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30 novembro 2015

como fazer uma estagiária noobie entrar em pânico


Então ocorreu esse peleja de dimensões astronômicas no lugar onde estagio e se tenho uma vaga idéia do que seja um pandemônio armado, este seria o perfeito exemplo. 

Às vezes esqueço que sou estagiária. Muitas vezes esqueço que minha função se limita a poucas responsabilidades já  pré-estabelecidas, o problema é que não há alguém para fazer as decisões da biblioteca novamente e sinto aquele aperto ao deixar como está porque assim foi ordenado. 

Tenho uma preocupação imensa pelo que a garotada vai precisar durante esse tempo de recesso/talvez mudança de prédio. Eles estão na reta final do bimestre e não é legal ser jogado em qualquer lugar sem o mínimo de amparo pedagógico. Pelo jeito parece tudo bem, mas como é que faço como pseudo-bibliotecária? 

O prédio da escola foi dedetizado dezenas de vezes desde a quinta passada impossibilitando as aulas e qualquer outra atividade escolar/administrativa. Para a coleção de enfartos pedagógicos, veio o pessoal da dedetização com borrifadores, eu no encalço pedindo pelamoooooor não aponta pras estantes. NÃO APONTA PRAS MÓDAFÓCA ESTANTES!!

A mistura de veneno + poeira + livros não é legal, ainda mais quando você tem um público que costuma ser muito tátil (e senão às vezes palatal) com o acervo. Uma questão urgente de saúde pública, mas que realmente não deu tempo de fazer absolutamente nada devido o tempo que me foi dado para tomar alguma decisão. Não deu tempo de guardar os livros em sacolas, não deu para cobrir as estantes, apenas observei em terror como uma simples decisão sem o discernimento preciso da gravidade do ato poderia causar tempos depois.

A.k.a. eu tava apavorada. 
Pode entrar em pânico, produção?

Créditos para: Shokly Digital Art
Não tou sendo drástica, cês não me viram sendo drástica.

Mas como sou babaca - e quando digo isso é pelo senso comum, já que ser "babaca" é fazer aquilo que não precisa se fazer porque a responsabilidade não é minha, logo, eu deveria ficar calada, quieta, sentada de braços cruzados e jogando angry birds no meu celular enquanto vejo o circo pegar fogo - tentei pensar no que faria caso a escola fosse para outro lugar, o que levaria de emergência para tapear um pouco a falta que o lugar físico do acervo faria diferença na vida dos alunos.

FYI: secretamente gosto de ver o circo pegando fogo, mas é porque meu cérebro já tá maquinando para apagar o fogo, seja lá onde ele tenha surgido.

Aí barramos com a problemática desse post: a responsabilidade NÃO É minha.

O que mais escutei esses dias é que eu não posso fazer nada. Não devo fazer nada. Não tem como fazer nada. E não dá pra virar pro camarada e dizer: I DO WHAT I WANT CAUSE I AM A PIRATE!!! Ou Bibliotecária, ou algo aproximado a isso. Sim, eu posso fazer. Eu preciso fazer, não é justo não fazer e deixar outros que não fazem a MÍNIMA IDÉIA fazerem e não entenderem o quanto isso é importante para a comunidade escolar.

E também porque entrei em estado de choque na sexta passada.

Fui ver a situação e meu estômago deve ter feito contorcionismo de tanto nervoso. A coisa tá feia. Nem vou dizer que a minha cabeça explodiu, minhas pernas falharam e deu vontade de sentar ali mesmo, no meio da biblioteca e chorar.
(Mas não, preferi ser mais idiota ainda e bater boca com a administração da escola sobre o que levar ou não para o novo espaço)

Acho que os bibliotecários de Alexandria devem estar patting minha cabeça e falando: "Oh dó, oh coitada...". Se essa foi a minha reação ao ver uma dedetização sem cuidados prévios, não quero nem ver alguma biblioteca pegando fogo.

