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03 maio 2015

epopéia dominical

Odeio domingos.
Intensamente.
Quase que com minhas vísceras e meus bofes.
Ultimamente anda sendo com dorzinhas chatas nos rins.
(beber água que é bom, nada)

Desde o começo da madrugada já sinto que o dia vai ser um emaranhado de feelings e demorado pra cacete.
É como um sexto sentido do "Vai dar merda".
É como sentir que mesmo que não dê merda, algo excepcional vai acontecer que não costuma acontecer outros dias.

Dia de Sol não é legal, entendam.
Não para essa escriba que vos narra.


Nem é pela segunda-feira, adoro segundas, novo começo, fresh air, perto da terça, yay!

Problema é o domingo.


Na madrugada sonhos, muitos deles, um pesadelo em específico, bem físico, bem dolorido, bem real. Acordo já ofegante, sem saber o que é e o que não é (tá muito escuro ainda, não dá pra ter certeza se acordei mesmo), não, não acordei, porque estou em outro sonho me levantando para ir pra escola que estudei no Fundamental. Tenho 11 anos de novo, estou com medo de sair a noite no escuro. Acordo novamente, dessa vez aqui. Sem Aécio e leis trabalhistas, sem dor, sem gosto amargo na boca, nariz entupido sim, mas nada feio. Só tenho miojo e salsicha, nada de pão. Esqueço de tomar café, vou tratar de me cuidar. NET, tenho que resolver o problema da NET. Email irritado, telefonema mais ainda, não atendida, terei que esperar, odeio esperar. Celular pisca e me diz que tenho um texto pra amanhã de um assunto que não está mais claro na minha mente, vou ter que embromar, odeio embromation em texto. A playlist não ajuda, só música muxoxa. Walter me ignorando placidamente, fazendo gatice e se machucando na pia. É, tá ficando pior. Sento, coloco as mãos na cabeça e respiro pausamente para ver o que tá ocorrendo de tão ruim assim, talvez esteja exagerando de novo não é? Deixando as coisas ficarem piores do que parecem. Percebo que não aguento o som da minha própria voz (Acontece e é meu signal boost de que sim, tem coisa errada e eu preciso ficar quietinha e não me exaltar), não vou conseguir conversar com a pessoinha mais awesome da minha vidinha essa tarde, não desse jeito (há limite pra tudo e meu mimimi é pra ser silencioso), faço meu almoço fajuto, devoro-o como se não houvesse amanhã ou lanche da tarde, lavo a louça de forma nada segura, quase deixo um copo cair na pia. Estou tremendo. É fome? Não, preciso me sentar de novo e de novo respirar fundo. Gastar a bad vibe em lavação de roupas, funciona parcialmente. Agora tenho roupas de frio com cheirinho bom para usar durante a semana. Walter percebe na hora a irritação latente e me deixa de lado por um bom tempo, coloco a playlist com o mais de pop possível e fazer minhas tarefas. O Major Tom engole um texto de quase 3 páginas umas trocentas vezes, Google Drive salvou, mas o Google Chrome empirulitou meu PC. Instalei antivirus novo de forma errada e veio trocentos outros programas juntos. ComboFix fez um belo trabalho, aí deletei sem querer uma pasta que não deveria (Maldito Baidu, que seus criadores tenham dores estomacais cada vez que escondem instalação de seu software em outros programas!). Durmo no teclado do PC, sem saber como foi que aconteceu. Primeira do dia. Memória RAM tá ficando gagá, tou sem dinheiro, comi miojo com salsicha, não posso chorar sem me sentir idiota, minha tia informou que meu progenitor está agora na cidade natal morando com minha avó. O sinal de TRETA apertou aqui dentro, mas foi assegurado que ele não causaria distúrbio algum. Ele quer falar comigo, justo hoje? Justamente hoje? Continuo desconfiada, continuo querendo detalhes, ninguém parece querer dar, não faço muitas perguntas para não chamar atenção (Por que quero saber tanto, afinal? Não é mais da minha conta, e pelo jeito nunca foi!). Sento no mesmo lugar, escuto a máquina de lavar jogar água para fora, espero até que possa pegar as roupas após centrifugação. Acalmo nesse meio tempo, tia manda foto de todo mundo da família (inclusive do progenitor), caio no choro, me sinto idiota, tento fazer alguma coisa pra me deixar melhor, PC ainda dando erro por falta de dll, não consigo escrever o que tinha que escrever, não consigo postar o que deveria postar, não sei se meu texto de quase 3 páginas está satisfatório. Walter decide pedir colo e se instala nas minhas pernas, cabeça socada bem onde a dorzinha no rim esquerdo está mais chatinha, fica ali na próxima hora, ressonando baixinho, às vezes mexendo o rabinho, às vezes ronronando, às vezes despertando e me olhando de soslaio. Eu choro, de novo. Estou ficando cada dia mais idiota do que pensei que poderia chegar.

Não sei mais de nada.

Recebo mensagem fofa de puppies havin' fun. Sorrio, me pergunto como a criatura mãélfica sabe que estou um desastre emocional a caminho, sorrio porque sei como ela sabe que sabe, mas só não sei como funciona esse poder. Algumas pessoas tem superpoderes e nem sabem, olha só. Eu não sei de mais nada. Espero o PC normalizar, a roupa ficar boa para estender, o gato sair de meu colo. Tudo acalma. Parcialmente. Continua sendo domingo. E faltam mais horas que eu esperava para terminar. Não tive a segunda do dia, ótimo, muito bom, que continue assim. Apenas me acalmar, se sentar eu sento, se chorar, eu choro, se me sentir idiota, bem... isso vai ser costumeiro. Continua sendo domingo. Posto aqui para ter o mesmo efeito do respirar devagar, está dando certo. Se vier a segunda do dia é bom que já está na hora de dormir. Queria ter mais controle do meu corpo.

Queria.

Não quer dizer que vou ter.

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