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12 janeiro 2014

[interlúdio] no barquinho da meditação tento navegar

Às vezes eu desejo não ter meu baço, às vezes peço que meu estômago não estrangule os meus órgãos internos e muitas vezes eu peço pelamordeEruIlúvatarnacausa pro chakra do Plexo Solar não derreter tudo aqui dentro.

Aí escuto barulho de Mar, de barcos e gaivotas e parece que assenta o trem do bololô todo.
Uber tenso. Já avisando, debaixo do link post criptografado. Escrevo essa sessão pra me lembrar do que fiz depois, então tenho que deixar incompreensível para futuras consultas.


Queria poder saber meditar, sabe? Tipo no modo clássico, sentar, respirar fundo, dizer algum mantra e meditar 4realz, mas a ansiedade maluca e o overdrive do cérebro não diminui até quando preciso. Tenho ciência absoluta que muito dessa ansiedade, medo de falhar, medo de tentar, tensão com desafios que não suportam lógica mental acaba me ferrando lindamente, trabalhando nisso irei, hmmmmm *Yoda style*


O legal de ter ido ao terapeuta quando o bicho estava pegando pro Plexo Solar destruído voltar pro lugar de origem foi o de acertar os ponteiros com a desconstrução do discurso - algo deveras depreciado pela maioria das pessoas, mas que amo imensamente por ser base da Análise do Discurso e lalalalalala - isso me ajuda a colocar a mente em Ordem quando o Caos impera (Ou será que eu deixo o Caos imperar para desorganizar a Ordem? Ah whatevah!).

Grandes mudanças me fazem querer sair correndo, ainda mais se envolvem emoções que não estou preparada psicológicamente para assumir ou deixar fluir. A meditação seria um belo jeito de fazer meu corpo estar programado para aceitar e não se contrair a cada constante de mudança na minha vida. Mas como a minha conexão com o Mundo Onírico é meio bizarrinha, preciso apelar para aquilo que me está próximo e confortável: logo o sono me ajuda a fazer essa manutenção maluca de energia acumulada, pena que não seja preparada ainda para fazer algo mais direto e eficaz - não tenho as manhas de Reiki, nem de outras técnicas milenares de cura corporal/espiritual - aí fico nesse dilema do: "Será que tou fazendo certo?".

Escutar barulho de Mar me ajuda pra caramba, até onde sei, passo a maior parte do meu tempo na Terra drifting away em pensamentos, criações, diálogos ficcionais e daydreaming, mas que falta um auxílio legal de meditação a longo prazo, isso falta.

Fico pensando o que raios eu tava fazendo para me manter no controle até então - porque os early years de pré-adolescência após os 13 anos e meio foram literalmente riscados da minha memória de longo prazo e às vezes tenho flashback quando leio coisas antes de 2004 - e chego a humilde conclusão: nunca tive controle algum sobre meu corpo. Sob minha lógica maluca sim, mas meu corpo não, e isso dificulta na hora em que o baço decide espremer toda bile carregada de ansiedade over9000 nos esquemas. A vida aqui abaixo do meu diafragma não é brinquedo noooooon.

Estranho que isso me faz pensar nos sonhos em que acabo me machucando fisicamente de certa forma: a maioria dos ferimentos não são na região do abdômen, mas sim nos locais que mais tenho controle quanto a reações involuntárias das emoções (Mãos, pés, olhos, às vezes é minha cabeça toda ferrada...). No final das contas meu coração se localiza mesmo ali no meu estômago, não no meio dos pulmões.
(A Fome também resulta disso.)

Acho que é só isso, né Morguinha? Vai lá agora cuidar da inquietação básica que te aflige quando seu intelecto é desafiado!