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30 abril 2015

direto do passarinho azul

a tia futura

O papo era o seguinte no ponto de ônibus:
(Não deu para evitar de não escutar, mesmo com fones de ouvido, ponto cheio, trânsito intenso, etc)

Duas garotas (novinhas, menos de 18 provavelmente), falando abertamente sobre relacionamentos e o quanto alguns estragaram a percepção de finess sobre o Amor para elas. Pena.

O papo continua (eu tremendo de frio), algo sobre o que se busca para o futuro em questões de coração e cobertor de orelha, para então, no súbito calor da discussão chega-se a uma premissa que já ouvi muitas e muitas vezes em papos anteriores com rapazes sem nenhum miolo perceptível em funcionamento:

Apenas cale a boca, sim?
" - Vou casar é com uma tia, viver às custas dela, lavar, passar, cozinhar, levar pra cama, tudo sem eu ter que mover um dedo."

Okay.

Primeiro de primeiro de tudo, a pessoa (a novinha nº1, vamos apelidar assim?) claramente expressou que precisa de uma segunda mãe pelo jeito, não alguém para viver um relacionamento. Freud explica (ou complica).



A novinha nº 2 concordava com ênfase, pois parece que seu coração estava com buraquinhos (E não podia mais curar...)No just nooooooo!! Vocês já conseguiram chegar bastante longe em serem duas mulheres independentes, poderem falar sobre qualquer coisa sobre a sexualidade de vocês sem ter vergonha e receio e me vêm com essa?!

Segundo: W IN TF repetindo o mesmo discurso dos marmanjos mandriões apoiados na fala desrespeitosa do não-compartilhamento de tarefas, responsabilidades e etc, etc, etc?! Why fecking why?! Por que gastar o teu tempo ao lado de uma pessoa apenas para isso?! WITIDE!!



É como ser jogada para uma dimensão paralela em que a medievalice e a burrice se expressa de maneira menos saudável e mais palpável. A conversa ficou na minha cabeça durante a viagem, porque além de ser absurda (Eita), tocou em um ponto pertinente na educação besta que recebi: eu não quero ser essa tia.

Autonomia é algo que prezo muito, e a possibilidade de ter alguém assim - literalmente sugando a pessoa com quem está, seja ela de qual gênero ou preferência sexual que for - me dá ânsia de faniquito de ignorância em terceiro grau. A vibe no ponto do ônibus deve ter miado, porque não tinha como continuar escutando o papo sem querer botar meu almoço pra fora. Duas novinhas sem miolinhos provando mais outra vez que precisamos miorar e muito pra não deixar essas coisas serem perpetuadas.

Gente, século XXI em Florianópolis, a capital mais acolhedora para o grupo LGBT. NÃO ESTRAGA A POWHA REPETINDO DISCURSO MACHISTA!!

Como alguém muito sábio já dizia: mente vazia, oficina de Titi.
(Não o Tiririca, mas o outro rapaix)

29 abril 2015

sonhos estranhos da tarde na biblioteca


Às vezes eu não gosto dos meus sonhos - porque os levo muito a sério e Freud explicaria isso com alguma teoria chata - eles me parecem ser reais demais em algumas ocasiões.

No cochilo de hoje durante o almoço (E que durou o almoço inteiro, logo eu sem almoço, então sim, estou com fome) sonhei que havia alguém na biblioteca (de novo, a última vez foi um senhor de terno carregando uma caixa e que eu só conseguia ver as pernas e não o rosto). Dessa vez era alguém sentado do meu lado, onde eu dormia e estava falando algo sobre não desistir.

O pouco do discurso que peguei foi aqueles clichêzões de "vai dar tudo certo", "você tá mandando bem", "apenas mais paciência pra não se afobar". Eu sei lá se a pessoa tava falando comigo ou com ela mesma. era uma jovem de alguns anos mais velha que eu, roupas simples e creio que de época mais antiga - anos 40/50 talvez? - cabelos enormes e escuros e o rosto como sempre: não dá para ver.

Eu sei que fiquei parada no meu lugar deitada - e era o mesmo lugar onde eu dormia aqui na vida real - ouvindo ela e franzindo a testa pra tentar entender o sotaque. Porque sim, ela tava falando em outra lingua comigo e eu entendia tudo. Tinha alguma coisa na mão dela, não sei se era um lenço ou uma folha de papel, mas ela tava segurando com muita firmeza.

Deixei ela falar, fiquei observando, tentando pegar todos os detalhes, mas aí do nada acordei com o barulho da escola voltando a ativa. Eu estava no mesmo lugar onde me deixei no sonho, na mesma posição de dormir.

Eu parei de acreditar nessas powhas de coincidências (E ultimamente andam batendo na minha porta que é uma maravilha), mas o feeling de estar ao lado da moça era de velhas conhecidas - a  voz principalmente, já te ouvi em algum lugar pessoa. Não fiquei com medo nem nada, apenas a ouvi porque acho que isso seria o que eu deveria fazer naquela hora.

Sinceramente: não gosto de sonhos assim.
Me fazem ter esperançinha besta de acreditar em qualquer outra providência adivinhatória do Destino.
(Chega disso, apenas chega.)

28 abril 2015

perda de tônus muscular, eu tenho

Eu vejo e rio, aí lembro de mim mesma. Oh crabs!
Cataplexia, estado estranho em que seu  corpo para de obedecer sua mente e simplesmente se deixa amolecer após emoção muito forte.

Cerca de 70% das pessoas qu sofrem de narcolepsia (Ou tem desconfianças sobre isso) tem esse sintoma logo de cara. Uma pena, porque o suco de morango que eu tava tomando era gostoso, já o chão deve ter gostado do que caiu.

Derrubar a caneca foi o estopim para algumas formulações sobre o que possivelmente me acomete às vezes. Se é narcolepsia, então é melhor consolidar isso como volta de uma prioridade chata a se cuidar.