Talvez esse tenha sido o Wake Up Call de me desapegar do local. De saber que daqui alguns dias não estarei mais com eles e que o processo de chamar por mais 6 meses vá demorar. Talvez seja uma daquelas pegadinhas do Universo em sua sábia ironia me dizendo: "Hey, cê fez o que tinha pra fazer, bora ganhar mais XP pra próxima fase..." - ou talvez seja o resultado de um acidental giro na ignição do Gerador Improbabilidade Infinita.
(Que nenhuma pulga tenha dito "Ai de novo não..." e me volte como um jarro de tupilas)

Enquanto a situação não se resolve, vou perdendo meu sono com ideias malucas de como resolver a situação, ou de já me prontificar a entrar no ambiente inóspito e limpar o acervo, um a um, livro por livro, até ter a consciência limpa de que a responsabilidade não é minha, mas pelo menos fiz alguma coisa. Ou posso ficar aqui em casa, desejando ávidamente a minha rotina de volta e ser distraída por dois gatos do barulho que aprontam muitas confusões.

Venimim Enfarto-pedagógico!!


Se você entendeu as referências para Guia do Mochileiro das Galáxias, vai saber o quão desesperador a situação está sendo para minha pessoa.

28 novembro 2015

Ou o nível de amadurecimento cresceu para eu não dar mais a mínima para as coisas que costumavam me tirar o sono. Ou o nível de irresponsabilidade aumentou para causar o mesmo efeito.

É dificil saber quando esses dilemas acontecem.

sonhos estranhos com detalhes - ultimato de personagens favoritos

[Esse post é para eu me lembrar que preciso levar mais a sério a escrita literária. O Projeto Feérico tá parado faz tempos e não continuo por pura distração, procrastinação, medo ou sei lá o quê]

Fazia tempos que não sonhava com a Ângela Maricotinha da Silva Sauro dando pitaco nos meus sonhos, acho que meu cérebro foi induzido pelo excesso de adrenalina de ontem com o cd novo do The Corrs.

A criaturinha vestida como um acidente de carro estava comendo na minha cozinha (óbvio) e fazendo alguma coisa no meu celular, mas acho que era o celular dela, mas parecia com o meu, sei que saí do quarto e perguntei pra ela se queria café e talz - coisa de anfitriã nada organizada como eu faço - e aí ela emendou que já tinha feito e tava esperando o ônibus para voltar pra casa.

Até aí tudo bem, dá para se relevar um sonho sendo comum com algo do cotidiano acontecendo - não que eu vá ter gente na minha casa todos os dias, muito difícil - mas aí ela mastigou o biscoito que tava na mão e terminou de escrever algo no celular e me olhou. O diálogo a seguir foi feito em um inglês confuso com sotaque redneck e com um certo tom histérico vindo de minha parte.

Bem, a Angie disse que tava morta (???) eu entrei em modo WTF NÃO A MINHA PERSONAGEM FAVORITA!!!, mas ela me acalmou dizendo que sempre foi assim, meu costume de matar os protagonistas tinha que se perpetuar. Aí barganhei dizendo que matava qualquer outra pessoa, todo mundo se necessário, não ela, mas ela falou que não havia happie ending para essa história (Da onde ela tirou isso, pelamor?! Vai ser um livro infanto-juvenil, por que não tem final feliz?!) e eu neguei de novo e ela disse que eu disse isso, repliquei que não, ela disse que sim, que eu tinha pensado nisso a semana inteira, mas ela podia voltar nos flashbacks. Mas aí eu disse que se ela morresse a história toda perdia o sentido, que não tinha como continuar, que Dr. Horrible não precisa ser levado ao pé da letra em certas narrativas e ela me abraçou do nada e bateu de leve na minha cabeça e respondeu apenas: "Cause I told ya so." 

