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28 março 2018

sobrevivendo na administração

Irei falhar miseravelmente nas aulas de administração.
Por que?
Porque passo mais tempo observando a dinâmica de estudantes com a aula do que realmente prestando atenção no conteúdo.
(Não tem como desligar esse modo cientista-analítico, não tem! Não quando é tão peculiar!)

Eles têm diversas formas de expressar dominância uns sobre os outros, a vestimenta, as conversas altas, por que as meninas sentam na frente e os rapazes no fundão? Há a questão também de haver alunos mais novos que frequentemente confundem a sala de aula com pátio de escola.

Ainda tou tentando compreender como eles funcionam, como eles enxergam o mundo, mas tudo parece um pouco forçado pra mim. Há uma camada de aparência ali que não me é tão feliz em perceber, como se todos os olhos estivessem vigiando cada um, pronto para julgamento, repreensão e vaias.

Oh acontece bastante na sala: sons altos demais para alguém que esteja estudando entenda o porquê estar acontecendo aquilo.

Então quando o fessor levanta aquela bandeirinha tímida do materialismo histórico, começam a elevação de voz até culminar em algo inteligível que denota oposição a qualquer tipo de pensamento além da visão empresarial-comanda-os-pobres-peões. E essa visão que me é ainda uma incógnita.
Na verdade já estive em um lugar assim por um tempo há anos atrás e era uma sala cheia de doutorandos em aula ouvinte de pós-graduação. A batalha de egos era eminente a cada aula e diferenças ideológicas visíveis.

Assusta?
Muito.
Ainda mais quando teu emocional tá abalado e oscilando entre o vulnerável para o extremamente frio-calculista.

Eu deveria prestar mais atenção nas aulas, fixar a matéria, decorar os nomes.
Tá difícil de entender como eles funcionam.
(Peraê, eles funcionam?! Porque parece um mundo de sonhos pra esses camaradas...)

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