Venho observando essa semana que os episódios de perda de tônus andam se repetindo de forma inesperada, sendo carregando coisas, sendo após tirar o peso da mochila das costas, ou saindo do banho. Das vezes em que aconteceu foram brandas, algo como o falhar do braço, cabecear de sono, os joelhos dobrarem (Ooooooooh tá explicado eu não conseguir ficar de pé quando estou excitada!) e poucas vezes a perda total e cair ao chão.

Isso de cair totalmente era quando eu era adolescente e tava uma pilha ferrada de nervos e tinha que fingir que estava tudo bem pra não preocupar ninguém.

O ruim disso - além da vergonha chata de deixar cair a caneca com suco bão - é a leseira que acomete um tempo depois. Como se já não estivesse cansada o dia inteiro (WTF is that? Nem estressada eu tou!), ainda passo por esse aperto nos momentos mais aleatórios.

Foi-se o tempo em que acreditei que era falta de fluxo energético (Não,não é, a minha mente tá tão ativa nessas horas que quando há a falha de músculos, fico mais overdrive ainda) e ando me cuidando pra não adormecer o tempo todo em lugares públicos. Acabei dormindo na aula, né? E recebi um olhar nada lindo da professora. Olha a espiral virando pro meu lado, geeeeeente!

Em breve, mais capitulos sobre episódios chatonildos de desconfiança hipocondríaca que sou narcoléptica.

direto do Facebook


[video] ed sheeran - give me love

Postei A-team uns dias atrás, mas caramba! Essa música anda me perseguindo na playlist :3


(Sawrry, not so sawrry)

Acho fofo o modo como os vídeos dele direcionam pra algo mais fantasioso, I approves totalmente.

Give me love like her,
'Cause lately I've been waking up alone,
Paint splattered teardrops on my shirt,
Told you I'd let them go,
And that I'll fight my corner,
Maybe tonight I'll call ya,
After my blood turns into alcohol,
No, I just wanna hold ya.
Give a little time to me or burn this out,
We'll play hide and seek to turn this around,
All I want is the taste that your lips allow,
My, my, my, my, oh give me love,
My, my, my, my, oh give me love,
My, my, my, my, oh give me love,
My, my, my, my, oh give me love,
My, my, my, my, give me love,
Give me love like never before,
'Cause lately I've been craving more,
And it's been a while but I still feel the same,
Maybe I should let you go,
You know I'll fight my corner,
And that tonight I'll call ya,
After my blood is drowning in alcohol,
No, I just wanna hold ya.
Give a little time to me or burn this out,
We'll play hide and seek to turn this around,
All I want is the taste that your lips allow,
My, my, my, my, oh give me love,
Give a little time to me or burn this out,
We'll play hide and seek to turn this around,
All I want is the taste that your lips allow,
My, my, my, my, oh give me love,
My, my, my, my, oh give me love,
My, my, my, my, oh give me love,
My, my, my, my, oh give me love,
My, my, my, my, oh give me love.

27 abril 2015

[dica de site] mangaka kita konno

Faz tempo que li essas duas pérolas de shoujo-ai da Kita Konno e então fui resgatar se havia continuação. Não, não teve, mas a menina ficou conhecida por um outro mangá chamado Cotton.


26 abril 2015

S01E01 - Ato I: Os Caça-Quimeras - Capítulo 1

Chapters: 1/?
Fandom: Original Work
Rating: Teen And Up Audiences
Warnings: Creator Chose Not To Use Archive Warnings
Characters: Angela, Raine, Toby, Emilio, Smithens, Prince, Madame Fabulária
Additional Tags: fadas, feéricos, quimeras
Summary: Uma metrópole comum em algum lugar do mundo.
O grupo de caçadores liderado por Raine é especializado em capturar criaturas criadas pelo imaginário dos Filhos-Mais-Novos (os humanos) e pelo seu próprio povo (os feéricos), manter tudo na devida ordem e paz nunca foi tão difícil até encontrarem um desafio a altura.

(História original, para mais informações visitem: http://tinyurl.com/feericos)


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É noite na Metrópole e há traços de chuva torrencial por todos os lados.

O cenário é debaixo de um viaduto de concreto, uma aglomeração de poucas pessoas em um trailer de cachorro quente ao lado de uma construção não-acabada de um edifício de muitos andares. Mesinhas amarelas de plástico com cadeiras e banquinhos de diversos formatos estão espalhados uniformemente perto do trailer, alguns clientes estão ali, aproveitando o final da noite para lancharem, um grupo de trabalhadores está em uma mesa dupla. O barulho da chapa fritando ovos e bacon é o som que mais se ouve, um homem alto de aproximados 30 anos, impecavelmente vestido encara seu smartphone com certa adoração e recita:


"A chuva da noite caía implacável no grosso teto de ferro escuro, uma dessas maravilhas da Humanidade depois que descobriram que podem moldar aço com fogo e martelo. As cristalinas gotas que se turvam com o cinzento de uma cidade que nunca dorme, turbulenta por sua ferocidade de concreto e óleo, como uma grande máquina alimentada por esperanças, emoções e sonhos. Pobre és chuva da noite por tocar chão tão..."


 - Quer parar de filosofar sobre a chuva? - disse o mais baixinho, cara emburrada e enfurnado na capa de chuva amarela berrante que cobria seu corpo atarracado.

 - Atrapalhas o dom de um poeta? Como ousas...? - respondeu o que segurava o celular novo, reluzindo a capa de prata e uma correntinha de ouro maciço no pulso. Ele desligou o aplicativo de gravação de voz e certificou-se de que não havia mensagens ou ligações novas na telinha de pura tecnologia.

 - Desde quando trambiqueiro é ser poeta?

[continua...]