E foi embora, me deixando no meio da sala pensando WTF a minha personagem de RPG e futuro talvez-bem-mais-lá-na-frente livro me dar um ultimato que ela morreria na história.
Why Angie, why fucking why?!
Se veio para me dar um empurrãozinho pra escrever, não precisava vir de sopetão, oras!

Ps: Sim, vou voltar a escrever, beeeesha drástica, mas só depois de terminar de ver Lost Girl.
Ps²: Se algum outro personagem meu aparecer em sonho pra dar o sermão que preciso voltar pro meu ofício primário, VAI GANHAR A VAGA DA ANGIE!! (a.k.a. mato sem dó).


[Edit] Pensando bem, com essa mudança de plot dá pra encaixar a desculpa do Devorador de Sonhos... Hmmmmmmmmmmmmmmm... Well done little redneck...

27 novembro 2015

the corrs - white light

PARA TUDO PARA TUDO NA GRÁFICA MOTORISTA QUERO DESCER PAAAAARA COM A MOTO NA BR QUE NÓS VAMOS BATER BERENICE!!!!!!!

APENAS PAREM E ESCUTEM!!
ESCUTEM!!



Agora deixa eu ir ali ter uma síncope neural e emotiva em nome do fangirl irlandesco pela banda mais awesome de toda Arda.
(Obrigada deuses, obrigada por me darem esse presente num dia tão ferrado como esse!)




Abaixo do link tem entrevistas sobre o novo álbum.

26 novembro 2015

combo duplo do 5º semestre

Estou na 5ª fase, mas não estou.
Retorno de graduado é meio que nem consórcio de carro.
Pego o número, espero minha vez depois de um tanto de gente, levanto a mão quando quero dar o lance, para aquele carro bacaninha que estava planejando ter, vai pra outrém, levanto de novo para pegar sei lá, um carrinho menos possante, mas hey! Também tem suas vantagens... Nope, não dessa vez. Aí exausta de levantar a mão pra conseguir um lance, vem aqueles modelos de carros que quase ninguém quis ou geral quis e desistiu no último minuto.
(Apenas um aviso, quiançada: tem uma parte do Tártaro exclusivo para vocês que pegam as disciplinas obrigatórias e desistem na 1ª semana)

E por aí eu vou.

Empurrando as gestões gestionadoras para beeeeeem lá na frente, aproveito as má-deixas de disciplinas que aparecem no curso. Todo semestre eu tenho que calcular a quantidade de enrascada que vou me meter por pular fases e praticamente ler o plano de ensino de cada professor para poder me nortear. Já me arrependi algumas vezes de não ler e ver que a matéria era pesada demais para mim (Vide semestre passado!), então ser razoável com a quantidade de informação filtrada na minha cachola é saudável para minha linda e desesperada sanidade.
(Abençoa Cthulhu...)

Aí às vezes eu acerto no levantar da mão e ganho um combo duplo de Fontes de Informação e Serviços de Informação com duas professoras super dedicadas ao que ensinam.

E é um milagre, porque as duas disciplinas se entrelaçam bem par a parte prática de qualquer estagiárix/projeto de bibliotecárix que não faz a MÍNIMA idéia de como manter o barco navegando mesmo quando o capitão está seilá... servindo ao Davy Jones.
(Referências, nenê. Referências.)

O barco que eu tou navegando tá indo bem - apesar da infestação de insetóide maledeto que ocorreu durante a semana passada - e me sinto à vontade para dizer o quanto tenho orgulho de participar dessa comunidade escolar. A escola me toruxe grandes experiências, me fez ter perspectivas melhores para minha profissão e minha carreira e também me deixou uma lição boa de humildade com aqueles que fazem a Roda girar. Estar entre a galerinha de estudantes, ali na linha de frente no balcão, auxiliando como dá, ajudando como é possível chega a ser a melhor forma de fazer algum papel de cidadã que já tive oportunidade. 

