para se prepararem para suas missões.



Aparência
Altura
1,47m (68 anos) - 1,10m (9 para 11 anos)
Tipo físico
Baixa, atarracada, ombros largos, pernas curtas.
Tom de pele
Pele negra.
Cabelo (estilo e cor)
Curto, bem rente à cabeça e cor preto.
Olhos
Olhos castanhos escuros.
Descrição facial
Rosto redondo, queixo mais para frente, nariz largo na base, olhos pequenos, bochechas ossudas e lábio inferior mais acentuado. Tem traços hispânicos e afro-americanos.
Características marcantes ou marcas diferenciadoras
Cabelos muito rente à cabeça, como se fosse uma peruca.
Em sua forma animística tem a cabeça de carneiro na pelagem preta como seus cabelos e olhos vermelhos.
Estilo de vestimenta
Aos 68 anos - roupas formais demais, com cardigã de cor neutra, saias fechadas e abaixo dos joelhos, meias escuras, sapatos fechados e sem salto.
Aos 9 e 11 anos - vestidos de cores escuras com um tema 1920.
Maneirismos ou gestos
Gesticula demais para se expressar como senhorinha, como criança e como sua versão anímica.



Fala
Tom de voz
(alto, silencioso, forte, etc.)
Fala calma, serena e bem soletrada.
Idioma ou sotaque
Idioma natal: inglês e espanhol.
Idiomas adquiridos acadêmicamente: nenhum.
Frases preferidas
"Hey calma, está tudo bem. A Bibliotecária chegou, eu cuido disso."



Comportamento
Personalidade
Quando mais velha era uma senhorinha com muita paciência no balcão da biblioteca pública onde trabalhava. Era gentil e carinhosa com as crianças, atenciosa e prestativa com as pessoas de idade como ela e paciente com os adolescentes.
Como criança de 11 anos é irritadiça, apressada, energética e costuma querer agir com impulsividade, mas algo dentro de si dos 68 anos vividos não a deixam realizar tais atos impulsivos. Como criança e adulta, Marga continua curiosa por conhecimento e sempre disposta a ajudar as pessoas que precisam de informações.
Hábitos
Não olha as pessoas diretamente, fica encarando as mãos, a camiseta e às vezes finge que quer tirar uma poeirinha da roupa delas.
Ambição
Seguir os Propósitos d'A Biblioteca.
Ser uma bibliotecária boa.
Ajudar as pessoas a terem informações.
Maior medo
Ficar para sempre no corpo de uma criança de 11 anos.
Maior segredo
Tem a desconfiança que é além de uma senhorinha de 68 anos de Nova Orleans e uma criança atemporal. Já pesquisou demais os arquivos sobre Quenúbis e deuses egípcios da 1ª dinastia e encontrou algumas coisas que não gostaria de saber.
Como esse personagem se relaciona com demais personagens?
A cuidadora e tia bibliotecária do rolê.



Pano de Fundo
Interesses ou hobbies
Tudo que tem a ver com bibliotecas, livros e a sua cidade amada Nova Orleans.
Eventos passados importantes
Idealizadora e principal mantenedora de um dos projetos de longa-data no bairro onde sua biblioteca fica - ajuda maternidade, crianças e idosos a se alfabetizarem e terem atendimento em saúde através de um coletivo autônomo de jovens estudantes negros e hispânicos - o "Asas do Saber".
Família
Sem família e sem filhos. Seus estagiários são seus filhos e família, a comunidade do bairro também.
Casa atual
Saguão principal d'A Biblioteca, nas ruas ao redor da Metrópole acompanhando os Amenti que chegam para buscarem informações.
Situação financeira
Guardou uma poupança média dos tempos que trabalhava na biblioteca pública, mas havia um testamento seu que se morresse ou algo parecido o dinheiro iria para reconstruir a sede do Centro Comunitário que o projeto "Asas do Saber" era mantido.
Saúde
Como senhorinha de 68 anos tinha dores musculares e uma hérnia na coluna na altura dos omoplatas.
Como criança de 11 anos tem a saúde perfeita (Até demais!)
Religião
A Antiga Religião dos Escribas do Egito na 1ª Dinastia, panteão Egípcio.
Fiel à Ísis, Osíris e seu filho Hórus. Protetora e mantenedora das Múmias que chegam ou partem para Duat.