Para ler o texto na íntegra, clica cá!

como eu conheci a Bruna

Já pegando o embalo para a primeira postagem das 20 coisas para se escrever quando estiver em um bloqueio de escrita, bora então falar de uma pessoa que que tem o mesmo nome que eu xDDD

Write about what it was like when you first met your best friend.
Escreva sobre como foi que você encontrou sua melhor amiga pela primeira vez.

Oh well...
Era 1994, tinha acabado de mudar pro vilarejo brejeiro de Betinópolis, ainda carregada com o sotaque de manézinha da Ilha, sem entender porque pessoas seguravam minha mão, me abraçavam efusivamente e me tratavam como se fosse velha amiga delas.

Foi um choque cultural beeeeeeeeeeem demorado de se acostumar.

Estudava na 4ª série, com um sistema educacional totalmente diferente e a professora era uma senhorinha chamada Vânia (Sim, a mesma Vaninha da biblioteca!) que fez o possível para que eu me mantesse calada durante o tempo de aula e não fizesse bagunça por culpa do meu ligeiro probleminha de terminar tudo antes e pentelhar os outros.

Apesar de tentar enturmar com a turminha de meninas do voleibol e handebol, acabei grudada numa criaturinha loira, alta, de rosto redondo e risada alta. Único detalhe que me era estranho: ela era crente. Saião, cabelo enorme, roupas sóbrias, nada de TV em casa, não visitava amigos, no máximo fazer trabalho na escola. Supervisão maternal o tempo todo.

A mocinha tinha o mesmo nome que o meu e como uma boa aquariana orgulhosa de seu espaço, ela odiou isso hehehehehehehehehe... A Bruna A. se tornou uma companhia constante devido a proximidade no nome da chamada e por ter gostos peculiares sobre sacanear os outros - igualmente a minha pessoa, preferíamos fazer piada sem graça e rir de paródias musicais inventadas no teclado dela e minha voz esganiçada. Éramos as palhaças da turma, literalmente.

A afeição cresceu quando soube de como era a vida dela em casa - e ela soube como era a minha - imediatamente minha mãe superprotetora a adotou como filhinha do meio e por muito tempo ela passava lá em casa sem ter estranheza em ouví-la chamar minha mãe de mãe e eu de irmã.

Eu tinha 9, ela 11. A gente se entendia como podia. Muita coisa que ela sabia, eu nem passava perto, muita coisa que eu sabia ela bicava aos poucos. Nossos temperamentos sempre foram diferentes, nossos gostos musicais meio parecidos, mas a Bruninha era totalmente o oposto do que vejo em afinidade com alguém. Essa foi a base da amizade for real e bem, ela sempre foi minha melhor amiga.

A gente brigava mais por coisas bobas externas, por gente que tentava entrar na amizade, por ela ser mais velha, por eu ser mais nova. Foi ela a primeira pessoa que percebeu que era um problema eu dormir demais (Ela me cutucava nas aulas ou simplesmente jogava alguma coisa em mim), que eu falei que era lésbica, não media palavras pra me dizer o que sentia e de vez em quando (Assim raramente) deixávamos a fachada de "okay, somos birutas" e falávamos de coisa séria como relacionamentos, medos, certezas, vontades e etc. Spice Girls, Madonna, Fatboy Slim, muito da minha playlist recheada de pop e música eletrônica veio das tardes com ela.



Em 1999 a gente ficou mais uma perto da outra por termos mudado de escola, eu a via pouco durante a semana, mas os fim-de-semana eram praticamente dentro do quarto dela vendo MTV, ouvindo funk trash nas rádios clandestinas de Betinópolis, vendo Castelo Rá-tim-bum ou alugando filmes de comédia besta. Virou um ritual básico dela ir no Dia das Mães lá em casa, ficar com a gente no Natal e no Ano Novo.

A impressão que tive quando a vi pela primeira vez?

25 abril 2015

[video] Ed Sheeran - The A-team

Nisso que dá quando você ouve a música trocentas vezes sem prestar atenção na letra. A minha mania chata de só ouvir a melodia acaba me dando alguns probleminhas de entendimento depois. Minha impressão errada foi de achar que toda música feita pelo Ed Sheeran soa como algo fofo, mas não.

Aí fui ler a letra pra poder tocar no violão e blam! Porrada na cara no sentido de detecção de invisíveis:


E cacete, é cruel ver a letra transposta em vídeo de forma tão assim... real.
Achei o vídeo awesome de "A-team", mas que deu nó na garganta ao interpretar a letra pela primeira vez com imagem, ah isso deu. A música se refere ao tipo de usuário de drogas da classe A (As mais viciantes e danosas pro organismo) e que frequentemente acabam se rendendo a prostituição para manter o vício.

Sem mais palavras, esse cara sabe como escrever sobre temas polêmicos.

o post máximo de Carmilla the series

http://carmilla-feels-hq.com/post/117306522360/episodes-etc-episodes-1-36-additional-content

23 abril 2015

dia de São Jorge

Agora percebo de onde veio o código cavalheiresco absurdo
Escrevi esse post de pesquisa lá no Facebook há 1 ano atrás, mas transcrevendo pra cá:

Hoje é dia dele. Bora falar um tiquim de História?
Faz mal a ninguém...

Jorge de Capadócia - ou como ficou conhecido nos escritos da Igreja, tanto Romana quanto Ortodoxa - foi um soldado romano no século 3 lá na Turquia, de acordo com a tradição do catolicismo. Ele fazia muito bem seu trabalho como cavaleiro e de quebra espalhava a Boa Palavra  (Sabe? A Bíblica?) para quem quisesse ouvir.

O trem da lenda do dragão? Bem, tinha cada coisa estranha antes da Idade Média que não é bom duvidar se não existia esse tipo de bicho... Pode ser metáfora contra o Mal Supremo também, mas acredito piamente que era um dragão (Tipo, dragão mesmo, com asas e escamas e bafejando fogo e talz).

