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29 março 2017

espírito cibernético do Natal passado

Tem um episódio de Aquateen com esse título, decidi catar pra ilustrar o post. Sou horrível com títulos desde 1986.

Duas desculpas esfarrapadas para esse post!
1) deixar esse link pros episódios de Aquateen Hunger Force;
2) relatar algo bem interessante que ocorreu dias atrás.

Sacam aquele conto do Charles Dickens sobre o velho sovina que recebe a visita de fantasmas que falam alguma lição de moral pra ele ser bom, gentil, generoso e socialmente aceitável?

Bem, esses dias eu me vi com 61 anos, empolgada com livros de anatomia, deixando estagiarie aqui boquiaberte com a quantidade de termos técnicos e a avidez de querer entender o sistema esquelético. Havia a parte de discutir ética sobre algumas partes da ciência (embriões e sua anatomia nos livros mais acessíveis), mas eu me vi nessa senhora de nome bacana, manézinha que só ela e dando um show de quanto estava interessada em aprender mais sobre o nosso corpo.

Ao vasculharmos um livro com fotos de células que fazem parte dos sistemas, comparamos juntas em como pareciam com sorvete, salsicha, repolho e variados. Tivemos essa viagem intelectual juntas, eu me vi daqui há 30 anos como ela.

O tempo passou absurdamente rápido, o atendimento que faço no máximo 5 minutos, foi se meia hora, nem vi. E achei incrivelmente legal de saber que ela estava empenhada em fazer o trabalho mais interessante. E iria falar lá na frente também na apresentação.

Eu observo bastante as pessoas que entram e saem, vejo algumas nuances e rotinas, adoro quando encontro esses cúmplices de rotina, flanando sobre o balcão, rolando no tapete do setor infanto-juvenil. Sendo eles mesmos nessa inversão de valores biblioteconomísticos.

Eu me vi em relance daqui há 30 anos e tou feliz, acho que todo mundo deveria ter esse momento na vida pra começar a questionar algumas prioridades da vida.
Espero que tenham.

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