16 dezembro 2020

[perfil de personagem] Anna Danwells Rowan

Escrever para o Mundo das Trevas tem sido uma tarefa árdua nesses tempos.
Dei essa chance para voltar ao mundo dos cainitas, magos, imortais e sobrenaturais.

Entrei em uma mesa de Mago: a Ascensão e estou experimentando fazer update na Anna Danwells Rowan, uma personagem antiga minha, lááááá de 2001, quando eu tinha 16 aninhos, inocente eu que não sabia de nada. Ela fez tanto por mim - na escrita - que o meu e-mail pré-adolescente é em homenagem à ela hahahahahahahaha.

Aqui deixo o link para o Conto Prólogo da história dela antes de ir para a crônica do RPG e debaixo do link tem a ficha de desenvolvimento de personagem que fiz antes e colocar os números e rolar os dados bizarros.
Ato - 11: Tanto a se perder (Rowan) (1105 words) by morgan
Chapters: 1/?
Fandom: Mage: The Ascension, Vampire: The Masquerade
Rating: Mature
Warnings: Graphic Depictions Of Violence, Major Character Death
Characters: Anna Danwells Rowan - Astrid Peth
Additional Tags: order of hermes, Ravnos, Roleplaying Character
Series: Part 11 of Rosenrot - o colégio carmim
Summary: História ocorre no que o Mundo das Trevas (RPG) chama da "Semana dos Pesadelos" entre 28/06 a 04/07 de 1999. Irei explorar o prólogo de personagem de RPG para Mago, a Ascensão, Anna Danwells "Louca de Pedra" Rowan é uma estudiosa de coisas antigas e tem um passado que a atormenta com alucinações sonoras. Antes a estudante e pesquisadora prodígio da Casa Shaea, agora destruída por sua consciência culpada pela morte de alguém que ela amava secretamente, ela tenta recuperar o pouco de autonomia que resta.Disclaimer: Vou ser bem fanservice pra mim mesme e incluí a personagem Astrid Peth de Doctor Who aqui.

(Debaixo do link tem a ficha dessa criatura upgradeada de 19 anos atrás)

13 julho 2020

RPG: múmia: a ressurreição

Artwork by: Igor Kieryluk



O cenário favorito meu no Mundo das Trevas (Storyteller, antiga White Wolf) sempre será Múmia: a Ressurreição. Os verdadeiros Imortais e também os mais angst over9000.
(Tá pensando que viver eternamente trocando de corpo é legal???)

Na quote que ilustra essa figura acima de Jennifer Niven, "All the Bright Places"
Não consigo pensar em algo mais deprimente do que ser um sumo sacerdote egípcio em exibição ao lado de um conjunto de rodas de carroça vintage e uma galinha de duas cabeças.

Múmia: a Ressurreição mexe com muitos temas que a galera ocidental não esteve e nem está preparada para encarar em suas vidas, como o alcançar um conjunto de preceitos e comportamentos morais que possam levar a alguma edificação de si mesmo.

Os personagens de Múmia são um misto de uma alma antiga com a missão única de consertar uma corrupção inerente do ser humano e proteger a Humanidade em um corpo mortal de alma destruída por algum tipo de moléstia do mundo moderno (Capeta-lismo? Acertaram!). É uma dualidade na essência desse novo ser que muitas das consonâncias entre o que era antes e o que se tornou agora não são ajeitadas nunca - e tá aí o papel do jogador de Múmia, ir colocando esses pingos nos "is".

O que é vida eterna? Como as antigas religiões e as atuais enxergam esse conceito? Há vida após a Morte? 

Para quem joga no Mundo das Trevas por anos sabe bem que a Morte é algo trivial e costuma ser o começo de uma outra existência, mas isso em uma ótica ocidental que percebe esse "espaço" da morte como castigo ou redenção. Em Múmia: a ressurreição a pessoa ressuscitada pelo ritual da vida (É galera, não é tão fácil assim se tornar eterno) tem um caminho longo para cumprir sua missão e ela passa longe do que estamos acostumados aqui herdeiros da cultura helênica.