Estar na biblioteca escolar me ensinou que a teoria do curso tem que estar mais do que em sintonia com a prática lá fora, tem que acompanhar os setores com mais carência de bibliotecários e profissionais da informação. A gente (acadêmico, corintiano, sofredor...) PRECISA saber como é lá fora enquanto estamos DENTRO da Universidade, nem que seja por 1 mês. Não precisa ir muito longe, não necessita estar no meio dos engravatados ou os cheios de firulinhas, dá uma olhadinha ali na vizinhança e verifica como é a biblioteca escolar da unidade mais próxima.

O combo do 5º semestre me ajudou a rever meus conceitos mais práticos, como perder o medo de improvisar quando é necessário fazê-lo. O de encarar a demanda como parte essencial do meu trabalho, as mudanças repentinas como rotina e a maluquice geral como o usual. E olha, o que a gente escuta em balcão de biblioteca não tá no gibi...

21 novembro 2015

[contos] Feéricos - fios emaranhados

[FYI: estava um pouco alta ontem com cerveja de abóbora no sistema circulatório. Saiu isso. Agora relendo, vejo que há um futuro para o rascunho, mas vou arrumar as arestas fora de esquadro aqui, eita... Ps: a cerveja é até gostosa, tinha gosto de canela + cravo + abóbora + pimenta]

Arte: Parisian Cafe/Le Petite Rolleback por S. Sam Park

Título: Fios Emaranhados (por BRMorgado)
Cenário: Projeto Feéricos.
Classificação: 14 anos.
Tamanho: 4230 palavras.
Status: Completa.
Resumo: Angie recebe um convite para um encontro com velhos amigos. O que ela não esperava eram as novidades serem além do que planejava originalmente.
Disclaimer: Esse conto faz parte de algum rascunho perdido meu do Projeto Feéricos que vocês podem ver os pedaços sendo costurados aqui nesse post [x]



Encontros formais me deixam com vontade de dormir. Escutar a Realeza sempre me deu sono. Os ricões não sabem contar boas histórias, aquelas que deixam a gente sem pregar os olhos por dias imaginando os desdobramentos dos acontecimentos. A magia do contar histórias tá meio mortinha entre eles. O contar dinheiro e posses, beleza, fábulas para a quiançada? Nope.

Bem, são poucos que me fazem sair da Metrópole às 7 da madrugada para aparecer em alguma viela sei lá aonde nesses trods da vida bem na frente de um café com arzinho parisiense. Tou sabendo da agitação esses dias aqui nas quebradas, não gosto de me meter com política feérica, muito menos dar pilha para hobgoblins só esperando uma oportunidade para mastigar os crânios da gente. Sinceramente, entre a brutalidade dos hobgoblins e acordar antes das 7 da manhã, fico com a primeira opção.

(Deuses sabem o quanto é um pecado fazer uma nômade como eu sair do quentinho de debaixo das cobertas em um dia particularmente frio e chuvoso na Metrópole, após dias de intensa investigação furada com os Caçadores de Quimeras. Heresia, eu diria. Mas quem sou eu para professar alguma coisa? Sou só a garotinha do Caminho Prateado, ninguém tem que prestar atenção em mim não.)

Aqui estou eu, me arrastando sem meus saltos 15, mas de chinelos. Não custa nada ser um pouquinho de casa aqui nesse canto do mundo, até porque essa cidade é o ícone do relaxamento fofo do romantismo barato. Eu que não acredito mais nesse tipo de coisa faz tempo, vou preparando as caraminholas da cachola para ouvir o que eles têm a dizer.

Seja lá o que for, deve ser muito urgente.

interlúdio - mãos e constatações

Parece maluquice, mas a primeira coisa que percebo nas pessoas são as mãos.

As mãos revelam tudo: no que a pessoa ocupa o tempo, como ela reage as coisas, etc. Mãos me dizem mais coisas que olhares, ou aquela maldita sobrancelha expressiva. Mãos me dão um panorama completo de uma especificidade clandestina.