São Jorge é cultuado em quase toda parte do mundo (Até na Rússia!) e acredita-se que aquela manchinha na Lua Cheia é a silhueta do Cavaleiro com seu cavalo e espada, protegendo os meros mortais aqui de qualquer perigo. Ele também faz parte dos 14 Santos Auxiliadores (Santa Bárbara êêê eparrei? e Santa Catarina também estão nesse clube), padroeiro de uma pancada de cidade, dos fazendeiros, do povo Romani, das ovelhas (wat? frank? beeeeeh), dos pastores (bem, agora faz sentido), dos cavaleiros, dos soldados, policiais, ferreiros, escultores, caminhoneiros, dos corintianos (maloquêro, sofredor) e muito mais.

No sincretismo das religiões afro-descendentes - mais especificamente a Umbanda, a que tenho mais afinidade - temos ele como o Orixá Ogum (Senhor da Guerra), mas em Salvador ele é o Orixá Oxóssi (O Caçador).

E tem essa tradição muito awesome no Leste Europeu dizendo que na madrugada pro dia de São Jorge, todos os espíritos maléficos vão dar uma voltinha só pra levar sopapo do santo pra voltarem para onde eles não deveriam ter saído. Quem leu "Drácula" de Bram Stoker vai saber qual é do Leste Europeu pra essa crença.

O legal de pesquisar sobre o sincretismo de St. George por aí e encontrar o Tyr (O Deus Asgardiano ferreiro que fez a coleira para prender eternamente o filhote do Loki,o lobo Fenrir, e acabou perdendo a mão nessa brincadeira? Esse mesmo!) listado <3 - ele poderia também ter a comparação com Siegfried por causa do trem do dragão, maaaaas é uma longa história...


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Particularmente ele se tornou uma figura presente nas minhas orações - mesmo não sendo católica e mais ligada com panteões politeístas do que o covencional - sou inclinada a dizer que elas vêm sendo escutadas e muito bem aceitas, principalmente pra proteger o meu corpo contra qualquer mal que venha de fora (e de dentro também).

vida social e laboratórios de informática

Agora me recordo do porquê não ter vida social na PUC-MG: laboratórios de informática.

Quando o ano de 2004 se estabeleceu, a banda larga não havia chegado ainda no vilarejo brejeiro onde eu morava há 3 anos atrás. Betinópolis tinha lan houses, mas era no laboratório da PUC-MG que eu praticava minha escrita fabulosa em blogs de layout sem CSS e postava obsessivamente em fóruns de fanfiction.

Eram bons tempos.

Logo não me restava tempo lá fora.
Com pessoas de verdade.
Com conversas filosóficas movidas pelo Vazio da Existência Universitária.
Ou movidas pelo teor etílico na corrente sanguínea.

O laboratório era meu ponto inicial e final.

Triste.
Mas foi a vida.

E agora estou aqui plantada em um da UFSC porque o celular não consegue postar devidamente as coisas que quero.

Lição aprendida na Biblioteconomia? Com a palavra Chelsea Handler e sua eterna sabedoria:

"A coisa mais importante é estar bêbada" - amém!

Não que eu vá praticar sacerdócio pra Dionísio (Até porque não dá, meu contrato com Morfeu é vitalício), mas realmente a experiência de segunda graduação está mudando meus hábitos de socialização interpessoal de uma maneira meio estranha.

21 abril 2015

omoide no maanii [1 de 3] - a animação

Casa abandonada: ótimo lugar para se passear no verão.
[Edit 15/08/2015] Essa postagem será separada em 3 partes, essa aí embaixo da animação, a segunda será sobre a Trilha Sonora e a terceira e última sobre o livro que baseou as duas primeiras.

Para checar as postagens em ordem, segue:

[x] Animação - [x] Trilha Sonora - [x] Livro




Tá na hora de desidratar lentamente, minha gente! E nem precisa ser com 12 minutos de filme rodando... Okay Omoide no Maanii, que ganhou a tradução entrega-enredo de "Lembranças de Marnie" em Portugal, e aqui como "As memórias de Marnie" animação do Studio Ghibli do final do ano passado e com uma trilha sonora de cortar o coração mais duro, gelado, de pedra com Priscilla Ahn nos vocais e melodias tristes o tempo todo. Sim, é desse filme que estou falando.

A animação é baseada em um livro de 1967 da escritora britânica Joan G. Robinson, "When Marnie was There" (Tradução: Quando Marnie estava lá - um título BEM melhor), um misto entre infanto-juvenil e mistério. Até aí tudo bem porque nos trailers lançados desde ano passado a tendência era pensar que haveria algo sobrenatural no meio (A escritora era conhecida por seus livros tratando de temáticas mais delicadas como morte, família e fantasmas/bruxas, então dá pra tirar alguma conclusão daí!). Fui fuçar pra saber mais do enredo na época (E porque estava desesperadamente atrás da trilha sonora, gezuuuuuuis Priscilla Ahn ferrando com corações de menininhas da Clamp com aquela voz) e acabou que o spoiler maior do filme foi descoberto.


Como sou imune ao poder dos spoilers, não me deixei afetar pelo detalhe na época. Até porque Studio Ghibli é Studio freaking Ghibli, eles podem pegar a história mais batida do mundo (sei lá, Pocahontas?) e transformar em animação e eu vou chorar até dizer chega mesmo assim...

Já sabe né? Debaixo do link, spoilers e impressões sobre essa animação magnífica.