Muito do livro destaca Múmias Egípcias, Sumérias, de povos do Oriente Médio, Asiáticas e uma pequena nota para as de povoados Ameríndios como Incas e Chichorros (Chile), cada uma com sua especificidade, guarda e memória de suas culturas e transição para o mundo moderno.

Temas como adaptação ao mundo moderno, luta contra preconceitos anteriores (Na vida da alma antiga, da vida anterior à Morte da pessoa), a busca pela própria identidade, se livrar de tudo aquilo que atrapalha a missão - as Leis de Maat (Deusa egípcia que personifica a Verdade e a Justiça) - para proteger a Humanidade seja lá do que seja - no Mundo das Trevas tem vampiros, lobisomens, fadas, fantasmas, demônios e gente tipo o Blade e a Buffy, logo é necessário algum ser sobrenatural pra botar essa bagunça cósmica no Equilíbrio.

O que me chamou atenção para esse cenário de RPG que amo tanto?

Transição.

De uma alma antiga para uma moderna, o se adaptar, se acrescentar, se moldar para criar essa nova pessoa disposta a se arriscar para manter um certo Equilíbrio no mundo em que habita.

E porque foi o único jogo que me deu possibilidade de mexer com os papéis de gênero com tanta aproximação a minha realidade.

A seriedade com as culturas antigas orientais também me pegou de jeito, pesquisar intensamente sobre o Egito e todo o panteão de deuses, personalidades e formas de se enxergar a Vida, a Morte e o Pós-Morte foram fundamentais para eu não ter mais parafusos soltos com algumas questões terrenas aqui da vida real.

Recomendado apenas para pessoas acima de 18 anos e com um discernimento de que é um jogo interpretativo e que pode sim levantar reflexões mais profundas - afinal é esse o papel da Literatura e da Ficção, não é meus amores?

Alguns seriados/filmes que encontrei traços dessa proposta do RPG e que recomendo:

📺 Forever, uma vida eterna - Morgan, o legista protagonista é um Imortal muito parecido com as características que o jogo coloca.

📺 Penny Dreadful - John Clare/Calibã e Dorian Gray são um dos exemplos já na cara, mas eu sempre vejo Vanessa Ives como uma sefekhi fodástica de poder inigualável.

📺 American Gods - deuses antigos interagindo com o mundo moderno? Tudo que Múmia se propõe para discutir Imortalidade, relevância e poder.

📺 Daredevil - Sim, consigo ver um tiquim dessa dualidade gritante, as duas almas, as duas convicções do que é "certo e correto a fazer" no diabão da Hell's Kitchen.

📺 Doctor Who - preciso dizer algo? TODOS os protagonistas do seriado REGENERAM o tempo todo!! 

📺 Wynonna Earp - o personagem Doc Holliday é um exemplo bom de múmia em transição 

🎥 Assassin's Creed - ao conceito do game TODO passa por memória, lembranças escondidas no DNA dos descendentes de pessoas lá das antigas (Grécia Antiga, Egito, Itália Renascentista, Caribe Pirata), coo não matutar que o cenário de AC é um imenso e virtualizado mundo de Múmia encontrando Mago: a Ascensão (Outro título do Mundo das Trevas que é fooooooda!!). Aquele aviso básico: Fazzie é um ator awesome, mas a adaptação é péssima. 

🎥 O Corvo (1994) - eu tenho total certeza que a equipe que escreveu o livro de RPG de Múmia: a ressurreição terminou de ver esse filme e "OMFANÚBIS PRECISAMOS ESCREVER UM CENÁRIO SOBRE ESSE FILME!!" - é o mais perfeito exemplo para o cenário e é isso. 

🎥 Highlander  - Eis aí a explicação para o verdadeiro Imortal do McLeod e aquela contenta com o carinha lá. Só pode haver um? Sei não, tio, acho que é preterimento demais querer ser a única Múmia da Escócia e achar que tá bem na fita.