Prestar atenção em mãos vem sendo bem educativo desde criança, desde a observação da escrita ou os gestos nervosos de ansiedade, até o carinho suave no meio da noite. Mãos também fazem parte de abraços e esses são raros para durarem mais que 30 segundos no meu caso.

Os pesadelos recorrentes que tenho desde que entrei na vida adulta são de ter as mãos atadas, ou mutiladas, ou sei lá, sem mãos. Eu não conseguiria me imaginar sem elas, as duas formando uma ferramenta simples de produção intelectual, mas também de primária sobrevivência. Mãos me lembram do passado, principalmente aquele que a mente vai apagando conforme o tempo que passa, algumas eu já tive impressão de conhecer de outras vidas ou universos paralelos, outras me surpreenderam pela força em um corpo tão frágil. Poucas me tocaram de verdade, poucas conseguiram segurar o meu braço para evitar que eu fizesse algo imprudente ou impulsivo.

Um cutucar de dedos já me acalmou das piores explosões de humor. Mãos fazem parte do meu arquivo de fotografias mentais.

Hoje segurei a mão da minha mãe. As dela sempre me fascinaram por não serem relativamente desgastadas pelo tempo, pela lavação de roupas no tanque, pelos trabalhos manuais que realizava, pelos trabalhos domésticos, pela vida que levou desde pequena. As mãos de minha mãe tem veias protuberantes, fazendo um caminho tortuoso entre as costas até começo do antebraço. Hoje percebi que as mãos de minha mãe estão velhas.

Ao segurar e acompanhá-la de volta para a estação de ônibus quase me fez cair aos prantos. A minha véinha está ficando velha mesmo. Não há como retroceder, as mãos dela estão mostrando isso. Todos os anos de labuta, afirmação de personalidade, liderança natural, possessividade materna incomum, todos estampados ali. As mãos dela me dizem muita coisa, as lembranças que tenho dela atravessando a rua conosco de mãos dadas (Mesmo não precisando), as mãos preparando a comida do dia, os bolos que ela tanto se orgulha em fazer, inventando moda com retalhos e na costura, essas mãos me ensinaram a contar, a abrir portas, a cuidar do Hank quando ele precisava de toda atenção. Essas mãos jamais encostaram em mim se não fosse para me ensinar algo. Essas mãos nunca deixaram marcas em mim por desobediência ou traquinagem. E as mãos dela estão velhas.

Isso assusta pra caramba.

Peguei-me voltando para meu trajeto na formação de bibliotecários segurando o estômago na agonia de querer chorar um bocado. Não sei se sinto falta de me sentir super protegida por ela ou se sinto culpa por tê-la deixado sozinha para viver a minha vida aos trancos. Aquelas mãos sempre me apertam nas omoplatas - ou como ela fala: "as saboneteiras" - para verificar se estou comendo direitinho, se estou precisando de algo, elas também insistem em arrumar minhas roupas amassadas de longas horas dentro de ônibus para me deixar mais apresentável.

Realmente eu não sei mais o que sentir quando vejo as mãos dela. Porque elas estão velhas, enrugadas e provavelmente não estarão mais tão firmes como costumava ser quando eu era criança. Sei que costuma ser o ciclo da vida, que não há como impedir que o tempo vá trazendo essa certeza tão certeira desde que nascemos. Mas assusta e eu não parei de pensar nisso o dia todo.

Acho que nunca vou ter certeza se aquelas mãos vão passar todas as lições que aprenderam durante a vida dela, só queria que ela não soubesse que percebi nisso hoje, que ela está envelhecendo e isso me assusta muito.

16 novembro 2015

paródia let's dewey it




O que fazer dentro do busão quando há engarrafamento na 403 saída Ingleses? Acabo escrevendo paródia...

LET'S DEWEY IT
Ou a paródia pro pessoal do processamento técnico. (Pois nós sabemos o valor precioso que vocês têm em nossas vidas!)
Música incidental? Claro que tinha que ser Professor Elemental.

