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02 janeiro 2015

autodescobrimento de virada de ano: a biblioteconomia e o fangirling

Esse post tem essa trilha sonora - porque Celebrían é puro amor <3:


Coisas que descobrimos em altas horas da madrugada após muita deliberação: podem fazer qualquer tipo de pergunta para minha pessoa, mas não falem mal das 2 coisas citadas abaixo.

1 - minha vida acadêmica;
2 - meu fangirling (meu fandom, meu ship, meu OTP, etc).

Don't, just don't.
(Irei elaborar mais sobre isso após os comerciais)

Coisas que já ouvi nessa vida de escriba são várias, algumas que a audição seletiva resolveu deixar guardadas e outras que não gostaria de nunca ter ouvido na vida. Ótimo.

1 - Minha vida acadêmica é literalmente a minha vida em 80%. Deposito praticamente todas minhas expectativas nela para o que serei algum dia (e sem ela eu não seria muita coisa até então), nada é mais gratificante pra mim do que me envolver até o pescoço com projetos sufocantes, provas mirabolantes, teorias impraticáveis e práticas questionáveis. Eu amo a faculdade. Adoro o estresse de faculdade e apesar de rejeitar o sistema acadêmico de ascensão, gosto de pensar na ideia de perverter os esquemas e conseguir fazer algo inédito e inusitado. Grande ambição para uma garota só, isso se chama megalomania.

A Biblioteconomia se tornou minha paixão primária, pois a minha frustração com a Letras foi tanta que pensei por um bom tempo que não servia para a vida acadêmica. A minha escrita foi prejudicada com isso, parei de redigir muita coisa devido ao #EPICFAIL de me formar, tentar fazer a pós e depois ficar nhé porque a Literatura não tem tanto lugar para pesquisa e extensão como eu pensava que seria.

Escolhi Letras porque era a única coisa aceitável para se fazer aos 17 anos. Aceitei fazer Letras na PUC, porque me deram uma bolsa amiga que custeou parte dos estudos e me deixou folgada para estudar e PESQUISAR o máximo que pude (E eu torcia avidamente para parte do dinheiro ofertado para o Vaticano fosse empregado na construção da Death Star, maaaaaas!). Fiz Letras porque quem eu mais admiro na área foi da Letras também e isso me dava tanto empenho para me tornar uma pessoa funcional academicamente que esqueci que ser docente nesse país é motivo de piada. Eu fiz, não quer dizer que eu queria.

A decisão para a Biblioteconomia foi toda minha, não foi pensando em dinheiro, obrigação social, moral ou fatores ambientais, foi amor à primeira vista e possível último no túmulo. Fui pra Biblio porque ao abrir o site do CED e ver o currículo defeituoso deles em 2013/2, me apaixonei perdidamente pela possibilidade absurda de ser algo além daquilo que a Letras me deu de perspectiva. Eu poderia pesquisar o tempo todo, esse era o meu caminho desde sempre. Não vou sair dela tão cedo, não pretendo ir a lugar nenhum sem ela. É minha e pronto, ninguém tasca.

Houve mudança de currículo agora que tá dando um bafafá dos caramba, muitas diretrizes do curso sendo comandadas por pessoas que não estão inteiramente interessadas no aspecto humano de ser bibliotecário - a quantidade de vezes que já ouvi professores enchendo o saco sobre tratar pessoas como clientes, e coisas do tipo que me deixam enojada com a capacidade fútil que conseguem trazer da área tecnicista para um lugar onde o ser humano deveria ser valorizado acima de qualquer outra coisa - isso tudo vai ajudando a fortalecer essa veia quase fanática que tenho pelo que foi a escolha mais acertada da minha vida.

E continua sendo.
Sou fangirl da Biblioteconomia.

O que nos leva ao próximo assunto.

===xxx===
2 - meu fangirling - ou minha atitude inusitada e fora do padrão quando o assunto de interesse nerd é comentado.


Se ainda sou capaz de escrever qualquer coisa é pelo poder do fangirling. E do Fandom. E dos ships. E dos OTPs envolvidos. O meu excitamento ao entrar em um novo fandom ou simplesmente voltar a um antigo é alto, altíssimo. Posso ficar horas teorizando e babbling sobre os ships, sobre o enredo, sobre fanfictions, sobre o universo do seriado/filme/animação/etc, é um tipo de combustível pra continuar produzindo, seja lá o que seja.


Falar mal do meu fangirling é descaracterizar quase tudo aquilo que me apoio para poder produzir literariamente. Mesmo parecendo algo drástico (OMFG e como é), não fico nada feliz quando dizem que estou exagerando com o fangirling - até porque isso é diretamente proporcional, ser fangirl é estar em completo estado de exagero, a-todo-instante. Não fico apontando o dedo no nariz de ninguém sobre suas predileções (raras vezes quando não tenho afeição alguma ao tópico, mas sou educadinha e paciente para ouvir mesmo assim) e dizendo que eles não deveriam fazer isso porque é exagero.

Nope, nope, nope! Continuo e pronto!

A vida é fucking boring aqui fora, gente. Estar em um fandom colore tudo.
(E me dá ideias ótimas para histórias)
Não me envolvo em ship wars, pois não é necessário nenhum tipo de damage vindo de fora ou dentro do fandom, já sofro pra cacete quando os non-canon jamais viram canon. É triste. O angst & pain está estampado na minha testa quando o meu ship não dá certo.

Minhas predileções de ships: angst & pain.

Resultado: sim, irei exagerar com o meu fangirling. Não, não tem como mudar isso (E fui muito estúpida por tentar ficar muito quietinha sobre isso). Sim, irei agir como uma maluca quando algo sobre algum fandom seja mencionado, não, não irei esconder o quanto me importo com coisas ficcionais do que reais, até onde sei, a vida imita a arte e a arte imita a vida.

And here we go to the fandom!


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