[Editando: quem quiser baixar o livro tá aqui - [Formatos: .E-Pub & .MOBI - idioma: inglês]

[videos] A bicha do demónio por ForeverNotYours

Faz 8 anos (2007) que fui introduzida ao canal de ForeverNotYours, alguém muito tr0ll lá de Portugal que fez uma compilação de videos sobre Senhor dos Anéis. Como não sou fã hardcore (Mas sou nascida e criada na Terra-média!) e muito menos levo muito a sério o universo filmográfico de Peter Jackson, resolvi prestar homenagem a genialidade da criatura que até hoje não descobri se é real ou não.



O importante é que a preciosidade está no ar ainda e pelo jeito vai continuar.
Que as irmãs de Pernambuco abençooooooem sua balada!!

Feéricos - contos para sonhar no Ao3!!

[Edit] terei que repostar again, porque fiz o favor de deletar o post com os Contos da Angie...


Okay, lá vou eu escrever de novo!

Nova sessão no Blog a partir do sábado que vem - quis fazer essa sexta, mas há outro evento feérico tomando conta das minhas noites e não há como me deslocar do outro lado do mundo paralelo para voltar a Metrópole de forma intacta  - sobre contos aleatórios coletados pela Eshu vestida como um acidente de carro.

Já tava demorando para tomar essa decisão, então em um momento de clareza delirante induzida por sono excessivo e arrastar para a minha caminha quentinha e linda, decidi que já tava na hora de postar o Projeto Feéricos de uma vez por todas. 

Como a quiança feérica não cala a boca nem um minuto, é impossível eu resistir aos impulsos de escrever coisas que não tem muito a ver com a história principal do Projeto Feérico, mas de certa forma estão atreladas ao universo que ando transpondo na escrita. Ela quer mais espaço, então terá, o que mais que essa menina vai pedir? Bananas dançantes? Brócoli-unicórnio lhama?

I can't Angie! Vai estourar meu orçamento!
Outro objetivo da nova sessão é refrescar o meu HD mental cheio de coisas para escrever, mas que não encaixam no Projeto Feérico direito, coisas que só a Ângela (agora com nome) captaria e conseguiria colocar em forma de palavras faladas, não escritas. Mais outra imperfeição do eu-lírico, méh.

Então bora sancionar isso logo: Feéricos - contos para sonhar - no Ao3.
Toda semana haverá um capítulo de no máximo 2 mil palavras ou que encaixe melhor na narrativa. Caso houver algo extra ou especial para colocar junto - backstory, fichas, curiosidades - postarei aqui com a mesma tag de Projeto Feéricos. Tá na hora de fazer a carroça andar, minha gente!

Muita música, prosa boa e finalmente tem que sair de algum ponto.
E comida. Tem que ter comida também!!

sobre a geração saúde que não consigo acompanhar

Oh dear Captain K-BearLuna me representa!!



"Sabe quando você malha tanto que seu corpo dói?"
"Não? É tipo que nem quando você come muito doce e fica com dor de barriga?"
Fá-la-la-la-la bem isso o resumo das minhas conversas com a geração saudável de Floripa


adendos do feriado

Sejemos onestos quiridus, Jozéfi Climber estáile.
A vida é uma caichinha de surprezas.
Às vezes é um quinderovo - com brinquedinho legau drento.
Às vezes é uma caicha vasia sem prástico bolha pra brincá.
Tem dias que tá bão, outros dias que tá pior.
Depende muito como varea a intensidade do sentir algumas coisas e ter amnésia quanto a outras.

E Tiradentes foi bode expiatório para os manés da Inconfidência. Quem pagou o pato maior foi ele por ser soldado raso e os "nobres" idealizadores do motim estavam a solta depois de terem pagosalguns milhares de réis para não serem acusados de "subversivos". Deu em powha nenhuma os esqueminha.

Ps: fandom de #Carmilla pirando na soda porque a série não ganhou nenhum prêmio no #ShortyAwards. É a v1d4 L0k4, manow.

Ps2: deixar o espírito de porco individualista de lado, vou postar o Projeto Feéricos no AO3, que se ferre direitos autorais, exclusividade e o sistema, quero é ter motivação pra escrever mais, gente lendo e construindo comigo esse cenário.

Ps3: a vida dá umas voltas tão engraçadas pra gente. Quando mal se percebe tá repetindo um padrão assinalado como perigoso para saúde emocional e não se senti culpada por isso.

Ps4: resolvi escutar Taylor Swift. Tá ouvível. Tá passável. Tá rebolável. Vou pros álbuns country dela. Maria Ev'Ângela Maricotinha da Silva Sauro se identifica e agradece por colocar mais pop-music na playlist *rebola rebola*


Ps5 e o mais importante: PENNY DREADFUL MÓDAFÓCA!!


18 abril 2015

as estatísticas

Fonte: http://www.creationwarrior.net/
Lembro muito bem de uma professora na Letras mostrando alguns dados sobre hospitais de Belo Horizonte e como após às 3h da madrugada o número de pessoas que morriam crescia estranhamente. Interessante pensar que nessa mesma hora a conclusão que chego sobre a vida, o universo e tudo mais é que não adianta pensar em coisas escabrosas e pegar atalhos pra arrancar memórias e dores daqui de dentro, porque não vai adiantar. 

Essa hora é péssima pra se manter acordada, nada de produtivo sai e muita idéia errada de Wanderley aparece sussurrando nas oreia. A coisa meio que piora quando se tem essa noção de que é bem mais calmo quando se está sozinha, mas igualmente angustiante. O autocontrole está sendo uma bênção que não sei da onde vem (do Mar? Dos ventos? Da genética?). 

E lembro que tenho um show do U2 pra ir, uma Ammë pra pentelhar, pandas para filosofar, mãe e irmã pra aturar, sobrinhos pra doutrinar na nerdação, um gato pra tr0llar, uma faculdade pra graduar, professorar e uma vida de fracassos e acertos pra conviver e nada de me deixar ir pelos pensamentos negativos. 

Há muita coisa pra se fazer. 