🎥 Múmia (1999) me faça um favor e esqueça dos outros filmes, esqueça da única múmia que aparece (Imotep, sua gloriosa história toda ferrada em um único filme) e apenas fique atento à ambientação de um Egito da década de 20/30. 

14 março 2013

RPG parte 1 - Cenários Medievais

[Texto originalmente produzido e publicado para o blog Nerdivinas no dia 10 de março de 2013. Reprodução total do conteúdo com permissão da autora]


Olá, olá! Conforme o post anterior sobre o Roleplaying Game, continuamos essa introdução básica sobre o RPG. As aventuras retratadas nos jogos de RPG podem abranger diversos universos, desde as masmorras escuras de uma cidadela de Reis e heróis à combates de espaçonaves nas estrelas em algum lugar bem bem distante da galáxia. Nesse post trataremos do cenário mais bem sucedido aqui no Brasil - e no mundo - a Fantasia Medieval.


Dungeon & Dragons surgiu na década de 70, acompanhando uma nova febre entre os nerds da época - a literatura fantástica medieval épica - que era propagada por diversos autores nossos conhecidos: J.R.R. Tolkien (que ganhou uma adaptação em RPG não muito bem sucedida), C.S. Lewis, mitologia nórdica e européia, etc. Publicado pela primeira vez em 1974, o D&D tornou-se logo um sucesso lá nas terras do tio Sam devido os entusiastas pela fantasia medieval. Entrar em masmorras, matar monstros, resgatar princesas e pilhar tesouros ocultos é a essência para esse tipo de cenário. A escolha de personagens jogáveis é variada, desde o humano comum guerreiro, elfo da floresta arqueiro, anão com machado e carrancudo, halflings (ou hobbits, mas o querido Professor Tolkien não aceitou que o nome de sua raça favorita fosse exposto em outros livros além dos dele) espertos e muitos mais. Um mundo de mistérios com panteão de deuses comandando o lugar, assim como há organizações de confiança duvidosa como gangues de rua, guildas de ladrões e cultos misteriosos.

Roleplaying Game - uma introdução rápida

[Texto originalmente produzido e publicado para o blog Nerdivinas no dia 28 de fevereiro de 2013. Reprodução total do conteúdo com permissão da autora]



Um assunto não muito explorado em blogs nerds é sobre RPG (roleplaying game), não a linguagem de programação, nem a lança-granadas-foguete ou a Reeducação de Postura Global (que também é interessante em ser discutido aqui entre nós nerds com problemas de ergonomia) - ou como alguns gostam de categorizar: RPG de mesa. Como é um assunto muuuuuito extenso e com tantos detalhes, tentarei dar uma resumida no objetivo geral do RPG.

Não se sabe ao certo quando realmente surgiu ou por quem foi inventado, mas o Roleplaying Game faz parte de nossa vivência desde os primórdios da humanidade como o xamã que contava histórias para a tribo, e permanece até hoje em nossa cultura oral. Quando passávamos horas nas brincadeiras de infância como "Polícia e Ladrão", ou brincando de casinha, tudo era baseado na imaginação e criatividade infantil de nossa cabecinhas inocentes. Às vezes criávamos falas para as bonecas, complementávamos o que nossos amiguinhos traziam para a histórias criadas do nada e refazíamos cenas algumas vezes para mantermos a história viva e interativa. Na escola professoras de primário narravam histórias de contos de fadas e por muitas vezes entrávamos tanto nesse mundo fantástico que mal percebíamos que estávamos interagindo diretamente com a história.

rpgdice

10 janeiro 2013

Projeto sem título no Planner 5D - Térreo do Hotel

Projetinho de planta baixa para ambientação de aventuras de Changeling - o Sonhar. Comecei anteontem e já está tomando forma no Planner 5D. É um hotel abandonado, sombrio e de esquina em alguma metrópole qualquer aí desse mundo nosso, tem muito espaço e coisas entulhadas nas paredes, estantes de livros everywhere!

Os protagonistas do conto vivem aí e é o quartel-general para o grupo de caçadores de Quimeras costuma ser ali na cozinha ou na sala de estar com a sinuca. Indo agora para o 1º andar com os quartos vazios ver o que sai. Mais info sobre esse conto postarei posteriormente com um perfil resumido de personagens.


