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03 outubro 2013

esgotada


São nessas horas de uma quinta-feira ferrada que me sinto como se tivesse pegando a pá do buraco que comecei a cavar debaixo da minha cama aos 13 anos e meio e voltar a afofar o terreno.

Outubro era para ser meu mês de renovações de votos e ideais novas, mas parece que tou orando mais por perda de memória regressiva do que qualquer outra coisa. Pode ser a depressão voltando, pode ser a negatividade enchendo os espaços que resolvi plantar trevinhos e florzinhas alaranjadas nesse meu buraco, mas tá difícil de aguentar. Uma porque não sinto a necessidade de dividir mais minha vida com ninguém - inner thoughts, projetos pessoais, brainstorms ocasionais - e outra porque o damage foi feito e não tem como reparar mesmo depois de 1 ano de atraso (Tá demorando, caçambinha, TÁ FUCKING DEMORANDO!).


E nem é o overthinking usual de querer remoer o que não foi o que deveria ter sido, é a simples constatação que a inércia venceu e que minha consistência permitiu um limite diário de qualquer coisa, seja qual for.

Um anjo bom pousou na minha vida acadêmica esse semestre e me deu o toque que pareço ser aquela criança que quer se fingir de adulta para ser levada a sério. Isso me atingiu de uma maneira tão ferrada que mal consigo processar direito a informação, porque a criança eu sei que deixei em Lothlórien, pescando pedrinhas, fazendo raid com lobos do norte e escrevendo a história da família escondida em um livro enorme debaixo da cama e é bom que ela fique lá, não quero mais fazê-la sentir coisas que não está preparada emocionalmente para ver.  Eu deixei ela pra trás porque deixei tudo pra trás, inclusive o Amor. E esse é o modo default, sabe? Não tem mais como arranjar Layer 2, Layer 3, Layer 4.

Só estou cansada de me sentir um trapo quando ouço esse tipo de coisa vindo de pessoas que razoavelmente se interessam pelo meu bem estar, acho que vou começar a avisá-los que a única solução é quando eu pego no tranco de forma agressiva, aí sim há a mudança em algum lugar. Preciso experimentar o sabor do chão e ver meu nariz sangrando antes de voltar a subir de novo.

" - Você precisa viver sua vida mais light..." - é o que eu ouço mais esses dias, e alguns não compreendem que essa aqui é a minha vida, e é o máximo que posso tirar proveito dela. Poderia estar dando mais risadas, poderia, sim claro, mas pra quê? As piadinhas infames não costumam ser bem interpretadas, opto pelo sério, pelo responsável, pela fachada. Poderia ter mais chances de ser mais feliz, mas me diz como fazer isso sem ter que entregar o ouro todo e confiar na sorte? Aliás, é pra entregar a porcaria do ouro? Porque preciso de um tutorial para esse tipo de assunto.

Eu não compreendo bem quando se é para se socializar, não tenho grandes aspirações para ser alguém que realmente se sente bem entre pessoas e muito menos meu ego inquieto deixa isso, mas chega né? Não força muito que a conchinha precisa ser lustrada de vez em quando. (Conchinha, que conchinha? Oooooh a conchinha do Gary meow meow!)

Bora dormir que minha cabeça tá explodindo e não por favor, tenham piedade: parem de fazer indagações em que a minha resposta pode ser rude. Tou me segurando bastante para não soar repulsiva e odiável.






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