16 abril 2015

Fables - Fábulas da Vertigo

O que tem desviado a minha atenção do mundo real?

Nem falo o porquê. Quem acompanha o Projeto Feéricos que não sai do papel aqui no blog, vai entender o que raios vejo nessa HQ que quase não vejo ninguém lendo. Apesar de Sandman ter prendido minha atenção com os secundários, Fables/Fábulas está me dando mais ideias para seguir sem achar que estou exagerando.

Para ler online e ser feliz do jeito mais fabuloso:

A história segue a linha de que as fábulas (Essas que nos contam quando criança achando que estão vivendo o "Feliz para sempre"), um bando de seres mágicos, foram exilados de suas Terras Natais por conta do ataque inesperado de um tirano chamado de Imperador - sim, super criativo, mas há uma razão profundo sobre isso.

Tudo junto e tudo misturado - esse é o clima de Fables/Fábulas.

A Branca de Neve é administradora da Cidade das Fábulas (Nenhuma coincidência se estiverem bem no meio de Nova York), o Lobo Mau (Bigby) servindo de "xerife", o Príncipe Encantado bom de papo e de cama que é o MESMO para TODAS as princesas (Gezuis, esqueceram desse detalhe), João Pé-de-feijão mentiroso compulsivo e golpista de 5ª categoria, Pinóquio sempre menino, mas com a boca suja e um desejo enorme de crescer pra pegar mulher, fadas irresponsáveis, bruxas e feiticeiras que cobram taxas absurdas de manutenção de magias, Cachinhos Dourados anarco-terrorista e uma fazenda que é refúgio/prisão para as fábulas que não conseguem disfarçar sua... ahn... fabulosidade...

Por exemplo, os três porquinhos não conseguiriam passar desapercebidos no mundo mundano, logo? Fazenda. Que me lembra pra baraleo da Fazenda de Revolução dos Bichos do George Orwell, hahahahahahaha.

os animais da Fazenda - até agora não entendi o do Girassol

Os protagonistas estão sendo alternados, com estórias bem bacanas entre os secundaristas - o Garoto Azul que nunca ouvi a fábula, Papa-Mosca Príncipe Sapo, a irmã Rosa de Branca de Neve, eita - e uns pulos de cronologia muito mas muuuuuito bem colocados.

O mais previsível aqui? Só o meu desagrado por fábulas que não ia com a cara desde pequena, porque o enredo me surpreendeu desde a primeira edição, é intriga, ganância, aparências, porradeira e esquemas secretos.

Tiro meu chapéu imaginário para o arco entre 35 a 40 do Garoto Azul nas terras Natais: "Complexo de São Jorge" chamou muita a atenção e me fez ficar esbabacada observando o desenrolar da trama.

Não sei como andas Once Upon a Time, mas já me disseram para assistir esse seriado para se livrar do fato político e mafioso das fábulas, eita. Mas Fables/Fábulas é um prato cheio de WTFs - sem contar que cada capitulo eu tenho um devaneio delirioso (???) de Choque de Paradoxo com as coisas que acontecem.

A dupla dinâmica: Branca de Neve e Lobo Mau ou Snow e Bigby.

Primeiras impressões até agora, logo falarei mais desse achado lindo, porque a coisa tá ficando feia (Já colocaram Sinbad, Mowgli e Gepetto nos esquemas)

15 abril 2015

O décimo terceiro passo

Thirteenth Step
Thirteenth Step (Photo credit: Wikipedia)
Se há a necessidade compulsiva de ouvir o Thirteenth Step no repeat já desde cedo é porque há um problema. Ou demônio interno a ser exorcizado.

(pelamoooooor Mandos, seja o nono, ok? O nono é o mais brando.) 
 
Cismei com a Vanishing e The Outsider por longos minutos, até voltar pra Weak and Powerless e Blue (Que com certeza não é uma música boa para se ouvir quando se está com tanta caraminhola besta na cabeça).

E aí pra completar a cerejinha melancólica do bolo de bile esverdeada, The Noose me faz sentar nos fundilhos do ônibus, me escondendo atrás da mochila e pedindo pra Morfeu passar com a van de funcionários logo e me levar pra longe (Extremamente perigoso ficar matutando bobagem durante 1 hora e meia de percurso de ônibus, tem que dar um freio antes de cair no choro no meio de tanta gente).

Por que então ouvir o maldito álbum?
Porque é bom e ruim ao mesmo tempo.

14 abril 2015

barraquinho na Biblio

Tudo começa com um grupo de boas querendo movimentar a representação dos estudantes aqui na Biblio, tudo bem, isso parece legal. As propostas são mais concretas que a edição anterior, trazer o CAB - Centro Acadêmico de Biblioteconomia - de volta à ativa, auxiliar os estudantes de baixa renda, entender o porque das estripulias do Departamento e minimizar os estragos provocados pela evasão que temos a cada novo semestre.

Não vi ninguém levantando bandeira partidária.
Não enxerguei intenção besta de botar banca pra um grupinho.
Vi uma oportunidade de praticar cidadania.
Me gusta.

Irá ter uma Assembleia amanhã para acertar alguns pontos para todo mundo SABER que temos representividade e aí vem um conhecido chatonildo advogado de regras pontuar que há um "probleminha" em fazer Assembleia quando não se passa pelo Comitê Eleitoral (???) - que supostamente existe - e tchum, barraquinho foi armado.



O babaca nº 2 da lista de hoje se esqueceu de pesquisar a etimologia da palavra, apenas enchendo com palavras pomposas sobre a "não-legitimidade" de se fazer uma Assembleia. Fio, shut the fuck up e deixa o povo se reunir pra discutir o que fazer, mmmmkay? Não custa nada e vai fazer bem pros graduandos.