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Eu passo parte da minha vida sempre atrás das estantes
O que pode ser bom, mas pra você parece irrelevante
Vamos começar desde o início
Antes que você ache que eu deva me jogar de um precipício

Let's Dewey it
Sou eu, aquele não aparece!
Não dá as caras no balcão, mas minha decisão prevalece
Eu catalogo e classifico,
Não é nenhum robô, sou eu mesmo que indexico
Se os livros estão em ordem nas prateleiras
Você devia agradecer minhas detalhadas maneiras
Eu uso os melhores gerenciadores de acervo
Mas é a minha cachola que recorro no aperto

Let's Dewey it
Nada tema, não precisa memorizar
Temos um manual enorme pra só bibliotecário decorar
Nossa ordem é diferente, nosso código parece incoerente
Mas pra você achar um livro é mais rápido e eficiente

Let's Dewey it
Antes que eu perca um parafuso
Meus manuais estão sempre aqui, são eles que eu uso
Let's Dewey it
Ostentando é pouco, tenho a CDU sim
Gastei todo o orçamento de 12 anos e mesmo assim
Let's Dewey it
E quando não tem ficha catalografica no bendito livro
Me encolho no lugar, pra eles eu suplico:
"Por favor Ranganathan-Dewey-Otlet me ajude,
Será que esse vai na Economia ou pra area de Saúde?"

Let's Dewey it
Na graduação você já pode me reconhecer
Sou justamente aquele que tira nota máxima em LD
Vou até fazer um rap com termos de um tesauro
(Com o que posso rimar? Posso usar um dinossauro?)

Let's Dewey it
O que posso dizer? Sou bibliotecário catalogador
Meu paraíso é a Library of Congress, mas também uso buscador
Porque quando não tem jeito, sem registro no acervo
A gente reza pra Santo Ranganathá e espera um acerto

Let's Dewey it
Pensa que é tão fácil assim?
É só olhar no manual e o número faz plimplin?
Vamos lá, pessoal, me dêem um pouco de crédito
Minha vida sem o processamento técnico seria um puro tédio

Let's Dewey it
Apenas peço aos meus caros miguxos da Biblioteconomia
Catalogar não é luxo, é necessidade de todo dia
Ajudem uma pobre alma, aquele usuário perdido
Não precisa decorar os números, esse é meu serviço
Fiquem à vontade, o acervo é pra usar
Eu catalogo, classifico, indexico pra facilitar

11 novembro 2015

sucinto srsly assunto


...
...
...
...

É realmente estranho chegar no chegado a você e jogar a real de que você está na bédi da depressão.

sobre relacionamentos (e os fins)

Olha que estranho! Eu sei dar indireta também!


04 novembro 2015

amor em suas particularidades - relacionamentos de longa-distância

Palavras sábias do @Berlin-artparasites.


I believe throughout our lives we meet more than one person who can be destined to be “the one”. I’m not preaching for...
Posted by berlin-artparasites on Terça, 3 de novembro de 2015

02 novembro 2015

interlúdio - autonomia



[...] I stared into the light
To kill some of my pain
It was all in vain
Cause no senses remain
But an ache in my body
And regret on my mind
But I’ll be fine

Cause I live and I learn
Yes I live and I learn
If you live you will learn
I live and I learn


Autonomia é uma palavra que assusta.
Para o mais sábio, o mais burraldo, o menos ajustado, o super engajado, autonomia conota algo como um superpoder.

Quem dera.

Substantivo
au.to.no.mi.a [feminino]
1. capacidade de fazer as coisas independentemente, por si só.
2. distância que um veículo percorre com o combustível na capacidade máxima

Etimologia
Do Francês autonomie, derivado do Grego αὐτονομία, -ας: αὐτος próprio, si mesmo + νόμος lei, norma, regra