Depois de um belo tempo sem escrever, finalmente consegui a inspiração perfeita e a beta incrível e paciente para indagar e aguentar longas descrições de situações xD Apreciando cada momentinho que tenho nesse projeto, mesmo que seja apenas exercício literário, quem sabe algum dia não aproveite para uma grande aventura em um compêndio como um livro, ahn? Ahn?

Não custa nada Sonhar... (Ah custa sim, custa glamour e o meu é bem temporário lolololol)

19 novembro 2009

RPG - Lady Annie

Decidi aproveitar os resquícios de minha fase ladina no WoW em meu fanfic sobre um mundo de Arton. Parece que a ladina da vez será chamada de Lady "Rógel" Annie e é violinista de uma trupe de bardos, os Pantâneiros Solistas. (Para ler mais sobre a trupe de bardos, clique aqui mesmo.)

<!--cut=mais sobre a Lady Annie-->
Ela foi abandonada pela família quando criança e cresceu em um orfanato em Gorendill no reino de Deheon, por suas perícias em música e afanando coisas dos outros, ela foi mandada para o Conservatório de Música Twilight - sim, o nome é péssimo, mas já existi antes daquela porcaria com vampiros purpurinados no meio - se tornando uma aluna exemplar.
Um belo dia ela decide pular o muro do Conservatório e tocar na frente de um belo portão de madeira - a sede da tribo das Amazonas em Gorendill - e nunca mais apareceu no vilarejo.

A infância e adolescência de Lady Annie é um mistério que ela guarda bem, apenas sabemos que ela roubou um cavalo dos estábulos da Taverna 7 Estrelas na divisa de Gorendill e fugiu para destino ignorado.

Lady Annie é uma ilusionista (violinista) 3º nível /ladina 1º nível com peculiaridades herdadas das Amazonas. Ela é sarcástica, rude, direta e por vezes distante. Seu violino é uma obra-prima com as cordas de encantadas com magia de dispersão sonora e o arco é feito de crina de unicórnio. Se ela chegou a matar o bicho para conseguir tal coisa, aí também é um mistério a parte. Ela aprendue sozinha o ofício de Luthier para fazer reparos em seu instrumentos e não admite que ninguém toque em seu violino, sua obsessão é tanta que a faz entrar em brigas e discussões intermináveis com pessoas de todos os tipos - a que mais sofre com isso é Lady Docinho da trupe.

Na maior parte do tempo, Annie está mal-humorada, com sono e tocando o seu violino. Ela se expressa bem melhor pela música do que verbalmente - eufemismos sacanas são sua especialidade - ela tem uma certa xenofobia quanto a homens guerreiros e ridiculariza qualquer pessoa que considerar inferior (quase todo mundo).

Ela é uma menininha baixinha (1,60) de longos cabelos loiros ondulados e olhos verdes vivos. tem cerca de 16 anos de idade, usa só roupas pretas com detalhes prateados, sendo que um de seus dedos mindinhos não funciona bem por culpa de um acidente em montaria, arrasta os "R"s em sua fala e gosta de coisas vermelhas e verdes. Suspeita-se que ela tenha daltonismo. Ela esconde uma tatuagem de uma rosa vermelha feita pelas Amazonas em seu ombro esquerdo, perto do coração.

Sua perícia com armas brancas é média, sua arma favorita é adaga e tem acuidade em arco-e-flecha. Por ser uma ladina inexperiente, ela é mais punguista (batedora de carteiras) e tem um blefe bom.

Ultimamente ela conseguiu ir para Vectora sozinha e cortar os cabelos abaixo da orelha e pintá-los de um vermelho intenso. Lady Docinho e Tutora Rosinha tiveram um ataque quando viram a menina daquele jeito. Seus palnos de vida são:
# Tocar na trupe e ganhar dinheiro;
# Ver uma apresentação do Hamstáin na Taverna do Beco 13;
# Ter uma filha e ensiná-la os preceitos das Amazonas de Gorendill.