Enquanto eu ruminava algo para escrever sobre o "aviso" que o cabra deu, veio outro barraqueiro de carteirinha VIP do curso e disse em letras garrafais tudo que eu queria falar e um pouco mais (Sem censuras, cortes ou deliberações, mandou na lata e pisou no calo alheio). Minha reação?


Aí o retruco veio na leveza/sutileza de sempre, ameaças no Judiciário e mais lagartinhos e cobras e demonstrações gratuitas de testosterona. Desperdício de tempo, sério. O mais absurdo ainda, os dois estão na última fase do curso e deveriam PELO MENOS assegurar que as coisas que vão ser discutidas na Assembleia condizem com a realidade passada do CAB e do próprio curso. Compartilhar experiências que é bom?! Nope.

Enquanto o pessoal aqui espera que eles parem com a palhaçada via Fórum de universidade e tratem de lavar louças ou get a fucking room (Oh não, estou sendo sexista demais, oh nouz!), o desenrolar continua na novelinha mexicana dos veteranos da Biblio.


13 abril 2015

Sobre Sandman

Terminei Sandman hoje. 

Veredito: 

Senti-me empolgada nas histórias em que o famigerado Oneiros NÃO está participando. O cara é um resmungão, creio de mimimi, completo dramallama dos caçamba que não move a bundinha esquálida para fazer algo sobre - e quando faz é pra ferrar MAIS ainda o que já está ferrado. Complexo de herói trágico, vai sempre escolhe ro caminho mais f****o pra se conseguir rendenção.

E pediu pra sair, meu nego? Don't dude, just don't.
Não me sinto tentada a voltar a leitura ou procurar pelos spin-offs existentes, mas gostaria muito de revisitar todas as boas estórias que serviram de referência pro enredo (Inclusive hot dog MilkShakespeare e talz).


Os personagens:

  • Matthew tornou-se meu personagem favorito.
  • Merv Pumpkinhead é visceralmente cômico. 
  • Coríntio ganhou minha simpatia.
  • Perpétuos não me impressionaram (creio que me lembraram o panteão grego demais, nada bom), o menos doído seria o Destino.
  • O fechamento da tragédia de Lyta Hall me lembrou a Oresteia e tenho uma simpatia pela amazona. 
  • Fúrias, gente! As Benevolentes em seu estado mais puro de cumprimento das Leis Antigas!



Finalização:

E yep, perdeu uma graça danada por ler o spin-off do Daniel antes de tudo, moleque esperto.


Glamour o'meter - 8.5. 

Inspirou algumas reflexões sobre storytelling. Enrolou minha mente em alguns capítulos.


Destaque: 

O luto e a morte (Não a Perpétua) na perspectiva do Matthew fez meu coraçãozinho romântico pulsar mais rápido. Tenho apreço pelos questionamentos filosóficos do corvo.


Apesar de ter caído em minha mãos para uma lida de iersão, fui distraída pelo hiatus entre os meses e bem... Fables da Vertigo me chamou mais a atenção.

09 abril 2015

dancing with myself oh oh oh oh!


Tudo começa com Billy Idol nos ouvidos ao acordar com o despertador do celular, o fato de dançar comigo mesma ultimamente e o porquê é tão mais saudável estar em paz consigo mesma.

E aí a Gala Darling já manda um post sobre valorizar a individualidade para se poder criar e lalalalalalalala uma photoshoot linda do Ziggy Stardust lalalalalalala


05 abril 2015

conselhos amorosos

Que fiquem avisados: não me peçam conselhos amorosos.
Que estejam acordados de antemão: não confessem erros de outras pessoas comigo.

Eu simplesmente vou entender, mas não o lado da pessoa que está me relatando, mas sim da pessoa que fez a besteira. Motivos pessoais, tenho de sobra. Tenho minha porcentagem alta de besteiras feitas em relacionamentos, tenhos minhas mancadas que deveriam ser pulverizadas da minha memória, tenho meus problemas de autoestima feminina com outras mulheres que parecem saber lidar com autoestima bem mais agilmente do que eu, então sempre vou ver pelo lado do perdedor.

Fatalismo? Não imagina! 

Apenas um pequeno adendo de como pode ser angustiante ouvir alguém reclamar sobre o par afetivo e não entender que a pessoa que possa estar escutando tenha feito coisa bem pior - ou se sentir pior por isso por achar que fez algo horrível e não saber lidar direito.

Lola "Just be normal!" Perry (2014) sempre certíssima.

04 abril 2015

Guia do Universitári@ Probri: Panda's Edition

[Post originalmente postado no Blog Um Sofá para Cinco no dia 03 de abril de 2015]

Para embalar o tema desse post, gostaríamos de agradecer de coração a linda panda sem nominação aparente, que estava espoleta nas letras de pagode que resgatamos para recreação criativa. Prontos para iniciar esse post com a frase: "andei, andei, andei até te encontrar" por visitar diversos lugares da federal sem rumo nem beira?


wanderlust
1.A very strong or irresistible impulse to travel;
2.strong longing for or impulse toward wandering.
Tradução bem fuleira e cheia de licença poética: Andança - 1. um impulso forte e irresistível de viajar; 2. desejo forte ou impulso para bater perna sem ter destino algum.

Você é universitári@ sem nada o que fazer final de semana de um feriado, não vai pra casa da família (Ou não tá a fim de ficar com eles pra aturar as piadinhas do pavê ou pra comer) e se sente com uma vontade imensa de sair pra bater a perna? Mora nas imediações de Florianópolis? Você tá durang@? Sem um centavo no bolso? Só tem o cartão de passagem de estudante, uns passes do RU, muita disposição e espírito aventureiro? Então temos uma solução bem bacaninha pra você que não foi abençoado pela HOSTENTASSÃO e riqueza.

