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12 setembro 2015

[Direto do Tumblr] Emoção versus Razão



http://carmilla-feels-hq.com/post/128882234622/dinahkorbae-i-cant


Já havia comentado o quanto a escrita de Carmilla the Series é soberba. O modo como Jordan Hall e Ellen (anamatics) Simpson apresentam as cenas é inteiramente apreciável quando se está falando de storytelling. Há tantas conexões com diversas simbologias que já perdi a conta de quantas vezes fiquei babando/deliberando teorias.

Essa cena foi emblemática durante a metade da season 2, pois já estávamos ansiosxs para saber quando as duas iriam pelo menos ter uma conversa decente. Laura com sua personalidade teimosa, rígida e cheia de convicções fez com que Carmilla - extremamente emotiva, broody lesbian vampire, e filosoficamente profunda em seus 334 aninhos - a deixasse de molho após término angst. Muito chororô, muitas explicações, muito vida real nos esquemas, magnifíco!

Então ao rever o episódio novamente e essa cena em específico, me veio a velha conhecida estória da carochinha sobre Emoção versus Razão, aí vai:

Você quer um bom exemplo da eterna batalha entre Razão e Emoção e como eles se sentem?

Esta cena mostra exatamente como essas duas vias são uma combinação condenada desde o princípio.
A Razão é tudo isso, por isso, se concentrar em tentar consertar as coisas, fazer as coisas direito, manter o controle e explicar tudo em uma lógica perfeita. É um terrível erro pensar que a Razão irá curvar-se, submeter-se a qualquer outra coisa.

Oh bem, mas não há Emoção: ela não dá a mínima para razões e lógica, certo ou errado, bom ou mau, vivos ou mortos. Há apenas o momento e como pode ser desfrutado plenamente. A Emoção pode ser muito para frentex e direto ao ponto. É aí que reside a sua força. A Emoção não teme a Falha, o Desconhecido, o Caos. A Emoção é tudo isso e muito mais.

Por ser muito mais, a Razão não consegue explicar por que sempre acaba envolvendo seus braços em volta da Emoção, beijando-a tão desesperadamente, como se fosse o fim do mundo, o fim de sua própria lógica. E quando elas se separam do beijo proibido, Razão apenas sussurra: "Eu não posso ...", mas não importa o que ela acha, o estrago estava feito.

Emoção sempre ganha a batalha, não porque ela rebaixa a Razão em uma poça de bobagens e feelings, apenas porque nesse exato momento em que a Razão disse "Eu não posso" é exatamente quando ela desistiu de todo o seu mundo de perfeição e justificativas. O "eu não posso" é um sinal perfeito da vitória.

Emoções sempre vencem. Sempre.

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