Vivemos num criadouro chamado Universidade Federal. Óbvio que em lugares como esse existe um local de engorda definitivo com uma dieta equilibrada, bandejas desajeitadas, suco na máquina bizarra. Às vezes eles têm piedade de nós, meros mortais que apreciam seu feijão com arroz, o RU - restaurante universitário - resolveu colocar no cardápio algumas comidas bem exóticas...

O dia de sexta-feira santa, feriado religioso comemorado nacionalmente (Estado Laico, Estado Laico, Estadooooooo fucking Laicoooooo!!) foi uma adição para o cardápio modificado: Estrogonoff de camarão.

Apesar de ser uma sacanagem tremenda em fazer um prato especial desses em um feriado quando os seus usuários NÃO ESTARIAM pelas imediações da universidade, lá fomos nós encarar o belo pratão de nomnomz. Tipo, camarão mesmo! Com molho consistente e batata palha (batatapalha-batatapalha-batatapalha-batatapalha), tudo que um estudante meia boca, sem grana pra gastar com comida mais ajeitadinha ou com preguiça de fazer almoço em casa poderia pedir.

Delicadamente feito com todo amor e carinho.


Sem muitos planos na agenda a não ser comer, sentar debaixo de uma árvore e falar besteira. Após o almoço bem servido, a árvore estava ali para um breve descanso, para então rumarmos para nossos recintos individuais... Até que esta que vos escreve teve a brilhante ideia de perguntar onde era o Planetário. A saga começa ali.

Sem ter mapa, um wireless que funcionasse decentemente e testando lindamente o senso de direção da Psycho Panda, rumamos a nossa aventura Ufisquiniana do Feriadão Santo. O primeiro lugar a ser visitado foi o Planetário, um domo redondinho com trocentos gadgets all around e pequeno de acordo com o que eu havia pensado antes. O bichinho fica ali nas beiradas do Bosque e atrás do RU.

Sim, eu tiro fotos de hidrantes

Como não registramos fotos do Planetário e Bosque (Deixa pra próxima andança, fiquem felizes com a foto do hidrante), vamos pular para a ideia linda da Panda mais velha, sim, aquela que escreve sobre músicas românticas creepy! Ela simplesmente foi dando a volta no Bosque, conosco no encalço e apreciando os entornos da Universidade que jamais conhecemos depois de anos estudando por lá e atingindo um dos lugares mais fofos da região...

Para ler toda a epopéia dentro do Antro Vil e Maléfico de Cthulhu, clique cá!

02 abril 2015

sonolência vortou é?

Morpheus and Iris
Morpheus and Iris (Photo credit: Wikipedia)
Então eu tenho esse pequeno probleminha com o sono...

O deus do Sono grego, Morfeu, parece ser meu patrão vitalício na dupla jornada que enfrento todos os dias. Porque estagiar de dia e ter que fazer isso à noite também me deixa num estado meio perturbado de consciência vigilante.

E quando digo estagiar, quer dizer: eu caio no sono sem querer cair no sono.

Quando são situações que puxam outras situações que já me aconteceram, costumo ficar ansiosa. Ficar ansiosa me leva a agitação, a agitação a euforia contida por alguns minutos para então culminar nessa exaustão temporal de querer amolecer todos os músculos funcionais de sustentação de meu corpo e dormirtar onde estiver.

Graças a Eru Ilúvatar não tenho catalepsia, seria algo extremamente embaraçoso, não sei como reagiria sobre isso e sinceramente, minha autoestima já fragilizada tende a piorar quando tenho episódios de dormência como o de hoje.

Essa semana já passei por uma alarmante com a Entesposa após uma tarde conversando sobre a vida, o Universo e tudo mais, uma situação chata e estressante no final, para então eu sem perceber pender para frente na mesa do restaurante e quase bater minha cabeça na superfície por ser pega pelo sono. De surpresa. Imediatamente.

Vim remoendo esse fato, até esses dias decidir enfrentar os fantasmas que fossem do jeito que eu podia fazer de melhor: encarar uma situação parecida.

Fui a um estúdio de tatuagem.

01 abril 2015

os glimpses professorísticos da Biblio

As pequenas coisas que a Biblioteconomia me proporciona trazem um esclarecimento de muitas dúvidas que me comem viva a durante o dia.

Já disseram que a curiosidade mata conforme a sede ao pote da sabedoria se torna raso. Na maior parte do tempo tenho essa impressão que não é suficiente para me manter em cheque (comigo mesma), mas faz algum sentido quando há o elemento surpresa no meio. Eu sabia que o curso iria exigir parte de mim que talvez eu não pudesse reaver (a Letras comeu minha escrita criativa e empacotou numa forma vazia), mas ao sentir nos corredores que há alguma luzinha de esperanças para novas aventuras, abraço cuidadosamente para não me escapar.

Então quando vejo um calouro dizendo com toda veemência que escolheu o curso porque queria - não por descuido, segunda opção, falta do que fazer, etc - isso reafirma a minha própria existência no curso.

Essa powha tem jeito. Querendo ou não, resmungando ou não, mudando de gestão, ideologia ou sistema, tem jeito. Conversar com pessoas que compartilham um modo de avistar o mundo com relativismo positivista também ajuda bastante a não me sentir deslocada. Por mais fatalista que possa ser, sei que há alguém com idéias mais maravilhosas e prontas para colocá-las em prática por Amor a sua contribuição ao Universo. Isso eu respeito tanto quanto qualquer religião, credo, moral ou valores mostrados nessa vida.

Quando você se torna acético ao mundo ao seu redor, ter um glimpse dessa parte do milagre da racionalidade me deixa genuinamente feliz. A gente faz a mudança antes por dentro, certo? Hoje estou feliz, são com as pequenas coisinhas da Biblio que me encontro como pessoa de verdade.

TL;DR; porque faz tempo que essa postagem tava para sair e fatos mais interessantes aconteceram...